O advogado Alexei Navalny se consolidou, nos últimos anos, como o grande líder da oposição russa, coordenando protestos contra o governo de Vladimir Putin, ao mesmo tempo em que concorre a cargos eletivos tendo como mote de campanha a promoção de reformas anticorrupção.
É ele o objeto de estudo do documentário “Navalny”, dirigido por Daniel Rohrer. O filme faz o retrato da ascensão de Navalny como voz da oposição e símbolo da liberdade da Rússia, na medida em que enfoca também a tentativa de assassinato por envenenamento que ele sofreu, em agosto de 2020, e que fez com que ele deixasse a Rússia rumo à Alemanha, país onde ele fez a recuperação de sua saúde.
Foi na Alemanha que Navalny, com o auxílio de uma rede formada por integrantes de sua equipe e por jornalistas investigativos, conseguiu investigar a tentativa de assassinato que sofreu. O documentário cumpre seu ciclo narrativo mostrando o retorno de Navalny à Rússia, após a plena recuperação de sua saúde.
“Navalny” tem uma estrutura narrativa similar a um thriller político, com elementos de uma grande reportagem. Em termos jornalísticos, inclusive, o documentário deixa uma grande lição sobre a importância do uso das redes sociais para que Navalny pudesse impor a sua narrativa e se firmar como a figura principal a representar a resistência na Rússia - país que sofre, sucessivamente, com a instalação de governos totalitários.
Desinteressante, na linha de Cidadãoquatro, ao colar nos bastidores de uma persona non grata, como o personagem-título, documentário a acompanhar os bastidores da repercussão de suas revelações e movimentações de moradia, tal como no caso de Snowden no outro documentário.
mais em: https://magiadoreal.blogspot.com/2024/01/filme-do-dia-navalny-2022-daniel-roher.html
"Navalny" traz ao noticiário internacional acontecimentos que foram deixados em segundo plano devido ao protagonismo, na época da ocorrência dos fatos, da pandemia de Covid-19. Assim, mesmo sendo um documentário, será visto pelo espectador médio como se fosse um thriller de suspense político, gerando uma torcida pelo personagem principal, Alexei Anatolievitch Navalny, o mais ferrenho crítico do governo Putin. Considerando a opção pela apresentação do ponto de vista de Navalny, somos surpreendidos quando uma voz em off, possivelmente a do diretor, pergunta sobre a questão delicada da conexão do político com um partido neonazista russo e a resposta vem clara e sincera. Isso poderia ter sido utilizado quanto a outros pontos também discutíveis. Porém, o longa se debruça com mais intensidade sobre a tentativa de assassinato de Navalny pelo FSB, serviço de segurança russo, utilizando-se o veneno novichok que só é produzido em um único lugar no mundo: um laboratório na Rússia. Em 2021 Navalny retorna a Moscou e é preso sob a alegação "de ter sido lento em informar para os oficiais da condicional que estava em coma na Alemanha".
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