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    Tár
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    3,7
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    Ricardo L.
    Ricardo L.

    56.124 seguidores 2.676 críticas Seguir usuário

    4,0
    Enviada em 24 de fevereiro de 2023
    Todd Field entrega aqui um filme de qualidade com a diva Cate Blanchet na sua melhor atuação até hoje, fazendo com que um filme que poderia ser meia boca, ser no mínimo interessante. Muito bom.
    Adriano Silva
    Adriano Silva

    1.425 seguidores 457 críticas Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 7 de janeiro de 2023
    TÁR

    "TÁR" é escrito, produzido e dirigido por Todd Field e estrelado por Cate Blanchett. É o primeiro filme do diretor desde o lançamento do excelente "Pecados Íntimos" (2006). O filme mostra a queda de uma compositora e maestrina, Lydia Tár.

    Lydia Tár - uma renomada maestrina e compositora no mundo internacional da música clássica. Uma das figuras mais importantes da música nos tempos atuais. Formada com habilitação em piano clássico. Ela tem PhD em musicologia na universidade de Viena. É especializada na música indígena. Como regente ela iniciou sua carreira na Orquestra de Cleveland, depois ocupou cargos importantes na Orquestra da Filadélfia, na Orquestra Sinfônica de Chicago e de Boston, até chegar na Filarmônica de Nova York. Lydia Tár já compôs para o teatro e para o cinema e é uma "EGOT", por ganhar os quatros principais prêmios do entretenimento - o Emmy, o Grammy, o Tony e o Oscar.

    Como podemos observar, Lydia Tár é um verdadeiro fenômeno, uma das figuras mais importantes da história. É óbvio que todos nós vamos nos perguntar quem definitivamente é Lydia Tár, se de fato ela é uma pessoa real. Inúmeras perguntas vão surgir. É muito curioso como o longa de Todd Field tem sido vendido como um filme biográfico, com a mídia e os telespectadores falando sobre Lydia como se ela fosse uma pessoa real. E contando com as inúmeras cinebiografias que tem sido lançadas nos últimos anos, o apelo de ver uma dramatização de fatos reais tem sido cada vez maior.

    Dentro desse contexto surgi "TÁR", uma cinebiografia baseada em uma personalidade fictícia - mas como assim? É possível?
    O roteiro escrito por Todd Field é de uma genialidade incrível, nos impressiona como toda história da vida de Lydia é nos passado, e de uma forma verdadeira, que transmite veracidade em cada fato apresentado. A forma como o roteiro começa a nos apresentar quem é a Lydia Tár e como surgiu todo esse fenômeno é instigante, é impressionante, com um misto de confuso e complexo. Vamos acompanhando todo o drama da vida, do legado e da queda dessa premiada diretora/compositora. É muito interessante de acompanhar como ela vai do estrelato ao fundo do poço (praticamente), como o roteiro faz questão de compartilhar a forma que se deu sua trágica história e como ela perdeu tudo.

    O roteiro brilha por nos obrigar a querer desvendar e entender quem é esta figura tão renomada e tão cultuada. E muito por observarmos como a Lydia serve de base de inspiração, serve como mentora e modelo para várias mulheres jovens que desejam ingressar nesse mundo dos maestros, o que geralmente é uma carreira predominantemente dominada por homens. Este já é um ponto bastante curioso, a maneira como Lydia se comporta dentro desse ambiente, a forma como o filme exibe os paradoxos e vícios do poder no mundo artístico. O longa toca exatamente nesse ponto e levanta questões sobre a moralidade da arte e dos artistas, assim como a cultura do cancelamento e da exclusão.

    É incrível como o roteiro nos mergulha em um verdadeiro drama psicológico, nos estabelece em um universo complexo e desafiador, nos apresentando a queda, a perda, a degradação e a descaracterização de Lydia Tár. Lydia era um ser humano brilhante, genial, mas ao mesmo tempo era autodestrutiva, uma bomba relógio. O comportamento inadequado de Lydia com suas ex-alunas, a forma como sua carreira e sua vida pessoal se desmorona quando sua esposa a deixa com sua filha adotiva. Tudo vai acontecendo em sua vida e colocando seu mundo de cabeça para baixo. Na medida que ela tenta controlar sua vida ela vai lentamente sendo destruída, ela vai perdendo o controle sobre toda situação, sua máscara cai, seus segredos vão sendo revelados, sua natureza abusiva e corrosiva do poder começam a vir à tona. Aquela típica expressão cair do pedestal se encaixa perfeitamente aqui.

    "TÁR" é aquele típico filme feito para a sua protagonista brilhar, no caso aqui, a maravilhosa e impecável Cate Blanchett. Cate carrega o filme nas costas e nos mostra a verdadeira personificação da Lydia Tár. Temos aqui um excelente estudo de personagem, um excelente estudo do alter ego, pois a própria Lydia se depositava a máxima confiança, se identificava como uma segunda personalidade através de uma espécie de múltiplas identidades. É incrível como a Cate incorporou uma personagem com múltiplas facetas, com múltiplas camadas, que era leve como uma pena e ao mesmo tempo pesada como uma rocha. Uma atuação grandiosa, precisa, compenetrada, requintada, elegante, com um gestual maravilhoso, com uma linguagem corporal absoluta, com expressões faciais incríveis, com uma performance que ia do encantamento ao espanto, do surpreendente ao incrédulo, do mágico ao morto, da alegria à dor e da singularidade ao avassalador.
    Eu nunca me canso de elogiar às atuações da Cate Blanchett, pois ela é uma atriz incrível, uma atriz maravilhosa, uma atriz talentosíssima, que sempre entrega trabalhos impecáveis, grandiosos, que sempre foi consagrada e premiada pelas inúmeras personagens memoráveis que fez ao longo da sua invejável carreira cinematográfica. Todd Field disse que escreveu o roteiro especificamente para Cate Blanchett e que, se ela dissesse não, "o filme nunca teria visto a luz do dia" - eu concordo plenamente com esta decisão.

    Tecnicamente o longa de Todd Field beira a perfeição!
    Começando pela maravilhosa trilha sonora da compositora islandesa Hildur Guðnadóttir (que é citada no filme como uma personalidade que já trabalhou com a Lydia Tár). Em um filme onde temos todas as atenções voltadas para os números musicais, é praticamente impossível a trilha sonora não se destacar, não se sobressair, e aqui é exatamente o que acontece...com uma trilha sonora perfeita e muito bem encaixada, que dava ainda mais destaque e dinâmica para as cenas performáticas da Lydia Tár. A fotografia salta aos nossos olhos em cada cena, em cada detalhe de estética e de enquadramento, méritos todos do alemão Florian Hoffmeister ("Segredos Oficiais"). A direção de arte também é um charme de qualidades e detalhes, que exemplificam ainda mais os cenários e engloba a cenografia, figurino, maquiagem e efeitos.

    "TÁR" estreou no 79º Festival Internacional de Cinema de Veneza em setembro de 2022 e foi aplaudido de pé por seis minutos pelo público, onde a Cate Blanchett ganhou a Copa Volpi de Melhor Atriz. Teve um lançamento limitado nos cinemas nos Estados Unidos em 7 de outubro de 2022, antes de um amplo lançamento em 28 de outubro, pela Focus Features. O longa foi aclamado pela crítica especializada, que elogiou a performance de Blanchett, a direção e roteiro de Field, e sua cinematografia, edição e design de som. Tanto o New York Film Critics Circle quanto a Los Angeles Film Critics Association o consideraram o melhor filme de 2022, e foi considerado um dos melhores do ano pelo American Film Institute. No próximo Globo de Ouro, o filme recebeu indicações para Melhor Filme - Drama, Melhor Roteiro e Melhor Atriz em Filme - Drama (merecidamente para a Cate Blanchett). No Critics Choice Awards o longa foi nomeado em 7 categorias, incluindo Direção, Atriz e Melhor Filme. O longa-metragem foi nomeado "Melhor Filme do Ano" pela Vanity Fair, The Atlantic, Variety, The Hollywood Reporter, Entertainment Weekly, e pela pesquisa anual da IndieWire com 165 críticos em todo o mundo.

    Apesar das críticas positivas, o filme arrecadou US$ 5,6 milhões contra um orçamento combinado de produção e marketing de US$ 35 milhões. O marketing de pré-lançamento de "TÁR", junto com o uso de críticos da vida real como Adam Gopnik no filme falando do personagem central como uma pessoa real, deixou a impressão de que o filme era uma cinebiografia tradicional sobre um maestro real e não uma obra de ficção.

    Todd Field nos entrega uma cinebiografia fictícia extraordinária. "TÁR" é um filme filosófico, um drama psicológico que vai sendo construído com o passar do tempo e vai sendo desenvolvido com os acontecimentos que permeia a vida de Lydia Tár. Realmente é um filme difícil de ser digerido e interpretado, principalmente em sua primeira hora, onde temos um roteiro mais centrado na apresentação e desenvolvimento da história da Lydia Tár, onde necessariamente vai exigir mais paciência e mais concentração do espectador, onde fatalmente pode cansar outros que não tenham essa paciência. Mas por outro lado temos um excelente drama biográfico, uma produção rica em temas pertinentes em nosso cotidiano, como é o caso da abordagem sobre a cultura do cancelamento, que atualmente está em bastante evidência.
    "TÁR" é um filme mais seco, mais cru, mais pesado, mais intimista, que aborda temas como o estudo de personagens e o alter ego entre suas mais variadas camadas, dentre elas a obsessão pela arte perfeita e a imposição corrosiva do perfeccionismo - algo que está ligado diretamente e me remete para duas obras-primas geniais - "Whiplash" e "Cisne Negro".
    "TÁR" é uma experiência incrível! [06/01/2023]
    Carlos P.
    Carlos P.

    190 seguidores 334 críticas Seguir usuário

    3,0
    Enviada em 19 de dezembro de 2022
    Fazia tempo que não se inventava um personagem assim. Li que muitas pessoas após verem esse filme foram procurar no vídeo sobre a real Lydia Tár e ficaram surpresas que não é baseado em fatos reais. Mostra como criaram uma história de fundo completamente convincente para ela, não se atendo apenas ao foco da história.
    Blanchett mais uma vez excelente.
    No mais o filme tem suas falhas. Não é muito intrigante, por exemplo. Pelo menos a mim não intrigou.
    Acho que a principal lição desse filme é como as quadras são rápidas nos dias de hoje.
    spoiler: Não sei se pra mim ficou 100% claro da culpa dela na história - apesar dela ter culpa não sei se dá pra jogar a responsabilidade em cima dela - mas não importa. É sobre a queda, independente de ser justa ou não.
    Anderson
    Anderson

    5 seguidores 186 críticas Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 30 de janeiro de 2023
    É indispensável saber separar a obra do artista. Considere o caso de Woody Allen que foi acusado, por uma de suas filhas, de covardes e inaceitáveis agressões sexuais. Acusação posteriormente retirada, o que impediu o julgamento. É possível, a partir daí, negar a genialidade das inúmeras produções que levam a sua assinatura e que já fazem parte do melhor da historia do cinema? Durante os primeiros minutos em que se vê "Tár", oscila-se entre a admiração com a sua biografia e a aversão pela antipatia que demostra. Em outro momento declara-se lésbica enquanto agride um aluno negro por divergências quanto ao talento de Bach. Ressalta o fato de ser mulher em um meio dominado por homens e utiliza para se impor atitudes próprias do pior dos machos. Essa dicotomia impera em seus mínimos gestos e olhares explicitados claramente pela fotografia, pelos posicionamentos da câmera e, justificando pelo menos um Oscar, pela interpretação magistral de Cate Blanchett. A inserção da cultura do cancelamento, se por um lado traz para as telas um comportamento muito atual originado pelo imediatismo frívolo da comunicação via internet, por outro reforça a temática do uso indiscriminado do poder. Destaque-se a homenagem feita a "Apocalypse Now" pela similaridade de imagens feitas próximo do final acompanhadas por uma fala onde é citado Marlon Brando.
    Adauto Jose Mendes d.
    Adauto Jose Mendes d.

    1 seguidor 11 críticas Seguir usuário

    4,0
    Enviada em 18 de fevereiro de 2023
    Cate Blanchett arrasando como sempre, uma história bem construída bem contada. Elenco bem sintonizado.
    Luciano F.
    Luciano F.

    22 críticas Seguir usuário

    2,0
    Enviada em 7 de fevereiro de 2023
    Pense em um filme ruim. É lento, cansativo, sonolento. A única coisa que salva é a atuação de Kate Blanchet. Mas bem se compara com a atuação magnífica que ela teve no ótimo filme 'Blue Jasmine'.
    Babe Diego
    Babe Diego

    38 críticas Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 31 de março de 2024
    Excelência e excelência. Nunca é o suficiente. Graciosidade e talento nunca são demais e cobram seu preço apesar dos frutos. São magníficos. Mesmo quando a corda do violino quebra (é frustrante). Dedicação supera os percalços. Pancadas vão e pancadas vem, a vitrola segue, eterna, apesar dos aluguéis, dos restaurantes, dos risos retos e das roupas charmosas. E tem que ser assim para o espetáculo funcionar.
    Andre Belarmino Comercial
    Andre Belarmino Comercial

    8 críticas Seguir usuário

    1,0
    Enviada em 1 de março de 2023
    "Tár" - Então, tár ...

    "Tár" sofre de um defeito que assola o cinema : quase não há ENREDO. O cinema, hoje em dia, não se preocupa muito em apresentar uma história; o cinema perdeu sua essência de "Contador de histórias". "The Fabelmans" ( o lixo do Spielberg), "Moonlight", "Nomadland" são filmes (quase) sem enredo; vemos apenas os personagens em situações soltas e aleatórias.
    Não dá; tornam-se filmes esquecíveis. Muitos deles, ao sair da sala de exibição já não conseguimos sequer CONTÁ-LOS a alguém.
    "Tár" é uma espécie de "Video book" para a Cate Blanchett mostrar a algum estúdio de modo a provar que tem talento e merece ser contratada e mesmo assim, é um personagem forte/bom mas, que tem cenas lineares de mais, na mesma "batida"; não se configurando numa interpretação cheia de nuances. "Blue Jasmine" continua sendo a melhor interpretação da carreira de Blanchett.
    Tâmara Raquel
    Tâmara Raquel

    15 críticas Seguir usuário

    1,0
    Enviada em 16 de março de 2024
    O fim é lento, chato e arrastado. Poderia ser um filme de no máximo 1:30h. O filme acabou e eu fiquei esperando o final.
    Bea
    Bea

    16 críticas Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 6 de março de 2023
    Tár é um filme absurdamente magnífico, confuso, mas magnífico. A atuação de Cate Blanchett está simplesmente incrível, recentemente vi uma crítica brasileira, "Isabela Boscov", a criticar a atuação de Cate em Tár, e ela disse alguma coisa como "Ela é o tipo de atriz que fica cada vez melhor quanto mais a personagem é uma adversária á altura dela" e eu não podia concordar mais, é extremamente incrível ver uma atriz como esta receber um papel que a desafie tão bem como "Lydia Tár" desafia. Claro que depois de falar tão bem de Cate não podia deixar de parte Nina Hoss, uma atriz alemã de 47 anos que embora não seja tão conhecida, se mostrou uma atriz ao nível de Cate Blanchett, as contracenas estão simplesmente incríveis por isso mesmo, porque em nenhum momento uma atua "pior" que a outra. A proposta do diretor ,Todd Field, neste filme é super interessante, porém entendo que não agrade a muitos, pois não segue uma linha de respostas muito firme ( eu mesma só fui entender mais a proposta do filme depois de ver vários críticos experientes a falar sobre).A minha conclusão final para Tár, é que embora não seja, como já disse, um filme para todos, vale muito a pena ver não sou pelas atuações como pela proposta em si.
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