A Identidade Bourne (The Bourne Identity) – 2002
Um dos melhores filmes de espionagem que você irá assistir!
Olá galera, tudo de boa? Espero que sim, passei um tempo afastada, coisas de estudo, vocês sabem, uma complicação! Saudade do 01PorDia!!!! E para marcar este momento, nada melhor que falarmos sobre um dos meu filmes preferidos, é um épico dos gênero da espionagem! Afinal quem não gosta daqueles filmes onde as habilidades dos espiões sejam mostradas de maneira instigante! E tenho certeza que vocês vão assistir e adorar A Identidade Bourne. Antes de começar a resenhar acerca do filme, vamos primeiro à uma abordagem geral, um pouco histórica, para que você entenda melhor a trama.
Serviço secreto, espionagem, agências de inteligência como a CIA (Central Intelligence Agency - Agência Central de Inteligência) do governo americano e KGB (Komitet Gosudarstvennoi Bezopasnosti - Comité de Segurança do Estado) do governo russo são elementos presentes na citado filme. As duas são reais e atuam de maneira altamente secreta – Top Secret, no famoso jargão, desconhecidas no começo do século XX, ganharam fama e importância distinta durante a guerra fria. A famosa guerra ideológica entre EUA e a extinta URSS, custaram vidas, trouxeram tecnologia e acima de tudo expandiram o gênero da investigação secreta, espionagem em nível máximo. As atividades de espionagem são entendidas como criminosa em qualquer país, só que isso não é reconhecido e nem comentado por nenhum governo, afinal quem irá afirmar isso? É dessa questão que A Identidade Bourne aborda.
A Identidade Bourne (The Bourne Identity) é um filme americano de ação de 2002, dirigido por Doug Liman. Foi adaptado por Tony Gilroy do livro de mesmo nome escrito por Robert Ludlum. Foi lançado em 14 de junho de 2002 e é estrelado por Matt Damon e Franka Potente.
Jason Bourne (Matt Damon) foi encontrado em alto mar por um grupo de pescadores, sem nenhum resquício de memória. Apenas com algumas pequenas informações sobre um conta bancária suíça guardadas em uma pequena cápsula grudada ao corpo (sim, dentro da pele!), Quando vai buscar informações sobre tal conta, ele descobre que se chama Jason Bourne, mora em Paris, e dentro do cofre, há vários passaportes, dinheiro e uma arma, e informações secretas. É daqui que Bourne começa a busca pela sua identidade. No decorrer do filme vemos que ele é no mínimo um sodado bem treinado, fluente em vários idiomas, possui habilidades de combate inimagináveis, retém informações rapidamente e é perseguido por pessoas que querem eliminá-los de qualquer maneira. Durante uma de suas fugas encontra Marie Kreutz (Franka Potente) para quem paga 20 mil dólares por uma carona, mas não é bem o que acontece, Marie também se torna alvo eliminatório e acaba por se tornar também uma fugitiva. Devido a proximidade os dois se apaixonam, e ela acaba por optar a ficar e ajudar Bourne a encontrar a verdade sobre sua identidade.
Creio que daqui não posso transgredir o limite da sinopse e revelar todo o enredo do longa. Desculpa galera, o segredo é o grande segredo do filme e de suas continuações. Sim! Na verdade é uma trilogia – A Supremacia e O Ultimato Bourne. Resenharei também sobre eles. Durante quase duas horas de filme você gruda na tela, a curiosidade de saber quem é Bourne, o que ele faz e vai fazer, quem quer ele morto. É a grande sacada da genialidade do gênero. Há tempos não assistia o nascimento de um cinema espionagem, ação e suspense em plena forma.
Como disse um colega meu, assisto pelo menos uma vez no ano, o elenco todo é perfeito, mas o destaque vai para Matt Damon, ele é o cara, melhor ator não haveria para um papel tão complexo, mescla sofrimento e aquela incessante busca por seu eu. Não é à toa que o cara também é roteirista, premiado com Oscar e Globo de Ouro pelo inesquecível Gênio Indomável. Está na lista dos meus Top 10 atores, é isso que ele faz quando encarna Bourne, passa toda aquela adrenalina para fora da tela. E como não citar Franka Potente, meio desconhecida do público em geral, mas não para os cinéfilos em plantão. É conhecida por sua interpretação no filme Corra Lola, Corra. Franka é uma ótima atriz alemã, entrou para o check list de Hollywood quando fez A Identidade Bourne, gosto dela, beleza clássica e aquele jeito simples e leve como interpreta, parece ser algo natural dela. Nota 10 para ela e o jeito louquinho de Marie!
De todo não digo que não há falhas, há falhas, mas estas são pequenas, nem incomodam na verdade, elas são imperceptíveis diante do gigantismo da produção. As cenas de ação-perseguição, são show de bola, e é Damon que interpreta as cenas de luta corporal e sem cerimônia alguma nos deixa boquiabertos. Sem falar nas locações do filme, em vários países como Grécia, França e etc., o espectador se banha ao ver as belíssimas paisagens, literalmente de arrasar. Não há cenários típicos de Hollywood, isso é ótimo porquê dá realismo as sequências do filme todo.
O diretor Liman acertou em todas as perspectivas, talvez nem achasse que faria tanto sucesso. A forma como copia o trabalho da CIA é transgressor, faz com que nos perguntemos: será que isso existe? Claro que sim! Mas só assistindo para entender o que estou falando. A Identidade Bourne é um daqueles filmes para você ter edições do DVD de colecionador, é um filme para não se perder, o Bond dos anos 2000. E não se perde porque não cai na mesmice dos tão manjados filmes de ação, aqueles em que o bonzinho nunca cometeu um errinho na vida, e em Bourne é diferente, ele cometeu erros e é deste erros que o tornaram perseguidos. Aí você me pergunta e os filmes James Bond!
Bom, eu não sou fã de James Bond, não curto o estilo espião dos filmes, Bourne é diferente, é mais elétrico, instigante e acima de tudo político. Político na esfera internacional, mostra a capacidade das ações políticas das nações no que tange a vida de qualquer cidadão, mesmo os comuns. Sem mais delongas, termino com nota máxima, e espero que assistam e tirem suas próprias conclusões.
Vivemos em situações extremas, não como as do espiões, mas todos os dias temos adversidades. É fragmentário e normal, quem somos nós afinal? – Você me faz perguntas se eu nem sei quem eu sou. (Bourne à Marie).
Janiê Maia Cunha