O Segredo de Madeleine Collins: Críticas

O segredo de Madeleine Collins

França/Bélgica/Suíça, 2021

A enigmática Judith ou Margot ou Madeleine (ocasionalmente) tem uma vida dividida entre Suíça e França. No seu cotidiano suiço, ela é casada com o famoso Maestro Melvil e tem 2 meninos adolescentes. Em terras francesas vive ao lado de Abdel e é mãe da pequena Ninon.
Seu trabalho como tradutora é a justificativa para tantas viagens de dias (até meses), mundo afora. Na realidade, esse mundo dividi-se apenas entre a Suíça e França.
Essa história toda é jogada, quase de imediato, na cara do espectador. É precedido, no entanto, de um evento relevante e importante para trama.
O fato é que, com essas informações, a expectativa de início é ficar curioso com o possível final tenso e talvez trágico, que essa narrativa terá. E aí está a boa sacada. A trama não é exatamente essa: uma mulher de vida dupla (ou tripla) e as possíveis consequências de seus atos. Vai para além. Por isso é complicada, excitante e instigante.
A protagonista tem muito mais camadas, motivações e desejos que as suas três identidades sugerem. A medida que a história avança ganha ares de suspense e thriller psicológico. Os porquês de alguns comportamentos de Judith/Margot/Madeleine, ficam evidentes. No fim das contas o segredo não esperado, nem imaginado é o grande trunfo do filme.
Desfecho dúbio e carregado de melancolia, como era de se esperar.