Existe um quê de Pequena Miss Sunshine, filme dirigido por Jonathan Dayton e Valerie Faris, em Tropa Zero, filme dirigido pela dupla Bert & Bertie, na medida em que ambas as obras estão enfocadas em crianças consideradas diferentes pela maioria das pessoas, e que possuem um sonho, o qual elas não vão medir esforços em realizar – contando com o apoio de suas respectivas famílias.
O roteiro escrito por Lucy Alibar se passa no Estado da Georgia, no ano de 1977. Christmas Flint (McKenna Grace) é uma menina que ama qualquer coisa relacionada à temática do espaço sideral. Quando ela descobre que uma competição irá oferecer a chance a um grupo de escoteiros de aparecer em uma iniciativa da NASA (a agência espacial norte-americana), ela decide juntar crianças iguais a ela (que são consideradas desajeitadas) em busca do alcance do seu objetivo.
O interessante em Tropa Zero é que o filme nos coloca diante de uma história em que, por meio da resiliência, da persistência e da coragem das crianças lideradas por Christmas Flint, vemos uma grande lição ser ensinada aos adultos que, muitas vezes, sucumbem às ambições de um ambiente competitivo; a humilhar aqueles que decidem por um caminho de vida adverso daquele escolhido pela maioria; ou a diminuir aqueles que, mesmo após muito tempo, continuam a querer algo melhor para si mesmos.
Tropa Zero ainda chama a atenção por abordar todas essas nuances em um filme leve, divertido e, ao mesmo tempo, extremamente comovente, que, como eu disse anteriormente, nos inspira a nunca deixar de lado os nossos sonhos – não importa o quão impossível eles pareçam de serem realizados.