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    A Vida em Família
    Críticas AdoroCinema
    3,0
    Legal
    A Vida em Família

    Perdido no nada

    por Lucas Salgado

    Exibido no Festival do Rio 2017, A Vida em Família conta a história de uma minúscula aldeia no interior da Itália, em que a simples passagem de um carro de um turista perdido é motivo para chamar a atenção da população local.

    Neste cenário vive Pati (Claudio Giangreco), um sujeito que é preso após um assalto que deu errado. Traumatizado, ele busca um novo sentido na vida através da poesia, enquanto que tenta impedir que o filho siga o mesmo caminho. Seu maior desafio é o irmão, um sujeito que vê no crime a único forma de mudar sua realidade e sair dali.

    Pati conta com a ajuda do prefeito Filippo Pisanelli (Gustavo Caputo), um sujeito honrado que enfrenta uma oposição política que sonha em construir um resort no cenário paradisíaco da costa local. 

    La Vita In Comune (no original) é uma obra sensível e carregada de personagens interessantes. A trama é bem simples, por vezes simplória, mas é quase sempre uma experiência agradável. O elenco não é necessariamente talentoso, mas possui um bom carisma em cena, o que também ajuda.

    Além da natureza melancólica de um vilarejo perdido no meio do nada, o filme investe um pouco no humor absurdo, gerando situações adoráveis e que produzem um sorriso no rosto do espectador, com direito a uma "participação" do Papa e um desfecho bem inusitado.

    Dirigindo por Edoardo Winspeare, de Com a Graça de Deus, o filme não é nada memorável, sem grandes momentos ou performances marcantes. Ainda assim, é um bom entretenimento. Só é um pouco prejudicado pela longa duração. A presente história não precisa de quase duas horas para ser contada. 70 minutos dariam conta de passar o recado.

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    Comentários

    • Márcio Fonseca
      Um dos filmes mais chatos da temporada. Longo, arrastado, sem graça e repleto de personagens que não convencem. Um porre. As poucas risadas que ouvi foram provocadas pelos inevitáveis palavrões, do conhecimento de grande parte dos brasileiros. Aliás, por que as pessoas têm o hábito de rir de palavrões em cinema, principalmente em outro idioma?
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