Laerte-se: Críticas

Um documentário sobre um cara tão excepcional quanto LAERTE, mas deixa a desejar no quesito direção pois às vezes a gente sente que tanto diretor quanto o personagem se perdem na linha de raciocínio, deixando o expectador sem a informação completa.

Como fazer um documentário tão ruim sobre uma pessoa interessante. Os cortes de fala são medonhos, os raciocínios interrompidos sem a explanação definida. Decepcionante.

Laerte é um cartunista famoso que em uma fase avançada da vida decide sair do armário da maneira mais torta possível: começa a se vestir de mulher. Só isso. O que se segue é um filme que analisa de maneira repetida, clichê e bem morna as “aventuras” deste artista simples, humano e, ainda que saindo palavras militantes saindo de sua boca, extremamente avesso a qualquer problematização da classe violenta e hierarquizada dos transsexuais.

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Laerte-se fala da inacabável busca de ser quem se é, de auto-conhecimento e aceitação. Da forma mais crua possível, nós, espectadores, vamos adentrando gradativamente no mundo da Laerte, que a primeiro momento, se mostra resistente em abrir essa porta, mas sendo quem é, tem plena consciência da importância que esse trabalho documental tem na vida de inúmeras pessoas e em sua própria.
Se reconhecer, se enxergar e se escutar são importantes tarefas na vida do ser humano, e é esse o principal convite feito nesse trabalho.