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Folha de São Paulo
Petzold amplifica as metáforas da fuga, do exílio e da deriva, comuns no cinema moderno, e as torna contemporâneas, quando ninguém mais sabe quem é.
Papo de Cinema
"Em Trânsito" é poroso, aberto à oxigenação que vem da criatividade formal, dessa disposição a costurar uma história totalmente disponível à compreensão imediata, porém, concomitantemente, alimentada de signos que a tornam profunda e densa.
Cineweb
É incrível como o diretor organicamente conjura o passado no presente e vice-versa falando do mundo contemporâneo, como o herdeiro do fracasso dos projetos de civilização que vieram antes de nós.
Critikat.com
"Em Trânsito" se apresenta como um novo filme de grande coerência dentro da filmografia de Christian Petzold, enquanto permite entrever uma possível mudança em sua obra. Os fantasmas da história raramente foram tão vivos quanto aqui.
O Globo
Como os personagens se comportam como se estivessem fugindo dos nazistas de Hitler, mas a ação se passa na França de hoje, esta desorientação [...] nos oferece um cenário distópico que permite associações imediatas com o drama dos refugiados na Europa contemporânea.
The Playlist
Dentro da plausibilidade deste buraco de minhoca, Petzold embute volumes inteiros de referências, picotadas e distribuídas num mosaico pós-moderno que é ao mesmo tempo belo e esperto, mas friamente abstrato, ao ponto que beira a frustração em alguns momentos.
Télérama
Romper com uma parte de sua pátria e de sua língua, com aqueles que amamos, estabelece clara conexão com a atualidade dos imigrantes. Mas o cineasta ultrapassa essa constatação ao permitir um possível renascimento, uma reinvenção de si.
New York Times
É baseado em um romance de Anna Seghers e o grande traço de Petzold ao adaptar o livro é situá-lo em um momento historicamente indeterminado, sobrepondo passado e presente como uma sobreposição cinematográfica. [...] É um labirinto emocionante e às vezes angustiante.
Screen International
Petzold tomou a decisão ousada de não vestir "Em Trânsito" como um filme histórico, mas sim localizar sua ação nos dias de hoje. [...] Rogowski carrega o filme com um carisma grosseiro reminiscente de Joaquin Phoenix, mas Beer tem pouca oportunidade de mostrar o que pode fazer.
The Hollywood Reporter
Inicialmente, a história pode parecer excessivamente oblíqua. Mas à medida que o filme lentamente coloca suas cartas formais e temáticas sobre a mesa, fica claro que sua técnica de contar histórias é apenas um reflexo de seus temas centrais.
Variety
"Em Trânsito" convida os espectadores a traçarem suas próprias conexões especulativas entre a narrativa de Seghers e a ascensão contemporânea do sentimento de neonazismo e anti-refugiado, enquanto seu surtex continua dolorosamente em movimento.
Washington Post
É uma história cujo fim fatalista tem o impacto de algo que, como uma repetição do Holocausto, parece simultaneamente inesperado e devastadoramente predeterminado.
Boston Globe
"Em Trânsito" poderia ter sido uma comédia que Camus poderia apreciar [...] O filme assombra, mas mais na teoria do que na realidade.