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    Christopher Robin - Um Reencontro Inesquecível
    Críticas AdoroCinema
    4,5
    Ótimo
    Christopher Robin - Um Reencontro Inesquecível

    A importância de não cortar os laços com o passado

    por Barbara Demerov

    Histórias marcadas por uma boa dose de fantasia em meio a realidade são marcas registradas da Disney, assim como a atenção dada a estes dois âmbitos também faz parte do cinema do diretor Marc Forster. Talvez seja por essa abordagem que Christopher Robin - Um Reencontro Inesquecível funcione tão bem: ao mesclar o imaginário com o factual de forma espontânea, o filme chega ao ponto de tornar natural a jornada de (re)conhecimento que o protagonista vive. Fantasia e realidade podem conversar muito bem entre si.

    Na pele do personagem-título, Ewan McGregor vive uma figura cuja identidade se aproxima com as de muitos filmes sobre jornadas particulares – mesmo que trabalhadas com diferentes roupagens. É o típico adulto cético que não enxerga mais cores em sua rotina, ainda que viva na companhia de uma filha pequena e uma esposa encantadora. Por mais que goste de seu trabalho, sua vida se condensa ao redor dele e, principalmente, na falta de reconhecimento que recebe do chefe.

    Como o filme bem mostra, o brilho da vida de Christopher é concentrado em determinada fase da infância, dentro de um refúgio imenso e cheio de vida junto da convivência diária com Ursinho Pooh, Tigrão, Leitão, Ió, Kanga, Guru, Abel e Corujão. Tais criaturas, há muito presentes em livros e animações, são apresentadas de uma forma mais modesta que nos desenhos, pois até mesmo suas cores são menos contrastadas. De forma singela, o filme utiliza a coloração para nos aproximar do Bosque dos Cem Acres, tornando sua existência acessível e descomplicada.

    Christopher Robin - Um Reencontro Inesquecível não se preocupa em explicar como e porquê aquele local e suas criaturas estão ali, presentes no passado e presente do protagonista. Todo este universo é um instrumento de análise particular, com o adulto se vendo preso em um estilo de pensar que não condiz com o que sonhava quando menino. Marc Forster trabalha de forma exímia a reaproximação de Christopher com cada um de seus amigos ao sortir momentos cômicos e inusitados, enquanto o roteiro de Alex Ross Perry atinge uma seriedade notável com diálogos fortes e emocionantes.

    Em dado momento do filme, Christopher diz a Pooh: “eu estou rachado”. Com sua inocência, o pequeno urso responde: “eu não vejo nenhuma rachadura; apenas umas rugas, talvez”. Nesta e outras conversas entre os dois personagens, o filme deixa clara sua mensagem: olhar para trás demonstra a importância de não perder sua essência. Ao entrar por aquela porta na árvore, Christopher se reabre e, com isso, se reequilibra.

    Externamente, Christopher Robin - Um Reencontro Inesquecível pode parecer apenas mais um filme feito para entreter crianças. Mas o verdadeiro alvo são os adultos, os mais próximos de uma rotina cujo reflexo pode ser rígido e até mesmo severo. No fim das contas, quem sairá do cinema encantado com a riqueza da história não será apenas o público infantil. E, convenhamos, não há nada mais Disney do que isso.

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    Comentários

    • La Rami
      sinal que voce deve ter tudo isso e hoje seu mundinho preto e branco nao lhe permite olhar a magia em volta do filme.
    • La Rami
      voce tem problema mental cara?'-'
    • ALYSSON ERICK RODRIGUES DE SOU
      queria que a disney pegasse esses disursos mais maduros e trouxesse mais para os vindouros filmes live-action que estão planenjando fazer a disney está aos pouos perdendo sua essencia praticamente seus live-actions estão sobrevivendo de contra c contra v das animações
    • Rodrigo P.
      preciso ver esse filme bela beleza que se mostra na historia, pq vendo esses bonecos fiquei ate com medo..o visual surrado meio que assusta
    • Rogerio Candotti
      boa gostei da critica - Christopher Robin - Um Reencontro InesquecívelPooh é fruto da mente esquizofrenica de seu dono Christopher Robin (Ewan McGregor) cresceu e agora dirige uma empresa londrina nos anos 40. Sua ganância materialista em cortar gastos o afastou da esposa Evelyn (Hayley Atwell - a namorada do Capitão América) e da filha Madeline (Bronte Carmichael), prestes a estudar em um internato. Ele é uma espécie de Mr. Banks , o patrão de Mary Poppins com Peter Pan adulto( interpretado por Robin Williams em A Volta do Capitão Gancho). Um longa simples e singelo que conseguiu resgatar a essência da animação. Fotografia perfeita do outono londrino e do Bosque dos Cem Acres localizado ao suldeste do condado de Sussex onde o Pooh e sua turma “nasceram”. Ingenuos animais que trocam as letras das palavras igual a uma criança aprendendo a falar, foram criados pelo escritor inglês Alan Alexander Milne baseado nos brinquedos do filho Christopher Robin Milne :O ursinho recebeu este nome devido a animais que visitou no zoológico. “Pooh” aparentemente veio de um cisne, enquanto “Winnie” foi uma homenagem ao urso concedido ao zoo pelo Capitão Harry Colebourn. Devido ao sucesso do pai, Robin sofreu constantes intimidações na escola, levando-o a uma profunda depressão e outros graves transtornos mentais associados aos personagens: Transtorno Alimentar – Pooh. Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) – Tigrão. Ansiedade – Leitão. Depressão – Bisonho. Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) – Abel. Transtorno de Personalidade Narcisista – Corujão. Esquizofrenia – Christopher Robin
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