Elon Não Acredita Na Morte: Críticas

Um suspense que se constrói através da inteligência do espectador, e não com dados jogados de graça. Elon, um homem bruto, aparentemente calmo, mas perdido, interpretado por Rômulo Braga (O Que Se Move) com ausência de maneirismos, está em busca de sua mulher desaparecida, que não voltou do trabalho. Madalena é fugaz, mas parece ser suficientemente sensual a ponto de hipnotizar Elon. Mas este é um filme basicamente de um homem só. Ou a sombra de um homem vagando por delegacias, hospitais, parentes e conhecidos. Ele externamente não se desespera, e permite através do seu caminhar acompanharmos um trabalho competente de edição de som, que não deixa escapar nem o que é mal ouvido em uma fábrica barulhenta, nem o que não estamos vendo (um pote de café). E o som é necessário em um filme tão escuro, onde seus personagens vivem no escuro, em salas sujas, em prédios precisando de uma reforma. Há algumas surpresas no filme, mas sua reviravolta é menos importante que todo esse suspense que não acaba.

(...)tinha um potencial e muitas boas ideias que não foram trabalhadas o suficiente para preencher mais de uma hora de projeção. Há muitos elementos em torno do longa, mas no final há uma ausência de substância.

Eu respeito filmes que tentam ser densos, fazer o espetador refletir sobre um tema relevante. No entanto, este filme é ruim demais. Chato demais. O conflito é comum, a trama monótona com interpretações entediadas em cenas desnecessárias mesmo sendo um filme curto. O final, previsível. Nada se salva. Ainda bem que é curtinho. Só amigos do elenco ou diretor e desavisados (como eu) assistem este filme. Chato demais.