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    Team Foxcatcher
     Team Foxcatcher
    25 de outubro de 2022 na Netflix | Documentário
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    3,0 2 notas, 1 crítica
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    Sinopse

    Uma narração sobre a espiral paranóica do milionário John E. DuPont que levou ao trágico assassinato do atleta olímpico David Schultz. Vídeos caseiros nunca antes visto, filmados durante o tempo de Schultz no time Foxcatcher, lançam uma luz sobre os acontecimentos perturbadores e servem como um livro de memórias ao legado do campeão atleta, marido e pai.

    Classificação indicativa a definir por http://www.culturadigital.br/classind

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    Trailer

    Team Foxcatcher Trailer Original 2:08
    Team Foxcatcher Trailer Original
    531 visualizações

    Crítica de usuários

    anônimo
    Um visitante
    3,0
    Enviada em 3 de agosto de 2019
    Um documentário aterrador e multifacetado que retrata com precisão um dos acontecimentos mais vastamente noticiados na história americana, e a vida do homem por trás de tudo. Faz jus tanto ao filme de mesmo nome lançado anos antes quanto as vítimas envolvidas. Bastante interessante, recomendo!

    Foto

    Detalhes técnicos

    Nacionalidade EUA
    Distribuidor -
    Ano de produção 2016
    Tipo de filme longa-metragem
    Curiosidades -
    Orçamento -
    Idiomas Inglês
    Formato de produção -
    Cor Colorido
    Formato de áudio -
    Formato de projeção -
    Número Visa -

    Comentários

    • Andries Viljoen
      Quando John Eleuthère du Pont morreu, em dezembro de 2010, seu testamento estipulava que 80% de seus bens iriam para um atleta búlgaro de luta greco-romana. Os restantes 20% ficariam com uma organização ecológica no Extremo Oriente. Os sobrinhos – ele não tinha filhos ou mulher – contestaram, afirmando que o milionário passara seus últimos anos jurando ser o Dalai Lama, Jesus Cristo e o czar da Rússia, alternadamente. A Justiça ignorou a alegação de insanidade e manteve a vontade do morto, cuja fortuna se contava em centenas de milhões de dólares. Esse homem de ancestrais ilustres, mente perturbada e biografia trágica é o protagonista de Foxcatcher - Uma história que chocou o mundo, estrelado sem gracejos pelo comediante Steve Carell. Com maquiagem pesada, voz em falsete e nariz postiço, ele parece a reencarnação do du Pont original. O filme foi indicado a cinco Oscars.A atenção que Foxcatcher provocou nos Estados Unidos era previsível. Lá, todos conhecem a história de Du Pont e dos irmãos Schultz, medalhistas de ouro em luta greco-romana. O herdeiro da empresa química criadora da Lycra, do Teflon e do Kevlar, resolveu investir na montagem de um time de luta olímpico. Em troca de contratos generosos num esporte pobre, exigia ser tratado como mentor da equipe, embora fosse apenas um amador pretencioso. Os lutadores moravam em sua propriedade e estavam sujeitos às flutuações mercuriais de seu humor – movido a álcool, drogas e uma boa dose de sexualidade introvertida. Essa situação explosiva constitui o núcleo do filme, ancorado no dueto entre du Pont e Mark Schultz, interpretado por Channing Tattum. Mark escreveu o livro de memórias no qual o filme se baseia. Numa entrevista recente, disse que du Pont era apaixonado por Valentin Yordanov, o lutador búlgaro que herdou sua fortuna.Nada disso faz parte do filme de formato realista dirigido por Bennett Miller. Ele condensa a relação de dez anos entre os irmãos e du Pont em cenas que enfatizam o caráter despótico do milionário e o enorme poder que seu dinheiro e sobrenome lhe conferiam. Du Pont é mostrado como um idiota desesperado por afeto e reconhecimento. Na vida real, foi menos caricato. Doutorou-se em ornitologia e escreveu seriamente sobre pássaros. Foi filantropo e museólogo. Sua relação esquisita com os lutadores parece ter sido influenciada por alguma forma de esquizofrenia, segundo concluiu a Justiça americana. O filme silencia sobre isso. Mostra um rico mimado que brinca com as pessoas e as descarta com frieza. É uma versão dos fatos embalada como realidade. Du Pont morreu como um monstro na cadeia, mas parece não ter sido apenas a criatura patética que o filme sugere.
    • Andries Viljoen
      A tragédia do esporte de elite, envolvendo os irmãos campeões olímpicos de luta livre, Dave e Mark Schultz, que impressionou o mundo, teve uma jornada relativamente longa até se transformar em filme. Provavelmente, foi preferível esperar o autor do crime, um dos benfeitores da luta profissional da época, John duPont, bater a botas, o que só ocorreu em 2010, mais de uma década depois. Porém, no caso dessa história, é melhor presumir menos e aguçar mais a sua desconfiança.Como sempre, toda a história contada baseada em fatos reais – principalmente, quando o é por meio de um filme – se torna uma versão dela mesma. E nenhuma versão jamais é parcial. No entanto, em Foxcatcher, o que possivelmente fez o filme se tornar alvo de tantas suspeitas e controvérsias, é o fato de que ele não abraça totalmente a versão que escolheu assumir.Bennet Miller, o diretor da produção, em vários momentos escolheu uma abordagem mais, digamos, livre, ao adaptar a história da tragédia, que é inteira fundamentada no relato de Mark Schultz. Mesmo ele próprio fazendo uma aparição no filme, Schultz não mediu palavras para expressar seu descontentamento com o diretor.Mas antes de tomar um lado nessa briga, vamos às polêmicas:John duPont (Steve Carrell) era uma espécie de “salvador’ para lutadores da época.Verdade! John du Pont financiava uma série de lutadores, e oferecia moradia e treinamento na fazenda Foxcatcher. Mesmo que Schultz, em entrevistas atuais, tente minimizar o quão boa era a oportunidade oferecida por DuPont, relatos de atletaas da época deixam claro que, em uma época de claro sub-financiamento do esporte, a chance era irrecusável.Nancy, a esposa de Dave, testemunhou o assassinato e presenciou a morte do marido.Verdade! Inclusive, a viúva foi umas das grandes apoiadoras do filme, estando presente em vários momentos das filmagens e cedendo objetos pessoais para a performance dos atores. Mais precisamente, ela presenciou o momento do terceiro tiro levado pelo marido, e ficou ao seu lado até que ele morresse. E assim como no filme, antes de fugir DuPont chegou a ameaça-la com a arma.Mark e Dave moraram em Foxcatcher ao mesmo tempo?Mentira! Na realidade, Mark Schultz deixou Foxcatcher em 1988 e seu irmão Dave não iria chegar até 1989. A sobreposição das duas estadias foi uma escolha do filme para condensar a história em um período de tempo entre 1984 e 1988.A saída de Mark foi um dos motivos pelo assassinato de Dave?Mentira! Como dito acima, já fazia 6 anos que Mark havia deixado Foxcatcher, e essas eram águas passadas. Ao contrário do que o filme sugere, era Dave quem era mais próximo e amigo de DuPont, estabelecendo um equilíbrio às loucuras do outro com seu temperamento estável e personalidade serena. Foi, na verdade, porque ele próprio considerava sair da fazenda, que DuPont perdeu a cabeça.Mark tingiu o cabelo?Mentira! “Eu nunca tingi meu cabelo” (SCHULTZ, Mark). Polêmica esclarecida.Mark e DuPont tinham um relacionamento amoroso?Mentira! Ou pelo menos é o que Schultz descreve como “uma mentira doentia e insultante.” Claro que só uma das partes hoje está viva para desmentir (ou não) a polêmica. Mas o que, de fato, lançou as sementes da dúvida é uma cena específica introduzida no filme, que Bennet Miller insistiu em manter como demonstrativo da personalidade invasiva e desequilibrada de DuPont. Indícios, de fato, não existem. Mas (curiosidade!) eles de fato usaram cocaína juntos.John DuPont era visivelmente louco?Verdade! Relatos de outros lutadores que moravam em Foxcatcher se referiam a ele como “bomba-relógio”, e vários antecipavam atitudes drásticas e tempestuosas vindas dele. Mas como era ele quem proporcionava as circunstâncias ideais em que eles viviam dentro do esporte, ninguém se manifestava. Além disso, a esposa com quem o dono da fazenda Foxcatcher havia sido casado por 90 dias em 1983, já havia denunciado abuso e ameaças por parte dele. Falta de aviso não foi…
    • Andries Viljoen
      John DuPont tinha uma desejo desesperado em ser idolatrado por algo, e foi nos esportes que bancava que viu a oportunidade de isso acontecer. Sempre que seu time ganhava, ele procurava a todo custo capitalizar toda a glória. Seu ego era tão grande que pedia a todos que o chamassem de águia (ave símbolo dos EUA).Quando resolve dedicar-se à luta greco-romana, alguns detalhes demonstram como o ser humano faz tudo por dinheiro, inclusive enterrar os próprios princípios e dignidade, evidentes nas falas de cada integrante do time Foxcatcher. Todos entraram em um espírito de “oba-oba” assim que grandes aportes monetários começou a entrar para a prática de luta greco-romana.Quanto mais dinheiro coloca no seu centro de treinamentos, mais as pessoas envolvidas (federação, atletas e imprensa) abaixam a cabeça para John DuPont, mesmo com o milionário cada vez mais demonstrando estar perdendo a lucidez. Até mesmo quando possuía atitude bizarras, socialmente falando, parecia não parecia incomodar ninguém.Neste detalhe está o ponto forte do documentário: a que nível uma pessoa pode se rebaixar, convivendo com uma pessoa desequilibrada mentalmente, para continuar recebendo um salário fora da realidade para a prática do esporte.
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