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    Emoji: O Filme
    Críticas AdoroCinema
    2,0
    Fraco
    Emoji: O Filme

    Universo vazio

    por Lucas Salgado

    Quando o projeto foi anunciado alguns anos atrás, muita gente se perguntou como o cinema faria para adaptar os Emojis para a tela grande, afinal não estávamos diante de algo com uma história pregressa e sim algo que simplesmente existia, um produto que as pessoas usam. 

    Emoji: O Filme até consegue criar uma trama básica que justifica a adaptação. O roteiro de Tony Leondis, Eric Siegel e Mike White oferece uma premissa interessante, focando sua atenção em aplicativos dentro de um smartphone de um adolescente. Dentre os vários apps, destaca-se o de mensagem de texto, onde "moram" os emojis. Cada um tem sua função e sua razão de existir. Isso gera situações divertidinhas, como a carinha feliz não perder o sorriso mesmo quando brava, ou o emoji do eh (carinha não impressionada), que mantém a mesma expressão mesmo diante de uma declaração de amor.

    É aí que entra Gene, um jovem emoji que não consegue controlar sua expressão. Ele vem de uma geração de "Ehs", que não se empolgam com realmente nada. No entanto, Gene se mostra capaz de fazer várias carinhas, sendo vários emojis em um só. Isso não é bem visto pelo comando do aplicativo, principalmente após um erro de Gene mandar um emoji incorreto em uma mensagem do dono do celular. O jovem emoji, então, inicia uma jornada pelos interiores do aparelho em busca de uma hacker com a capacidade de reprograma-lo para fazer apenas uma carinha.

    O universo interno do smartphone é curioso e teria potencial para ser algo na linha de Divertida Mente. O problema é que o novo filme é completamente superficial, ainda mais se comparado com uma produção da Pixar. Temos um cenário bem animado e com potencial, mas que simplesmente não é explorado. Assim, o que nos resta é uma infinidade de trocadilhos sobre as funções/aparências de cada emoji. O emoji do cocô, por exemplo, só está presente para ser acompanhado por uma quantidade gigantesca de piadinhas simplesmente sem graça. O personagem, por sinal, é dublado por Patrick Stewart, numa clara demonstração de que os grandes também erram.

    Banal e pouco inteligente em seus 86 minutos, Emoji: O Filme também serve como uma infinita fonte de product placement. São inúmeras as marcas citadas ao longo da trama, a maioria relacionada a aplicativos como Facebook, Instagram, Candy Crush, Just Dance, dentre outros. Em alguns casos, temos até cenas inteiras dentro de tais programas/jogos. Faz sentido dentre da história? Sim, mas também fica clara a oportunidade de ganhar dinheiro com propaganda.

    Dentre adaptações sem sentido no universo, Emoji pode até ser melhor que Battleship - A Batalha dos Mares, mas ainda integra a lista de "adaptações sem sentido no universo".

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    Comentários

    • Samuel Gois
      Nada ver essa critica, não achei tão ruim a esse ponto.
    • Joel Ferreira
      O filme é bem criancinha...
    • Maria Cordovil
      Eu gostei... assisti com um sorriso nos lábios vendo meus queridos amiguinhos que enfeitam minhas mensagens. Valeu!!
    • TV F.
      Eu vejo como o melhor filme que já existiu. A Sony teve a ideia genial de fazer um filme tão Emojitástico. as presenças do Facebook, instagram, YouTube, Dropbox, Spotify, Twitter, até o Just Dance e Candy Crush apareceu no filme que foi uma surpresa inesperada. Os apps que estão ausentes são: Whatszap, Goggle Chrome, e os outros apps da Goggle.Fotografia: Ela tem um mundo inundado em cores, utilizando desde vermelhos fortes e suaves a brancos e cinzas relaxantes para construir e desconstruir o amor entre o Gene e Rebelde é Amorji ou Emojior. Cada plano do filme é como uma pintura.Tom: Apesar da solidão extrema e dos riscos altíssimos de entrar em Emoji O Filme tem um roteiro inteligente e divertido que mantém o humor e a diversão em todas a cenas. O Celular é muito fantástico, mas a alegria da tecnologia é contagiante.Trilha sonora e sons: O uso de músicas no filme foi bastante acertada, pontuados pelos efeitos sonoros altos, mantêm os espectadores sempre atentos pelo que virá a seguir.Atuação: Por mais que funcione bem durante as cenas de ação, aventura e movimento, usando sua pose imponente para combater o ônibus sem freio, Rebelde alcança o nível de Gene nos momentos mais calmos de Emoji o filme, que perde alguns pontos pela falta de expressão do protagonista.já o filme eu considero:Trapaça é aquele raro exemplar que se sai bem em todos os níveis; todos os personagens, cenas, figurinos e piadas funcionam e tornam o filme digno de ser visto e revisto.Além do conceito novo e revolucionário, Emoji o Filme é um grande filme. Talvez ele não possa nem ser considerado bom. Apesar disso, a bela passagem do tempo e os pequenos momentos que só poderiam ser capturados através da filmagem extensa tornam o filme essencial para todos que se interessem pela arte do cinema.No final das contas, Emoji o Filme parece incapaz de decidir que tipo de filme quer ser. A atenção aos detalhes nas cenas das entradas dos Aplicativos, onde cada item é cuidadosamente representado, é sensacional no final, que é poderoso.
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