O Silêncio do Céu: Críticas

Por um bom tempo pensarei em O SILÊNCIO DO CÉU (filme brasileiro filmado no Uruguai) como uma boa idéia desperdiçada. A premissa do estrupo não assumido pela vítima e o consequente silêncio do marido-testemunha se revelam dramaticamente perfeitos para um filme que teria muito a dizer. Pena que isso é quase perdido num filme truncado, que poderia ser claustrofóbico sem ser tão difícil. O onipresente argentino Leonardo Sbaraglia é ótimo ator, embora sua personagem ou sua construção dela não ajudem a que se torça por ele. Surpreendente é a fraca Carolina Dieckman compor personagem silenciosa e, ao final, tão híbrida, com competência. O filme - mistura de drama, suspense e quase terror - que poderia ser excelente, consegue ser regular.

Filme brilhantemente dirigido por Mario Dutra, parceria entre o Brasil e Chile, com roteiro baseado no romance Era el Cielo, de Sergio Bizzio. Diana (Carolina Dieckmann) vítima de estupro dentro de sua própria casa, cometido por dois homens, tenta omitir a degradante violência de seu marido Mario (Leonardo Sbaraglia), que presencia e se esquiva dessa realidade tão pesada, petrificado pelo medo. Ambos evadem-se do fato inadmissível, mas o trauma tem tentáculos que vão degradando o casamento, levando Mario a uma paranoica caçada. Diana começa a enfrentar seus medos, mas ainda se segurando por não saber exatamente como agir. Um soco no estômago, a crueldade humana elevada ao cubo. O diretor Mario Dutra não tem pressa na resolução e esse é seu maior trunfo, as razões de Diana para manter escuso o estupro de Mario tornam-se claras de uma maneira naturalista, em vez de serem servidas em um prato, prontamente. Um filme necessário para que se dê voz a tantas vítimas cotidianamente, quando cerca de um terço dos brasileiros ainda culpa a vítima pelo estupro. Remete muito ao suspense carregado de Alfred Hitchcock, Brian De Palma e Malick , a violência de gênero, contra as mulheres. Roteiro bem costurado, atuações de peso, parte técnica impecável, trilha sonora precisa e um final remissor. Festival de Gramado 2016 – Melhor Filme Brasileiro, Prêmio Especial do Júri e Melhor Som.

E não é que a Carolina Dieckmann fez as malinhas, foi para o Uruguai e arriscou um "portunhol" em seu novo trabalho como atriz para as telonas de cinema? E falou direitinho!
Neste suspense do diretor Marco Dutra (TRABALHAR CANSA de 2011) que com a ajuda dos roteiristas Caetano Gotardo (O QUE SE MOVE de 2013 do qual atuou também como diretor) e Lucía Puenzo (SHOWROOM de 2014), adaptam o romance homônimo do escritor Sergio Bizzio (lançado em 2007) e temos um bom trabalho com gostinho de que faltou algo. Com um enredo sobre suposta vingança, a história nos traz um casal normal com filhos que certo dia, algo grave acontece (beeeeem grave). E no trauma de um com a ciência do outro, o silêncio prevalece entre ambos. O porquê disso tudo? Por que o fingimento? Há razão neste "descaso" sobre o que aconteceu? Se achas que o mistério é este, pééééw, errooooou! Muito pelo contrário, pois o segredo do silêncio é até que fácil de descobrir, agora, a reação sobre o que aconteceu, é ai que o bicho pega! A narrativa segue clássica, uma trama que você realmente quer saber o que irá acontecer, como e se irá acontecer mesmo! Muito bem dirigida nas mãos de Dutra (que faz uma pontinha de ator no filme) que faz todo o seu trabalho sem muitos exageros ou caso pensado no desenrolar dos fatos(o que nos traz veracidade em seu conto) que escolheu bem o elenco e a Trilha Sonora (esta que dá um tchãn - sem trocadilhos - a mais na película, como se deve ser neste gênero). Possui algumas pequenas falhas no roteiro que podem passar despercebidas.
Excelente performance do ator argentino Leonardo Sbaraglia que interpreta o marido Mario (.....que se escondeu atrás do armário, que feio, que otário.....). A linda, maravilhosa, sexy, talentosa Dieckmann está bem no papel da esposa Diana, ela que mostra todo seu talento nas primeiras cenas e depois fica..... de mediana para boa? Talvez pelo que o script exigia de sua personagem, ela fica apática, sem demandar muito, tomando banho toda hora (aos machos de plantão, nem se animem e nem tem motivos para se animar). Dos demais, boa atuação!
Todo o contexto não é tão óbvio assim (pelo menos não foi para meu Tico e Teco), e só me informando sobre o filme que descobri (e de fato é verdade) as metáforas através de símbolos sobre um casamento desgastado pelas mentiras e encenações que ocorrem em todo relacionamento entre homem e mulher. Ponto bem positivo para a película que por fim é um suspense dramático (e chocante). O problema está em seu fim, ou talvez não esteja, não sei..... Na vida podemos melhorar, piorar ou até mesmo continuar na mesma, pois mesmo se livrando de um problema, outros aparecerão e vai de cada um mudar ou não e dependendo, as respostas nunca virão...

No início de O Silêncio do Céu, filme dirigido por Marco Dutra, temos a cena que irá definir toda a trama escrita por Sergio Bizzio, Caetano Gotardo e Lucia Puenzo. Nela, Diana (Carolina Dieckmann) é violentada por dois homens. O que ela não sabe é que o seu marido, o roteirista Mario (Leonardo Sbaraglia), testemunhou todo o ato.

As escolhas que cada uma dessas personagens adota a partir do instante em que o estupro acontece é o que define O Silêncio do Céu. Diana decide manter segredo sobre o que lhe aconteceu. Mario não se abre com a esposa de que viu tudo o que aconteceu com ela. Os dois homens que violentaram Diana seguem a sua vida normalmente.

Assim, O Silêncio do Céu aborda como esses segredos acabam, não só colocando uma parede entre o casal, porque eles não se comunicam sobre os seus sentimentos sobre o acontecido; mas, principalmente, como o fato de não se abrirem um com o outro acaba determinando a reação de cada um deles sobre o fato.

É um filme angustiante sobre como muitas vezes acabamos nos sufocando sem necessidade, pelo simples fato de não conseguirmos alcançar o outro. Esse sentimento está perfeitamente representado na atuação maravilhosa de Leonardo Sbaraglia.

Marco Dutra, do ótimo Trabalhar Cansa, nos traz agora um drama com requintes de terror que apela para uma conexão social entre todos nós: o medo. E o medo, dessa vez, nem precisa ir ao sobrenatural buscar sua fonte. Ele está vivo e alerta dentro de cada um de nós.

Silêncio do céu se destaca por todos os elementos técnicos que compõem o filme. Direção, Atuações, roteiro e fotografia.
No que diz respeito a direção, o diretor consegue criar muita atmosfera, sabe nos deixar agoniado e até nos perturbar com seus cortes rapidos e secos relembrando as cenas mais incômodas, da pra notar uma pequena inspiração a Hitchcock por causa de algumas simbologias envolvendo cores que nao são sutis, porem sao muito eficientes, e lindas de se ver graças a excelente fotografia, pena que em muitas momentos o filme se torne um tanto arrastado.
As interpretações então, nem se fala! Aqui a Carolina Dieckman da uma atuação extremamente competente, pena que o filme nao siga ela tanto quanto deveria.mas seu marido interpretado por Leonardo Sbaragilia cumpre perfeitamente tudo o que o personagem promete.
O roteiro pode desempolgar por ser narrado demais, querendo explicar tudo o que precisamos saber atravez da narração dos personagens, tem algun mkmentos wue o filme mais conta do que mostra enisso incomoda um pouco.
Mas nada que tire as qualidades desse filme que e muito bom e merece ser visto por todos, uma historia necessária e forte envoltonde um terror psicologico pertubador. Assista assim que possivel, pois vale a pena!