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    As Confissões
    Críticas AdoroCinema
    3,0
    Legal
    As Confissões

    Thriller econômico

    por Lucas Salgado

    Dois anos após realizar o divertido - e simples - Viva a Liberdade, o diretor italiano Roberto Andò volta a se aventurar no universo da política com o drama As Confissões, no qual retoma a parceria com o ótimo ator Toni Servillo.

    Se no primeiro longa, o cineasta tratava de uma campanha eleitoral, agora ele foca sua atenção em uma reunião do G-8 para debater a economia europeia e soluções para tirar países como a Grécia da crise.

    Comandada pelo presidente do Banco Mundial Daniel Roché (Daniel Auteuil), a reunião se passa em uma mansão localizada na costa Báltica, em uma espécie de retiro. Para tornar o encontro mais humano e legitimar uma decisão polêmica, Roché convida um monge (Toni Servillo), uma escritora infantil (Connie Nielsen) e um músico (Johan Heldenbergh) para participar do evento. Tudo parecia transcorrer normalmente, até que Roché pede ao monge que escute sua confissão. 

    A trama é interessante e bem desenvolvida. O diretor só escorrega um pouco ao tentar inserir um pouco de humor, como a relação entre o monge e um cachorro. Fica muito deslocado de todo clima de urgência e suspense criado. Neste sentido, a própria solução do filme perde força.

    O filme conta com uma trilha sonora forte e que se faz presente todo o tempo, acabando por soar repetitiva. É interessante a forma como o diretor consegue criar suspense diante de um tema visto como chato por boa parte das pessoas: economia. Sim, estamos diante de um thriller sobre economia global, e este é um dos principais méritos da produção.

    Outro ponto positivo é o elenco. Servillo, Auteuil e Nielsen estão ótimos, assim como Pierfrancesco FavinoRichard SammelMarie-Josée CrozeLambert Wilson. Neste sentido, cabe elogiar a produção no que diz respeito a seleção do elenco. Escolheram um italiano para viver o ministro da Itália, uma canadense para viver a ministra do Canadá e por aí vai.

    Le Confessioni (no original) possui problemas de ritmo, mesmo com apenas 100 minutos de duração, mas é um filme que entrega aquilo que se propõe. É original e consegue surpreender o espectador.

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