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    É Apenas o Fim do Mundo
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    3,5
    48 notas
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    7 Críticas do usuário

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    Phelipe V.
    Phelipe V.

    480 seguidores 204 críticas Seguir usuário

    2,0
    Enviada em 15 de novembro de 2016
    Xavier Dolan continua sabendo como inserir uma música em uma cena, e como aproveitar a trilha-sonora a favor de um filme, de modo que ela acrescente e consiga fazer cenas belíssimas ao mesmo tempo. Mas, em diversos momentos do filme eu me peguei divagando sobre como ele ainda não conseguiu abandonar os maneirismos que fizeram sua fama, e lhe trouxeram haters na mesma medida. Há cenas e sequências bem desnecessárias mesmo, como aquela em que Louis olha uma série de cartões postais enviados por ele que sua irmã guardava: o diretor acelera a cena, sem mais nem menos, para dar um efeito de urgência que é completamente desnecessário, e, também sem mais nem menos, termina com o recurso. Escolhas como essa resultando numa montagem um tanto quanto bagunçada, em um filme que é, essencial e claramente, redescoberto na montagem.

    No mais, os atores não estão em estado de graça, e mesmo os destaques, como Ulliel e Cotillard, estão apenas corretos em seus papeis. Seydoux, por exemplo, eu achei um belo de um miscast: ela jamais me convenceu fazendo uma personagem bem mais nova que ela. Apesar dessas coisas todas, Dolan é muito bem sucedido em sua própria intenção de afastar o filme do estigma de teatro filmado ao concentrar quase todos os seus esforços como diretor em focar os personagens, mas focar muito mesmo, de modo que quase toda a ação do filme seja passada por meio de planos fechadíssimos no rosto dos atores. Isso, além do óbvio, expõe os personagens (os atores têm, além de tudo, pouquíssima maquiagem) e suas idiossincrasias, fazendo um dança orquestrada com o roteiro, e aquelas personalidades todas, tão contraditórias.

    Entretanto, o roteiro é fraco demais. E se esse filme é fiel à peça de Jean-Luc Lagarce, o texto, sinceramente, é muito ruim! Os personagens são rasos e seus problemas e diferenças são porcamente aproveitados. É impossível se sentir próximo de qualquer um deles, pelo bem e pelo mal, e tem alguns dos personagens mais irritantes do ano, encabeçado pelo Antoine, do Vincent Cassel, que é absolutamente insuportável. E não de um jeito bom. Os personagens, mesmo em seus diálogos sozinhos com o protagonista - todos eles têm -, não dizem muito além de divagações inuteis sobre a vida e sobre o quanto a presença de Louis lhes afeta. É inacreditável que ninguém reaja de maneira realmente incisiva à figura sempre intragável de Antoine. E o Dolan até se esforça em "É Apenas o Fim do Mundo", com uma bela fotografia, as escolhas de enquadramento, mise en scene e tudo o mais, mas seria muito difícil fazer algo com um material tão fraco em mãos. Por mais que seja um material pelo qual você é apaixonado.
    Eduardo Santos
    Eduardo Santos

    314 seguidores 183 críticas Seguir usuário

    4,0
    Enviada em 20 de dezembro de 2016
    Xavier Dolan é considerado um menino prodígio na indústria cinematográfica. O canadense de apenas 27 anos, já fez 7 filmes como diretor (a maioria estrelado pelo próprio), além de roteirizar e produzir seus filmes. Em 2009 já lançou de cara um filmaço, chamado Eu Matei Minha Mãe (sendo premiado em Cannes), e no ano seguinte lançou o também interessantíssimo Amores Imaginários. Ele ainda dirigiu o famoso clipe de Hello, interpretado pela Adele. Esse é o terceiro filme dele que vejo, e agora ele não aparece em cena, mas em compensação, o elenco é extraordinário. Ele conseguiu reunir alguns dos atores mais relevantes do cinema francês atual: Marion Cotillard (atriz que eu adoro!), Léa Seydoux, Vincent Cassel, Nathalie Baye e Gaspard Ulliel. O filme conta uma história bem simples: Louis (Ulliel, excepcional em cena) é um escritor na casa dos 30 anos de idade, que volta para a casa depois de 12 anos afastado. Lá ele reencontra a mãe (Baye), a irmã mais nova (Seydoux), o irmão mais velho (Cassel) e a cunhada (Cotillard). O propósito de Louis é contar a todos que está doente e não terá muito tempo de vida, mas esse encontro familiar trará à tona várias recordações do passado e discussões sobre a vida. O plot pode não ser dos melhores, mas Dolan sabe como poucos tratar de dramas familiares. Os diálogos são muito bem desenvolvidos (baseado numa peça de teatro) e os personagens são intensos e bem delineados. Talvez a que menos tem chance de brilhar é Cotillard, já que a ganhadora do Oscar tem a personagem mais intimista do longa. Os outros atores têm cenas bem marcantes, e chamam a atenção. O personagem de Cassel é muito chato e irritante, embora cabível no desenvolvimento da história. Seydoux e Bahe estão estupendas, no limiar de loucura e doçura, mas é mesmo Ulliel quem rouba a cena com seu protagonista. Um homem marcado por suas escolhas e que tem no ator uma interpretação irretocável. Trata-se de um filme de atores e de direção, que pode não agradar muita gente. Muitos closes nos atores – que chegam a causar um ar intencional de claustrofobia – podem cansar um pouco depois de um tempo. A narrativa pode parecer também um pouco lenta, e o final é questionável, embora plausível. Houve um casal que estava ao meu lado que se questionava reciprocamente: “Você entendeu?”, depois que os créditos surgiram na tela. Apesar de alguns momentos aparentemente desnecessários, o filme tem muito mais aspectos positivos que negativos, tornando-se um belo exemplar para aqueles que curtem um cenário mais alternativo.
    Hugo D.
    Hugo D.

    1.772 seguidores 318 críticas Seguir usuário

    2,0
    Enviada em 19 de dezembro de 2016
    Vou para o lado dos que não gostaram do filme, o problema não é o conflito familiar em si, mas a forma que é conduzido. Os diálogos são demorados, arrastados e meio desconexos. A impressão é que todos estão chapados e vivendo um pesadelo. É um filme exaustivo, curto mas parece interminável. Acho que esse não ganha o Oscar nem com reza brava.
    Nelson J
    Nelson J

    44.865 seguidores 1.586 críticas Seguir usuário

    2,5
    Enviada em 14 de maio de 2017
    Rapaz após 11 anos longe vai visitar sua família para dizer que irá morrer, mas a sua personalidade evasiva, dispersiva e sua atitude de evitar confrontos impedem o seu intento, trazendo a luz toda a dificuldade de comunicação da família. Boa interpretação do protagonista em filme repleto de estrelas, mas que não flui.
    Bruno Campos
    Bruno Campos

    570 seguidores 262 críticas Seguir usuário

    4,0
    Enviada em 2 de novembro de 2016
    Xavier Dolan - um dos melhores diretores do mundo, juntamente com Wim Wenders e Woody Allen - faz um ótimo filme sobre a densidade trágica da dinâmica neurótica de uma família (sua temática preferida). Excelentes diálogos e atuações, além de sua já tradicional câmera esteticamente singular. Lembra o peso de "Sonata de Outono" (Bergman), especialmente nas cenas protagonizadas por Vincent Cassel ("Irreversível", "O Apartamento"), sempre brilhante. Exaure o espectador pela claustrofobia bergmaniana, apesar de suas colorações almodovarianas.
    Gabriella Tomasi
    Gabriella Tomasi

    105 seguidores 106 críticas Seguir usuário

    4,0
    Enviada em 16 de fevereiro de 2017
    (...)Intenso e comovente, É Apenas o Fim do Mundo é extremamente eficiente em sua proposta e revela-se uma obra admirável.
    cinetenisverde
    cinetenisverde

    26.975 seguidores 1.122 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 15 de janeiro de 2017
    Este filme é um estudo de personagem. E o personagem em questão é a família. Qualquer família. Ao mostrar os rancores gerados pela volta do filho pródigo, Xavier Dolan expõe mais uma vez seu lado pessoal, mas também o universaliza, em um trabalho simples, mas eficaz. Um tiro certeiro nas emoções humanas.
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