O Escaravelho do Diabo: Críticas

O Escaravelho do Diabo é um longa que tem como difícil missão desmentir o fato de que toda adaptação (não é uma cópia do livro) é ruim. O filme apresenta rapidamente os principais personagens, de maneira rápida e sutil, sem ficar cansativo. No 2° ato o suspense se desenvolve, com grande número de flashbacks, todos bem construídos, que põe uma dose de energia e horror na trama. Conforme o grande mistério é revelado, a história de cada personagem se desenvolve de ótima maneira, destaque para a personagem interpretada por Marcos Caruso.
As atuações são excelentes, com destaque novamente a Marcos Caruso, e também de Thiago Rosseti e Jonas Bloch.
A resolução do conflito me deixou inquieto na poltrona, não é cansativa e finaliza de maneira extremamente satisfatória o conflito do longa.
O filme visava atingir todos os públicos (nostálgicos, jovens, adultos e crianças) e recomendo para todos os públicos.
São poucos os problemas do filme, que desenvolve bem em apenas 90 minutos.

A fórmula Infantil/Policial pode não ser mais hoje tão revigorante é verdade.Mas ainda tem o que render sim e é uma pena que O Escaravelho do Diabo não concretize bem sua tentativa de mistério.

O filme meio que fica estagnado numa trama tão insosa que não desperta um verdadeiro interesse do público,acho que isso se dá muito por um hiato que o filme se encontra no mistério,o responsável pelos crimes faz constantes narrações que parecem muito vazias e sem um contexto.Fora que o investimento em desenvolver o ato final e a trama é muito apressada,há muita informação jogada nos braços do espectador que atrapalha bastante o filme.

Baseado em um livro infanto-juvenil antigo e mesmo sendo um roteiro modesto, existe certa ansiedade em ver a adaptação dessa história. O suspense é muito bem trabalhado e já convence desde os primeiros minutos do filme. Com a originalidade do protagonista, temos um conjunto bem finalizado. Vale desvendar esse mistério.

Como uma esmagadora parte da população em idade escolar no Brasil que conheceu a famosa Série Vaga-lume, eu também li O Escaravelho do Diabo na minha adolescência como um livro paradidático. Quando anunciaram que seria adaptado para o cinema, achei uma ótima ideia, pois apesar de não me lembrar de muita coisa além da morte em série de ruivos que recebiam um escaravelho pelos correios, recordo-me que o livro narrava um intrigante suspense, algo raramente visto no cinema brasileiro. E apesar dos esforços, o filme falha justamente nisso: em contar uma história de suspense, sem causar o clima propício a isso. O filme na verdade começa muito bem. No elenco, rostos de atores principiantes se mesclam a atores tarimbados como Marcos Caruso (disparado o melhor em cena), e se o elenco não brilha, pelo menos não compromete. O início promissor, com cenas rápidas e bem realizadas, causa uma empatia bastante interessante entre o menino Alberto (Thiago Rosseti) e seu irmão mais velho Hugo (Cirillo Luna). Personagens secundários têm lá sua graça, mas depois que o assassino começa a agir várias vezes, quando o filme na verdade precisava engrenar, acaba rolando ladeira abaixo. As cenas da cantora fictícia Luna são tão embaraçosas e mal feitas que causam mal estar. Conforme vai se esclarecendo as motivações do serial killer e a trama avança, a superficialidade dos personagens fica muito evidente, e o desfecho do assassino é simplesmente tão anticlímax que damos suspiros de decepção. O roteiro é bem menos sombrio do que sugere a princípio, e o diretor falha amplamente em não saber o rumo que merece mais destaque. O filme acaba atirando pra todos os lados e, por fim, não convence como thriller assustador, e muito menos como romance adolescente (entre o protagonista mirim e uma ruivinha do colégio), drama de um senhor enfrentando um problema neurológico (no caso do detetive que sabe que se deixar o emprego para tratar-se seria o seu fim) ou comédia pastiche (onde piadas se encontram deslocadas e falta graça). Se o foco fosse dado em desenvolver o mistério em si, e o roteiro não insistisse na obviedade e superficialidade dos temas tratados, poderia ser bem melhor. Teria de reler o livro pra saber se há maior complexidade literária, mas duvido que seja algo tão vazio como este filme demonstra ser. Vale como um razoável passatempo, com bons momentos, mas com potencial pra muito mais.

O razoável filme O Escaravelho do Diabo teve uma estreia modestíssima, com horários escassos, espremido entre grandes cartazes.

O filme, de certa maneira, escancara conservadorismo. Aliás, o cinema infanto-juvenil brasileiro sempre foi, em última análise, conservador. Sem o apelo comercial dos blockbusters americanos que enchem os cinemas nas férias escolares, os poucos cineastas brasileiros compromissados com esse tipo de público contornam as dificuldades técnicas com histórias simples, porém engenhosas, poucos efeitos especiais, alguma pitada de romance e humor, personagens críveis e situações realistas.

O filme fez muito bem tudo isso.

O Escaravelho do Diabo é adaptação da obra homônima (e já clássica) da escritora mineira Lúcia Machado de Almeida (1910-2005). A história foi publicada pela primeira vez, em partes, no jornal O Cruzeiro, em 1953. Só foi relançada em 1972, já em formato de livro, ao estrear a série Vaga-Lume, da Editora Ática. O livro foi adotado por décadas pelas professoras do ensino fundamental e médio de todo o País, o que ajudou crianças e adolescentes pegarem gosto pela leitura.

Se no aspecto da forma, o cinema infanto-juvenil brasileiro é conservador, as pequenas "rebeldias" se mostram no conteúdo. Era de se esperar que a adaptação cinematográfica acabasse fazendo "ajustes" nos detalhes do livro, "atualizando-o". Afinal, algo caro como um filme precisa se pagar com a bilheteria. O espectro de público, sob essa ótica, deveria ser maior que as pessoas fãs da obra, que cresceram com ela.

No livro, Alberto é um jovem estudante de Medicina; no filme, é um pré-adolescente (Thiago Rosseti). O filme já o coloca às voltas com gadgets, videogames, internet, televisão, CSI, modernidade. Coisas que evidentemente não havia em 53 ou em 72.

A história do livro se passa na real Vista Alegre, cidade do interior de São Paulo. Já no filme, é na fictícia Vale das Flores. Mas de resto persegue a trama principal, a de um serial-killer que aterroriza a pequena cidade, entregando às vítimas (sempre ruivas) uma caixinha com um escaravelho, antes de matá-las. O jovem Alberto começa a investigar o caso, sem a permissão do Delegado Pimentel (Marcos Caruso, ótimo).

Talvez se tivesse feito uma adaptação fidedigna, respeitando e até reproduzindo a época em que o livro foi escrito, o resultado teria sido indiscutivelmente melhor. Mas seria arriscado demais para o diretor estreante Carlo Milani.

O Escaravelho do Diabo, como o livro, tem uma proposta "paradidática", em querer trazer os jovens para o claudicante mercado do cinema brasileiro infanto-juvenil. Mas deixando isso de lado, é um entretenimento inteligente para ser visto por toda a família.

Baseado na obra de mesmo nome, considerada um clássico da literatura infanto-juvenil no Brasil, escrita por Lúcia Machado de Almeida, publicada inicialmente como capitulos na revista O Cruzeiro em 1953, e posteriormente como livro na série Vaga-Lume em 1972. A trama trata sobre uma série de assassinatos que ocorrem em uma pequena cidade (Vale das Flores), com a investigação sendo feita pelo delegado Pimentel (Marcos Caruso) e por um garoto chamado Alberto (Thiago Rossetti). O filme possui um roteiro hesitante, tentando ser um suspense e focar ao mesmo tempo em dois públicos, o adulto e o juvenil, porém, não conseguindo satisfazer a ambos. Faz uso constante de 'flashbacks', que serão compreendidos no final, e as atuações são medianas. O filme poderia ter explorado melhor essa interessante história.

O começo foi muito bom, porém o desfecho foi decepcionante. spoiler:
spoiler:

Escaravelho do Diabo
Quem aqui se lembra da velha coleção vagalume? Para vocês jovens cinéfilos se trata de uma coleção de livros brasileira com diversas histórias tão incríveis quanto Harry Potter ou Jogos Vorazes, e sim pasmem é totalmente BR ( para os haters que odeiam tudo que é nacional).O escaravelho do diabo é obra de Lúcia Machado de Almeida respeitada escritora brasileira, vocês sabiam disso? Conhecem a história dela? Mas sabe de cor e salteado CSI, J.K. Rowling e etc.
Voltando ao filme é incrível como uma adaptação totalmente brasileira pode ser boa, isso mesmo o filme é bom, apesar de escorregar nas velhas tramas brasileiras com uma trilha sonora muito fraca e com atores que estamos cansados de ver, apesar de que a atuação de todos é muito boa menos a de Augusto Madeira (Almeida) que sempre estamos vendo em filmes de comedia que acaba que esperamos do seu personagem alguma piada.
Destaque para Bruna Cavaliere ( que se parece muito com a atriz de Gina de Harry Potter) que interpreta a paixão do nosso jovem herói que sofre dramas a parte além de perder o irmão ainda sofre de DDA que não o deixa focado, temos também um delegado que esquece onde é a própria delegacia, não que isso seja tratado como piada mas sim como algo que atrapalha o personagem na trama.
O roteiro é muito bem amarrado, o vilão é um serial Killer digno de Hollywood tem uma parte do filme que lembra muito O Dragão Vermelho filme que lançou Hannibal ao mundo. A produção brasileira se esforçou na adaptação devemos apoiar o cinema nacional, devemos encorajar a adaptações da série vagalume com tons mais sombrios, é um filme que todo mundo pode ver pois, não há imagens fortes no filme, é uma trama bastante psicológica por ter várias subtramas, um filme para você curtir com a família e relembrar os velhos tempos da série vagalume.
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Filme muito bom! Minha única critica é em relação ao desfecho do caso... Acho que poderia ser melhor! Mas, no mais, o filme é excelente!

O Escaravelho do Diabo explora, muito bem, seus cautelosos minutos de exibição. Apesar do filme ter comum duração de 90 minutos, a sensação temporal de uma experiência audiovisual, agradável, parece curta.
O suspense mantido em alto nível tem simples desfecho, respeitoso e convidativo ao clássico escrito de Lúcia Machado de Almeida.