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Almanaque Virtual
Esse talento sublime [da diretora] é de início levemente camuflado por um formato de narrativa mais comercial, com linguagem mais acessível para um público não familiarizado com a obra da japonesa.
Folha de São Paulo
Em "Sabor da Vida", a cineasta Naomi Kawase retrata uma singela amizade, com toda a sutileza que é característica do cinema japonês desde os tempos de Yasujiro Ozu, e pode contar com o trunfo que é a emocionante atuação de Kirin Kiki.
Quarto Ato
"Sabor da Vida" poderia muito bem ser uma história clichê de alguém que passa a conhecer a “doçura” da vida depois que motivado por uma pessoa inesperada. Mas não. O filme de Naomi Kawase é maduro o suficiente para encontrar muitos discursos entre os próprios significados que constrói [...] Belíssimo.
Papo de Cinema
Através de um aparente despojamento narrativo e visual, Kawase impõe sua mise èn scene naturalista, de movimentos de câmera fluídos e alguns enquadramentos desfocados, que transmitem realismo e delicadeza a cada cena.
Cinema em Cena
[...] a própria ideia de trazer um confeiteiro que redescobre a doçura metafórica e literal da vida é excessivamente convencional. Ainda assim, não há como negar que, graças ao toque gentil de Kawase, o longa se mostra doce e gentil como a encantadora velhinha que enfoca, o que faz uma imensa diferença.
Gazeta do Povo
Mais do que comida e solidão, “Sabor da Vida” é sobre preconceito, tristeza, envelhecimento e respeito. É daqueles filmes que, talvez ajudados pela sabedoria oriental, conseguem transformar simplicidade em grandeza.
Variety
O delicado estudo de vida, perda e confeitaria de Naomi Kawase é facilmente a obra mais acessível da autora japonesa. [...] Vai acabar sendo a introdução de muitos à filmografia mais austera e poética de Kawase.
Cineweb
Kawase concretiza cenas de grande beleza plástica, envolvendo as cerejeiras em flor que Tokue admira tanto, num filme que discute a discriminação e o preconceito contra os doentes de hanseníase, antes isolados em sanatórios.
The Hollywood Reporter
"Sabor da Vida" visa tão baixo que faz bem em suas modestas ambições. Estas servem para sublinhar a injustiça do antigo tratamento do Japão a pessoas com doenças contagiosas. [...] No geral, um drama delicado que soa exageradamente frágil e enjoativo.
The Guardian
Apesar de alguns momentos tocantes e atuações sinceras, confesso que fiquei exasperado com o sentimentalismo e os estereótipos servidos. O filme tem um acabamento técnico impecável, mas é insípido, artificial, solene, e levemente absurdo.