As juras de amor eterno no começo de um namoro, a paixão e desejo carnal inesgotável no prelúdio de um romance, o paraíso floresce e aparenta ser imortal no surgimento de um novo amor. Ainda mais se a "química da pele" der liga. Tudo é belo, até que se dá por sincero..... Brigas, discussões, insultos, agressões, o ruim começa a transparecer, mesmo que o rala e rola insista em acontecer, pois deste se tornou um viciado e assim, não percebes que o encanto, tinha acabado. Promessas amorosas, a vida faz com que elas fiquem duvidosas e no fim, dolorosas. Depois das mais de duas horas de filme, foi essa mensagem que captei do diretor/roteirista argentino Gaspar Noé (famoso pelo polêmico IRREVERSÍVEL de 2002), que narra um drama sobre a trajetória de um casal possuídos de corpo e alma um pelo outro e que se consomem aos montes, não importa como ou com quem. Isso pela visão do homem, em seus flashbacks (arrisco em dizer que também há algo sobre o diretor, quem sabe uma biografia de si mesmo?). Eu diria que é um pornô com cenas realistas de sexo, que troca os gemidos forçados pela música clássica, eletrônica e rock (& roll, baby!). Logo de imediato já sabemos como vai ser o enredo, pois mostra tal casal em um dos seus momentos íntimos, do qual o toque prevalece para a "explosão de fogos de artifícios". Arrisco em dizer que muita gente não vai passar nem dos 10 minutos de exibição, e confesso que não foi fácil finalizá-lo, não pelo conteúdo explícito, mas sim por se estender demais da conta. E não é só isso, o jeito que Noé escolheu contar esta história, se iguala ao seu grande sucesso de 2002 (citado acima) ou seja, de trás para a frente. Ok, mas não só isso, ele mescla o presente e o passado, então pode ser confuso e assim, desestimular àqueles que até suportam o "nhec nhec nhec" ininterrupto. Basicamente é drama sexo.....drama sexo drama.....sexo drama sexo drama.....sexodramasexodramasexosexosexodramasexosexosexooooo..... Aaaaah! Para os personagens, não há tabu, eles exploram todas as formas de se ter prazer a dois (até a aguardada cena de ménage à trois, que para mim, foi a mais leve.....). E não acredito que teve o formato 3D! Coitado de quem o assistiu. Por quê? Ora bolas, só imaginar o que, em um ato sexual, pode vir a ser jorrado na plateia..... O elenco desconhecido entrega o principal, que é a sua nudez e a virilidade, já de interpretação não temos nada excepcional (bom, são melhores que os que fazem pornografia). E o ator Karl Glusman literalmente "afoga o ganso" em seis (!!!!!) atrizes diferentes durante a filmagem! Ow sorte que não cai do céu..... Se bem que tem algumas coisas no horizonte do par, que eu passo, obrigado! Noé também participa do elenco e ainda tira casquinha da protagonista. E lembra que eu falei que pode ser um biografia? Digo isso por que Noé se apresenta ao poucos, dado o nome do filho do protagonista e depois o nome do ex-namorado da atriz principal. Toda a trama seria mais interessante se não fosse pela delonga, tornando o ato chamativo de sua obra, em cansativo. E se de fato quis mesmo mostrar a complexidade de um relacionamento entre duas pessoas, enrolou muito para dizer algo que já se entende bem antes de seu desfecho. Choca, excita, cansa, brocha, desanima. O que era para ser um orgasmo, frustra. Ruim isso, pois quem não gosta de ficar no só love, só love.....só love só love.....só love só love só love só love...