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    A Lição
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    paulo antunes
    paulo antunes

    4 seguidores 17 críticas Seguir usuário

    4,0
    Enviada em 8 de julho de 2015
    "A LIÇÃO", NÃO SERÁ MINISTRADA PELA PROFESSORA!

    Há muitos outros motivos (além dos cinco listados na matéria abaixo) para assistir ao filme búlgaro de Kristina Grozeva e Petar Valchanov. A ilusão da ética impoluta em uma sociedade podre, dominada por ex-comunistas que viraram mafiosos (ou já eram?), é um dos motivos que destaco! O filme também é um belo exercício dedicado a promover uma profunda reflexão sobre o ser humano e suas circunstâncias.
    A estética adotada bebe na fonte do "neorrealismo italiano", cinema mítico do imediato pós-guerra, por sua abordagem da câmera próxima dos atores, a câmera na mão, num "road movie" angustiante que acompanha a professora heroína na busca de soluções para os problemas de sua família, tentando preservar sua moral, adotando condutas éticas e balizadas na busca pela justiça. Vamos conhecer o relativo insucesso dessa empreitada. Há também a adoção dos princípios do teatro brechtiano, uma vez que o filme não deixa de ser bastante didático na apresentação das alternativas que são colocadas para a personagem buscar o caminho da solução para os problemas que a trama vai nos revelando.
    A interpretação da personagem central, uma professora ética, comprometida, politicamente correta, digamos, de uma pequena cidade búlgara, defendida pela atriz Margita Gosheva, é outro motivo muito relevante para assistir a esse bom filme originado em uma das ex-repúblicas socialistas soviéticas, cujas obras cinematográficas sempre nos contam histórias do passado triste e sombrio, do presente assustador, sem contudo, abandonar a ternura pelos seres humanos, e, o que é bom, com humor. É verdade que com um humor bastante cáustico, e, por isso mesmo, responsável por desvelar o véu do autoritarismo.
    A lição, definitivamente, não será ministrada, mas sim aprendida pela professora e por conseqüência, pelos espectadores que se aventurarem a conhecer este bom filme búlgaro, numa co-produção grega. (PA)
    Anine W.
    Anine W.

    9 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 11 de setembro de 2015
    Poucos, muito poucos, infelizmente, terão a sabedoria ou a sensibilidade para escolher assistir este impactante e surpreendente filme. Um filme que provoca emoções e reações a todo instante. Eu fiquei com o "coração na mão" em muitas cenas, tal o realismo delas. Como um diretor, com cenas simples, quase sem colorido (as paredes, os prédios, as paisagens em tons desmaiados, monótonos se confundem), reforçando um cotidiano sem grandes perspectivas ou pretensões, consegue prender
    a atenção fiel do expectador? Este pano de fundo foi assim colocado de propósito para não interferir
    ou desviar a atenção do mais importante que é apresentar uma sucessão ininterrupta de diferentes acontecimentos, provocando emoções e reações a cada instante: surpresa, dúvidas ou concordância
    com atitudes, lembranças da vida profissional com as quais me identifiquei, destaque a valores
    e condutas, comportamentos e pensamentos contraditórios, pressão, muita pressão, escolhas compulsórias, o certo ou errado, o bem e o mal.
    No início da trama, acontece um fato em sua classe que exige da protagonista (a professora Nadia)
    uma atitude firme ao cobrar de seus alunos a honestidade. Afinal, esta é uma das muitas atitudes
    que a sociedade exige de um professor: que ele próprio seja honesto (um exemplo para todos) e que
    faça prevalecer a honestidade e a integridade em seu trabalho e em sua vida pessoal.
    Independente deste fato, outros passam a acontecer, exigindo uma resposta imediata de Nadia. Sua
    vida muda de repente e a sobrevivência própria e da família passa a ser seu foco central. Passar por
    cima de tudo, permanecer firme em suas convicções ou humilhar-se, se preciso for? Um constante dilema.
    Viver, lutar, sobreviver a qualquer custo, ou quase. Fazer o que for preciso, custe o que custar, porém conservando um pouco de dignidade. Devo, necessito, fazer o impossível e até mesmo o condenável, mas mantendo firme meu amor próprio. Posso condenar alguém (neste caso um aluno), tenho moral para dar "lição de moral"? Bem, aqui fica evidente que a professora não pode condenar, sendo ela mesma passível de condenação. "Atire a primeira pedra, quem estiver livre do pecado!"
    Destaque para a atuação simplesmente magnífica, ímpar e realista da atriz Margita Gosheva.
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