São vários pontos a favor de Relatos Selvagens, para começar, o filme está dividido em seis contos. Cada um totalmente diferente e com uma temática diferente, e a partir daí entra o primeiro ponto positivo para esse filme, pois, a maioria dos filmes teria dentre alguns desses contos, um de qualidade inferior, mas não é o que ocorre no “Relatos Selvagens”.
Todos os contos são perfeitamente montados, muito bem filmados e com uma envolvência digna de um grande filme. Tanto foi que entro para a lista de indicados a filme estrangeiro no Oscar de 2015. Poderia o diretor, Damián Szifron, colocar contos com uma diferença a fim de exaltar a outro, mas não é isso que acontece, todos os contos são lindo e com histórias bem marcantes.
Outra questão bem interessante sobre esse filme é: qual a classificação mais correta para esse filme? Sempre, classificamos filmes em romances, comédias, terror ou até indie. Pois, o primeiro conto tem um ar de tragédia, mas vem sendo construída numa situação um tanto quanto hilária. O segundo com teor de raiva e vingança, com suposto sentimento de ressentimentos. O terceiro muito revoltoso e violento. E assim, o filme rola nos seis contos.
O conto, onde Dárin é o protagonista, vem com teor de problema social, com uma grande critica a burocracia. Chega serem cômicos os passos burocráticos, expostos no filme, para retirar o carro apreendido erradamente. E por último, mas não menos importante, e diria mais, o diretor fechou com chave de ouro este belo filme. Com uma história que mistura uma imensa variedade de sentimentos, seja, raiva, revolta, alegria, e claro, amor.
Na bem da verdade, esse filme, se divide em pequenas histórias que, quase sempre começam com uma naturalidade que qualquer um pode dizer já passou por essa situação, e é claro, termina de forma bem inusitada. Com uma dose de humor negro, violência e raiva, essas histórias vem para confundir a naturalidade do dia a dia, ou vem mostrar o extremismo diário.