A Colina Escarlate: Críticas

O romance gótico shakespeariano do aclamado diretor Guillermo Del Toro (Pacific Rim, O Labirinto do Fauno, Blade II) chega as telonas prometendo ser um filme de fantasmas, mas não é bem isso. A Colina Escarlate está mais para um romance clichê de sessão da tarde do que um "Iluminado" de Kubrick (Não vale a comparação), o filme gira em torno da escritora Edith Cushing (Mia Wasikowska) e sua obsessão por aparições fantasmagóricas, devido seu trauma de infância com sua mama (Sim. É uma referência ao filme Mama), após conhecer o misterioso Sir Thomas Sharpe (Tom Hiddleston ) se encanta apaixonadamente e vai viver em sua mansão do espanto, denominada de Colina Escarlate, pois lá se fabrica um tipo de argila avermelhada, e em tempos de frio cobre toda a neve, como se fosse uma mancha de sangue. Sir Thomas Sharpe e sua irmã Lady Lucille Sharpe (Jessica Chastain ) começam a demonstrar esconder um segredo na casa, logo Edith vai fazer de tudo para descobrir. Bem, essa é a premissa do filme, basicamente uma narrativa formada de arquétipos básicos que lembram muito o filme de Coppola "Drácula de Bram Stoker", porém não chega a ser tão bom quanto. Tudo remete ao gótico no filme de Del Toro, seu designer de figurino, seu designer de produção, a iluminação são impecáveis, destaque para o designer de produção na construção da casa. Del Toro fez questão de construir um ambiente crível para que a narrativa tivesse um pé no chão, apesar de não engatar voo em nenhum momento, assim como em nenhum momento você vê os fantasmas como uma ameaça ou algo assustador, aliás, isso é determinado logo no inicio do longa quando a escritora descreve eles como uma "metáfora". A Colina Escarlate é para se ver, apenas, como um romance e só, não vá ao cinema pensando em terror ou algo do tipo.

O roteiro é simples, quase clichê, mas a estética do filme é perfeita, a fotografia é espetacular, os figurinos lindos, as atraiçoes são muito boas, e a trilha sonora legal, mas quando a gente fala de Guilhermo del Toro, a gente sempre pensa em monstros medonhos e fantásticos, é o que eu esperava no filme, fui premiado com fantasmas com estéticas legais, mas não a nível de Del toro, no geral o filme é Bom.
Del toro é fraco em roteiro (com exceção de labirinto do fauno), mas um gênio em imersão visual.

Assisti ontem na pré-estréia em Curitiba e eu achei o filme excelente! Como sempre o Del Toro com sua ambientação linda e a mesmo tempo horripilante. Pensei que seria mais um filme clichê de terror, com aqueles sustos sempre nos mesmos lugares, a mesma história e no final das contas eu me surpreendi! Não se trata apenas de fantasmas, tem muita coisa por trás (chocantes). Os atores, nem se fala, teve um entrosamento perfeito. Atuação impecável da Jessica Chastain. Pra quem gosta desse estilo do Del Toro, alguns momentos lembrei do Labirinto do Fauno, toda a riqueza dos detalhes, ambiente ''gótico'', obscuro, mas ao mesmo tempo encantador e lindo.

Guillermo del Toro é um cineasta dos mais interessantes do cinema atual. Ele tem uma capacidade incrível de criar ambientes em que morbidez, terror e violência realista se intercalam de forma bastante eficaz, e o maior exemplo disse é o excepcional e já clássico moderno O Labirinto do Fauno. Ele também tem um grande talento para desenvolver criaturas fantásticas, e aqui, ele cria figuras fantasmagóricas bastante assustadoras e impressionantes. Em relação ao roteiro, ele também arrebenta. Apesar dos clichês do gênero e algumas obviedades, sua narrativa prende bastante o espectador, apesar de demorar alguns minutos para engrenar um ritmo interessante. O desenvolvimento dos personagens também é bem feito, embora alguns estejam aquém das possibilidades criadas a princípio. Porém outros crescem no decorrer do filme, e há o crescimento de tensão até chegar o desfecho, o que é imprescindível para uma obra deste tipo. O elenco é absurdamente bom, e o trio protagonista é de se tirar o chapéu: Mia Wasikowska (Edith), que por vezes lembra a Alice que interpretou no filme do Tim Burton, mas com ares de maturidade interpretativa; Tom Hiddleston (Thomas), fugindo cada vez mais do estigma de seu personagem mais famoso, o Loki de Os Vingadores; e Jessica Chastain (Lucille) - que tem a melhor e mais complexa personagem do filme – mostra mais uma vez seu incrível talento dramático, e pelas minhas contas, arrasa no terceiro filme que vi com ela nos cinemas este ano, sendo estes três filmes excelentes. Além de tudo isso, o filme tem um visual e apuro técnico incrível. Realmente impecável! Apesar de não ser o melhor filme do cineasta, sem dúvida é uma obra obrigatória não só para quem curte a filmografia deste talentosíssimo diretor mexicano, como também para aqueles que curtem um bom filme de terror gótico, muito bem realizado e com alto padrão de qualidade. Simplesmente ótimo.

Após se casar com Thomas Shape e se mudar para a mansão de sua família,Edith começa a perceber que várias assombrações e mistérios cercam a pavorosa residência.Escrito e dirigido pelo brilhante Guillermo del Toro,o longa conta com todos os elementos pelos quais del Toro é admirado,tornando-o um prato cheio para todos os fãs do diretor.Uma compilação de terror,suspense e romance,o filme tem uma certa dificuldade em estabelecer um equilíbrio de gêneros durante seu primeiro ato,deixando-o um tanto confuso,apresentando muitos personagens e muitas informações,ao mesmo tempo em que cria situações demais,deixando várias delas soltas pela obra,tudo seguido por um lapso temporal que marca a transição definitiva da trama principal sendo levada para a mansão,que é onde o filme finalmente alcança seu ápice e começa a definir seu tom sombrio e misterioso.Sem dúvida alguma,o melhor personagem do filme é a mansão,não que os personagens não sejam bons ou as atuações não sejam boas,muito pelo contrário,Tom Hiddleston dá um show de atuação,e entrega um Thomas Shape carismático e misterioso,ao mesmo tempo em que Mia Wasikowska consegue expressar muito bem a inocência de Edith e seu desenvolvimento ao decorrer do filme,mas com todo um capricho,del Toro insere na mansão elementos que a tornam real,e lhe permite respirar,sangrar,e até nevar,deixando-a charmosa e assustadora.
Com uma fotografia maravilhosa e um figurino excepcional,a obra se torna forte candidata ao oscar nessas categorias,e enche os olhos ao ser vista em imax.O grande erro do filme,sem dúvidas é o grande número de subtramas e personagens secundários desnecessários,que servem apenas para entregar ao público surpresas antes das mesmas serem reveladas de formas impactantes no terceiro ato do filme.Enfim,com atuações fenomenais - destaque para Tom Hiddleston,que torna Thomas Shape um personagem misterioso e carismático - e uma direção de arte impecável,Crimson Peak demora um pouco para finalmente emplacar,mas quando isso ocorre,o filme flui muito bem,e com o auxílio de cenas perturbadoras e reviravoltas impactantes,a trama consegue seguir caminhos inesperados,fazendo com que o filme acabe se destacando entre vários outros do gênero.Recomendo

Apaixonada pelo misterioso Sir Thomas Sharpe (Tom Hiddleston), a escritora Edith Cushing (Mia Wasikowska) muda-se para sua sombria mansão no alto de uma colina. Habitada também por sua fria cunhada Lucille Sharpe (Jessica Chastain), a casa tem uma história macabra e a forte presença de seres de outro mundo não demora a abalar a sanidade de Edith. Regular, eu esperava mais, tem um grande elenco, uma boa historia, e boas atuaçoes, mais eu achei filme cansativo, filme tem uma otima fotografia, vale apena da uma conferida, filme nao da sustos. Nota 5.5

Amor e Argila.

Guillermo del Toro tem uma mente criativa como pouco se vê no cinemão da atualidade. Seus trabalhos, mesmo que frutos de grandes orçamentos, possuem marcas registradas por conta do design e ousadia, vide HellBoy II, Blade II e principalmente O Labirinto do Fauno, algo que continua se mantendo neste Crimson Peak.

Tal produção é fruto de uma constante busca de Del Toro por investimento, algo que se consolidou após 10 anos de muito trabalho de qualidade no cinema e persistência. Aqui, a protagonista é Edith Cushing (Mia Wasikowska), uma escritora que sonha com a publicação de sua obras. Filha de um rico empresário e investidor, ela conhece Sir Thomas Sharpe (Tom Hiddleston), um misterioso e sedutor empresário que está a procura de financiamento para produzir uma máquina capaz de extrair argila em larga escala. Apaixonando-se pelo sujeito, este sempre na companhia de sua soturna irmã Lady Lucille Sharpe (Jessica Chastain), Edith muda-se para a mansão onde os irmãos moram, o lugar conhecido como Colina Escarlate.

No ambiente sombrio em que passa a viver, Edith começa a descobrir coisas inimagináveis sobre pessoas próximas. O interessante disso é a forma como a narrativa vai nos entregando esses elementos, mesmo que misture traços do sobrenatural com a realidade, sempre deixando claro as relevância de cada um dos principais personagens nas ações de todos.

Evidentemente que, apesar da história não ser tão sofisticada quanto O Labirinto do Fauno, a parte estética é tão bela quanto o filme de outrem. A gama de detalhes da mansão, seus quartos, andares e tudo aquilo que a compõem são repletas de informações visuais que alcançam um nível impressionante. Isso sem falar na lama escorrendo pelo chão e paredes que resultam em uma amálgama divertida de se interpretar. Vale destacar também o figurino belíssimo, desde as vestes dos empresários logo no começo do filme, sempre sóbrios e de requinte nato; passando pelas roupas da Thomas que sempre são cuidadosas para deixar um ar de duvida quanto a confiança; a bela Lucille e suas vestes que oscilam entre o sombrio e o vermelho apropriado ao amor; ou mesmo a protagonista Edith, sempre fragilizada em roupas suntuosas, às vezes até exageradas, mas coerentes com seu nível financeiro.

A COLINA ESCARLATE pode não ter o mesmo potencial e figurar com um dos melhores filmes de Del toro, mas seria incoerente apontá-lo como sendo ruim, pelo contrário, é uma produção "com fantasmas" e de qualidade satisfatória. Mesmo com um enredo mais tradicional do que excepcional, a produção entretém bem em suas quase 2h de duração.

Um filme que prende a atenção,mas razoável,efeitos especiais já vistos em outros do mesmo gênero,história previsível.

Ótimo filme! Sei que o Roteiro não é dos melhores, mas tem suas qualidades de desenvolvimento, principalmente no 2° ato, quando é brilhante. Efeitos especiais são perfeitos, muito bacana mesmo, parte técnica também, a fotografia é com certeza a mais bonita de 2015, não consigo entender como não ganhou ou seja nem concorreu, absurdo... A colina escarlate é um filme que no 1° ato cansa, mas depois surpreende na ótima direção de Guillermo Del Toro.

Tenta ser surpreendente mas falha na sua própria surpresa, o final acabou bem previsível.Como um suspense não funciona.