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    Frances Ha
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    4,1
    228 notas
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    22 Críticas do usuário

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    Phelipe V.
    Phelipe V.

    476 seguidores 204 críticas Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 28 de agosto de 2013
    Quando muita gente começa a louvar um filme sumariamente independente, daqueles que não prometem absolutamente nada e os envolvidos são quase desconhecidos, e colocá-los em listas de melhores do ano é porque ali consta uma obra que devemos, ao menos, prestar uma atenção a mais.

    É o caso desse filme de Noah Baumbach, um diretor que vem cada vez mais crescendo e se fazendo presente dentro desse cenário independente americano. E aqui, não cansa de fazer referências visuais e textuais a outros cineastas como Woody Allen, por exemplo. E nada me tira da cabeça que Frances é, na verdade, uma espécie de extensão de Poppy, personagem do filme de 2009 feito por Mike Nichols, Simplesmente Feliz.

    Com características próprias, a personagem principal - e que dá o título - de Frances Ha não demora a nos conquistar e contagiar a tela. A ela, sobra a principal característica que uma protagonista de um filme desses deve ter: carisma. E dessa forma, faz um verdadeiro espelho de certas características de nós mesmos. A personagem é tão fracassada, tão azarada, perdida, e por vezes, parece tão desagradável que não tem como não enxergar a si mesmo em algum momento do filme. E o maior acerto do filme é o tom propositalmente leve dado a todas as "desgraças" pelas quais Frances passa, atingindo seu ápice numa sequência divertidíssima em que a personagem, num ato de profunda imaturidade, resolve fazer uma viagem até Paris de última hora e perde absolutamente todos os compromissos possíveis que ela poderia desfrutar: ou por estar em Paris quando sua melhor amiga, em NY, a chama para uma festa de despedida; ou por já ter voltado para NY quando recebe um telefonema sobre um jantar com uma velha amiga em Paris; ou por dormir demais.

    O fato é que esse foco em "como será a vida após a faculdade" não é muito bem uma inovação no cinema hollywoodiano dos últimos anos, mas são raras as vezes que um realizador acerta ao olhar para uma história extremamente pessimista com otimismo. E o legal aqui é justamente a forma com que Frances encara cada momento de sua vida (representado muito bem, como em capítulos de um livro, pelo endereço de cada casa que a garota morou nesse período de tempo) com um olhar do tipo "eu poderia estar pior". E por mais que se sinta derrotada em relação a todos os que ascendem ao seu redor, ela continua com a esperança de que aquilo pode (e vai) melhorar. Em meio a cenas emocionantes e vergonha-alheia na mesma medida, no fim, não deixa de ser uma questão de auto-estima.
    Marcio S.
    Marcio S.

    93 seguidores 126 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 3 de outubro de 2014
    Godard há muito tempo já dissera: “Você quer fazer cinema? Pegue uma câmera.” Através dessa frase conseguimos definir o que é um movimento que surgiu nesse século nos EUA chamado Mumblucore que procura ter como paradigmas realizar filmes de baixo orçamento, com textos improvisados ou não, com temáticas de cunho existencial e que procura representar personagens extremamente humanos. Esses filmes geralmente são divulgados pela internet. Os filmes são realizados utilizando câmeras digitais, iluminação ambiente, e outros paradigmas. O filme Funny Ha Ha de 2002 do cineasta Bujalski é considerado o primeiro filme desse movimento. O diretor Noah Baumbach é um dos que apoiam esse movimento, assim como a atriz Greta Gerwig. Ela é a protagonista de Frances Ha em que as ideias desse movimento são mantidas em sua essência.
    Frances (Greta Gerwig) é uma mulher que divide com a amiga um apartamento. Ela é dançarina, mas sua carreira ainda não decolou. Frances terminou seu namoro recentemente por não querer deixar a amiga sozinha no apartamento, porém logo em seguida sua amiga decide ir morar em um apartamento melhor e assim deixa-la.
    Utilizando uma fotografia em preto e branco o diretor Noah Baumbach acerta por retratar a cidade como Nova York como já vimos principalmente nos filmes de Woody Allen. Aliás facilmente lembraremos a maneira como Woody Allen filmou a cidade que tanto ama no filme Manhattan. Noah Baumbach sabe como a fotografia em preto e branco contrasta bem com Nova York. Em vez de copiar rouba essa ideia para representar tanto uma cidade que tem uma textura preto e branco como as dificuldades da passagem para a vida adulta.
    O design de produção também é importante para narrar a história de Frances. Através de um figurino semelhante utilizado por Frances durante quase todo filme vemos como ela parece não conseguir evoluir tanto em sua vida profissional quanto em um crescimento interior. Quando o final chega a mudança no figurino evoca um amadurecimento. Apesar de Frances já ter vinte e sete anos ela ainda tem um relacionamento com sua amiga que lembra uma menina e não a mulher que ela já é. Seu cabelo permanece preso durante quase todo filme e quando o filme vai evoluindo percebemos que ela passa a usar seu cabelo solto aos poucos até chegar ao final e utiliza-lo solto e desembaraçado. Esse é mais um elemento para compor o momento emocional da personagem. Acrescentado a isso vemos quartos bagunçados ou quase vazios.
    A trilha sonora condiz com a narrativa e além de música pop há músicas que evocam o lado menina de nossa protagonista. Como o movimento Mumblucore tem como influência Richard Linklater e Woody Allen, a Nouvelle Vague também é uma influência consistente. Por isso Noah Baumbach além de filmar em locações como seus mestres, ele através de seu lado cinéfilo utiliza músicas da trilha sonora original composta para o filme Os Incompreendidos de Truffaut e que ajuda a compor muito bem a narrativa. Acredito que esse lado cinéfilo de Noah Baumbach ainda falou alto pois a filmagem na França parece ser mais uma homenagem aos seus mestres. O filme nos traz até uma nostalgia da Nouvelle Vague.
    Frances é uma menina em forma de uma pessoa adulta que tenta se encontrar no mundo. Talvez ela seja uma incompreendida, pois em seus atos demonstram um sentimento de extrema cumplicidade com os indivíduos e de bondade. Ao ver uma garota chorando, mesmo sem nem conhece-la, senta-se a sua frente para compartilhar aquela dor. Frances caminha sobre uma fina corda para não cair. Quando sua amiga decide se mudar ela cai e realmente tem que buscar crescer interiormente, deixando para trás a instabilidade da juventude para uma estabilidade adulta.
    É maravilhoso assistir a uma história tão bem contada, pois se prestarmos atenção veremos como as cenas conseguem mostrar como Frances ainda é uma pessoa que depende de outros para subsistir. O fato dela não ter condições financeiras de morar sozinha, sem dividir o aluguel com alguém e tendo que viver na casa de conhecidos me fez refletir sobre isso. É como se ela ainda fosse uma Frances entre milhares. Faltava a ela uma identidade própria. Isso ainda é visto no momento em que em uma caixa de correio, onde deveria ter um nome apenas encontra-se um buraco. Quando o final do filme chega, perceberemos que mesmo que seja um pequeno espaço, esse mundo tem um pedaço para Frances Ha.
    A identificação com a personagem é fácil principalmente pela a atuação de Greta Gerwig que compõe seu personagem com um jeito alegremente desajeitado. Fazendo com que mesmo quando passa por dificuldades não consegue perder o humor, a Frances de Greta consegue não ser uma caricatura e sim alguém tangível.
    Acertando na composição do filme como um todo, Noah Baumbach consegue realizar um filme indie interessantíssimo, mostrando como é possível realizar uma obra consistente sem recursos e que acaba por corroborar com aqueles que buscam fazer cinema, mas que não tem a sorte de ter uma produção dos estúdios que muitas vezes preferem mais angariar lucros do que fazer um filme com competência.
    Cristiano R.
    Cristiano R.

    11 seguidores 9 críticas Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 6 de setembro de 2013
    Melhor do que muita coisa em cartaz recentemente. Trilha sonora de muito bom gosto. Os atores excelentes, destaque principal a protagonista (que não sei o nome). Mas nunca tinha visto nenhum filme com ela, e como se encaixou bem no papel! Fiquei até me perguntando se é tipo assim na realidade também. Ela lembra muito uma ex namorada minha, assisti todo o filme pensando nela. Enfim, ótimo filme, não são todos os cinemas que passam esses filmes alternativos. Aqui no rio de janeiro vc pode assistir nos cinemas "estação". É necessário se contentar com o que tem sonhando e buscando algo melhor. É isso aí, vale muita a pena. Abraços!
    Guillermo M.
    Guillermo M.

    45 seguidores 103 críticas Seguir usuário

    2,5
    Enviada em 1 de dezembro de 2014
    Aborda a vida de uma mulher em busca do seu espaço. Faltou ousadia. O roteiro é muito linear.
    Taiani M.
    Taiani M.

    37 seguidores 17 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 26 de agosto de 2013
    Ninguém passa incólume pelos 27. Um "sismance" bem otimista. E lindo.
    Kamila A.
    Kamila A.

    7.026 seguidores 777 críticas Seguir usuário

    3,0
    Enviada em 15 de maio de 2014
    “Frances Ha”, filme dirigido e co-escrito por Noah Baumbach, tem como personagem principal a jovem que dá nome ao longa. Ela é uma representante perfeita da geração atual que se encontra na faixa dos 20 a 30 anos e que, por não saberem ainda o caminho que desejam seguir na vida (profissional), se dedicam às muitas tentativas na busca de algo que termine por se firmar – mesmo que isso signifique a infelicidade em um dos campos de sua vida.

    Antes de chegarmos à essa conclusão, é importante mencionar que, na forma como é apresentada por Noah Baumbach, Frances Ha é uma Amélie Poulain que vive em Nova York, uma Poppy (de “Simplesmente Feliz”) na cidade mais cosmopolita do mundo; ou seja, ela é alguém que enxerga a vida de um modo muito próprio e que exala uma leveza e um otimismo que, vistos por olhos menos adocicados, pode se revelar um jeito de ser muito irritante.

    Ao longo dos 86 minutos de filme, Noah Baumbach nos mostra a trajetória errante de Frances como uma aprendiz de uma companhia de dança, que torce pelo dia em que será efetivada como profissional, pois isso significa que ela irá deixar a sua vida simples, com pouco dinheiro – o que faz com que ela não consiga ter um apartamento próprio ou realizar desejos mínimos, como viajar para Paris quando bem entender. Acompanhamos a sua rotina de sacrifício em meio aos relacionamentos que ela estabelece com os amigos (notadamente com a sua melhor amiga, Sophie – interpretada por Mickey Summer), os seus pais, meros conhecidos, a chefe da companhia de dança, dentre outros personagens. Todos eles estão ali para ilustrar as grandes questões por trás da vida moderna dos jovens: a busca pelo amor, pela estabilidade profissional e por uma qualidade de vida decente.

    Frances Ha é uma personagem deveras verborrágica. Por boa parte da duração do filme, só ela que fala. Você poderá ou não concordar com a forma como ela leva a vida, com as decisões que ela toma, mas tudo o que assistimos só reforça o fato de que “Frances Ha” retrata uma jornada muito particular desta personagem. Este é um filme sobre amadurecimento e transformações, com uma história vista como se fosse uma fábula, com um final completamente aberto, pois assim é Frances Ha: uma mulher imprevisível. Por isso mesmo, o grande destaque do filme é a atuação de Greta Gerwig – indicada ao Globo de Ouro 2014 de Melhor Atriz num Filme de Comédia/Musical – como a personagem título.
    Juarez Vilaca
    Juarez Vilaca

    2.728 seguidores 393 críticas Seguir usuário

    3,5
    Enviada em 31 de dezembro de 2013
    Um bom filme. Retrata a vida de uma pessoa normal, sem muitos atributos, com todas as dificuldades que uma mulher tem quando quer ser independente da família. O que existe de especial na vida dela é a grande amizade que ela teme pela amiga Sophie. Estavam juntas, se separam, voltam a se encontrar, vivem separadas e a grande amizade continua a mesma. Um verdadeiro amor sem compromissos. Muito bom.
    ymara R.
    ymara R.

    764 seguidores 262 críticas Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 19 de janeiro de 2014
    Nao faço a mínima ideia do porque amei este filme.. nem sei porque assisti ate o final com os olhos pregados na tela.. mas amei..
    Julio Davila
    Julio Davila

    14 seguidores 64 críticas Seguir usuário

    3,0
    Enviada em 11 de novembro de 2015
    Diferente e engraçado, mas não tanto.
    Nota: 6
    cinetenisverde
    cinetenisverde

    26.837 seguidores 1.122 críticas Seguir usuário

    4,0
    Enviada em 17 de janeiro de 2017
    Nunca vi um filme tão alto astral com uma personagem tão... errada. E fascinante. O mundo de Frances é medíocre. Ela é uma dançarina (ou gostaria de ser) e como todo artista que se preza, tenta viver em Nova Iorque. Porém, como sua amiga bem observa, só um artista rico para se manter próximo da Broadway. Acompanhamos, então, suas vissicitudes, inicialmente com sua melhor amiga, que parece ser a única que lhe resta. Ela é "inamorável", como um amigo costuma dizer. Pegamos partes de sua personalidade de seu convívio com as pessoas.
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