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    A Pedra de Paciência
    Críticas AdoroCinema
    3,5
    Bom
    A Pedra de Paciência

    A perda da paciência

    por Renato Hermsdorff

    Escolha do Afeganistão na corrida pelo Oscar 2014 de melhor filme estrangeiro, A Pedra de Paciência é um monólogo. No filme de Atiq Rahimi, Golshifteh Farahani (indicada ao César de atriz revelação por esse papel) é uma mulher que revela uma espiral de segredos ao marido que está em estado vegetativo - depois dele ter sido ferido a bala ao tentar defender a própria honra.

    A cultura popular daquele país prega que ao se deparar com uma pedra no caminho, você deve descarregar no mineral todas as suas angústias. E depois que a pedra se quebrar, você estará livre.

    Fica óbvio, desde que a parábola é revelada, que o marido é a pedra de paciência na vida dessa mulher. Mas, ao conversar com ele, ela denuncia – não sem culpa – também para a audiência (ocidental, inclusive) a condição da mulher muçulmana oprimida residente em um país em guerra.

    Pisando em tabus, o filme é um corajoso relato do diretor, premiado nos festivais de Hong Kong e Istambul. Atiq Rahimi intercala tomadas ora minimalistas, ora grandiosas (posiciona a grua nos escombros), tirando belas imagens do cenário empoeirado. Mas é a atuação de Farahani que garante a atenção do espectador.

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