Moscou contra 007, o segundo filme da franquia encabeçada pelo espião mais famoso do cinema, o britânico James Bond, e é também, um dos melhores filmes da sequência até aqui.
Em Moscou contra 007, temos novamente Sean Connery vivendo o espião inglês James Bond, que terá que lidar com os efeitos colaterais dos eventos do primeiro filme: 007 - contra o Satânico Dr. No.
A organização conhecida como Spectre mais forte do que nunca, e agora tem um audacioso plano, envolvendo os russos, e o Serviço Secreto Britânico, que consiste no roubo de uma máquina decodificadora, o que na verdade é uma grande cilada elaborada para matar James Bond, como retaliação pela morte do Dr. No no primeiro filme.
É neste cenário, de intrigas e mais intrigas, clima típico de um filme de espionagem ambientado na época da Guerra Fria, que o filme se desenha, e é nessa atmosfera que vemos a brilhante evolução de Connery como James Bond.
O filme transcorre em um ritmo muito dinâmico, e novamente temos os elementos clássicos de um filme de James Bond, a trilha sonora oficial da franquia, uma abertura ainda mais impressionante do que a do primeiro filme, diga-se de passagem, uma das melhores da história da franquia. Vemos novamente um James Bond galanteador, e como de praxe, se envolvendo em um turbilhão de problemas por conta disso.
Mas o filme também nos apresenta algumas novidades interessantes, como por exemplo, a primeira mulher a ser uma vilã da franquia, a General Soviética Rosa Klebb, brilhantemente interpretada pela cantora Lotte Lenya.
Temos nesse filme também um vilão que não precisa sequer mostrar o rosto para ser apavorante, alguém que tememos apenas pela voz, e que conhecemos pela figura de um gato, o Senhor Stavro, que conhecemos pela voz de Anthony Dawson, um vilão que só seria visto em Com 007 só se vive duas vezes.
Temos nesse filme também o primeiro "Brucutu" a fazer sucesso na franquia, trata-se do ator Robert Shaw, que anos mais tarde se consagraria com filmes como: Golpe de Mestre, O Homem que não vendeu sua alma, O Comando 10 de Navarone e Tubarão, e que teve nesse filme, sua primeira grande oportunidade no cinema. E ele não decepcionou. Vivendo um psicótico assassino de aluguel, contratado pela Spectre, ele se fez valer de seu 1,80 M, para fazer da vida de James Bond e de seus aliados um verdadeiro inferno, inclusive a cena de embate entre ele e Bond no trem, está entre as melhores do filme. Além de sua performance brilhante, como um falso agente britânico enviado para ajudar James Bond, algo que designou com tamanha destreza.
Temos nesse filme uma nova Bond Girl, e é claro, um novo affair de Bond. Trata-se Tatiana Romanova, uma agente Russa que tem a missão de fazer um jogo duplo, onde ele deve manipular James Bond, sendo que a mesma é manipulada pela Spectre, porém ela acaba se apaixonando por James Bond. A belíssima Daniela Bianchi interpreta a jovem russa, e obtém grande destaque, não só por sua beleza, mas por seu talento, pena que ela parou por ali, e não fez muita coisa no cinema.
Sean novamente tem uma atuação irrepreensível, que mostra o quanto ele era o ator perfeito para o personagem. O perfeito 007.
A direção do filme é assinada por Terence Young, o mesmo diretor do longa anterior, e que novamente faz um trabalho impecável, já que são dele, dois dos melhores filmes da história da franquia.
Em resumo, Moscou contra 007 é um filme essencial para qualquer cinéfilo...
Nota: 10