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    Hannah Arendt - Ideias Que Chocaram o Mundo
    Média
    3,7
    85 notas
    Você assistiu Hannah Arendt - Ideias Que Chocaram o Mundo ?

    12 Críticas do usuário

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    Fabio G.
    Fabio G.

    22 seguidores 11 críticas Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 24 de julho de 2013
    TÍTULO: A difícil relação entre o homem e seu pensamento.

    Para incitar quaisquer opiniões acerca, tanto do filme, como da pessoa Hannah Arendt, muito cuidado e análise devem ser proferidos. Todos os dois possuem suas belezas pluralistas que precisam ser muito bem notadas para não se tornarem banais. Quem conhece a ideologia da filósofa alemã ou assistiu ao filme percebeu o jogo de palavras sutil contido nessa introdução. Talvez essa sutileza tenha sido o maior triunfo da talentosíssima diretora Margarethe Von Trotta. Ela conseguiu unir a filósofa à mulher, distanciando-se de possíveis polêmicas e deixando o espectador ávido a buscar conhecimentos maiores.
    A produção já começa acertando em, ao invés de fixar uma biografia que poderia se tornar cansativa opta pelos modernos recortes cronológicos a um ponto essencial da vida da personagem objetivada. Nesse caso foi o histórico julgamento do oficial nazista Adolfo Eichmann, em 1961, coberto por Arendt, em favor da revista The New Yorker, que aconteceu em Israel, após captura do alemão em Buenos Aires, onde se refugiara. É interessante como temos um pequeno presságio de que a cientista política em questão não irá tratar o evento como algo humanitário, mas sim filosófico. Mesmo sem talvez ser intencional, mas as passagens do julgamento, trazendo minutos de documentário à narrativa, deixa claro o pensamento banal da professora.
    O caminho do filme tenta aplicar neutralidade, mas os dias de penúria para a escrita de seus artigos e futuro livro, e sua leve chateação ao terminá-lo e jogá-lo ao colo de seu marido, Heinrich, com a simples frase: "pronto, acabei!", já demonstravam a dor de seu pensamento e como, ao mesmo tempo, não poderia negar, por nenhuma dor, aquilo, que para ela, era verdade. Nesse caminho e nessa vertente que o filme se torna memorável. Von Trotta nos deixa nervosos e carinhosos com Arendt, que entra em um novo exílio após a exibição de sua obra.
    Além desse impasse, sem duvidas, o principal da produção, tantos outros são promovidos, como o conceito de amor, também tão preciso pela personagem-título, envolvendo a relação com seu professor e mentor Martin Heidegger, e o companheirismo, puro, verdadeiro e bem explorado entre ela e seu marido, Heinrich, mesmo com obvias ações adúlteras do mesmo. Uma das ideias mais singelas explicitadas no filme, é a ideologia clara de Hannah em ser fiel, não a um sistema, ou até mesmo a pensamentos filosóficos, mas sim àqueles que se mantêm fieis a sua amizade. O martírio e o desabamento emocional perpassam exatamente os inúmeros companheiros perdidos em detrimento a sua atitude. Deve-se expor em virtude a permanência efetiva de sua grande amiga, a escritora Mary McCarthy, interpretada, belamente, pela sumida Janet Mcteer.
    O filme então encaminha-se a uma visão até bastante didática do tema, na cena ápice da explicação, extremamente pedagógica, sobre seus artigos, em que, o menor entendido em assuntos e teoremas da Filosofia compreende claramente que o pensamento de Hannah Arendt intrigava o Homem e não um povo. Ao deixar claro que Einrich já não mais pensava, visto que a ideologia que incitava sua mente deixara-o sem capacidade de instruir suas próprias atitudes e incitar a participação de alguns líderes judeus na entrega do povo aos alemães, a teórica causa euforia negativa à maioria da população mundial, e faz-se questionar sua integridade. De fato, tornou-se um tanto forte manter uma posição otimista, mas quem sabe se a compreensão do homem atenuar-se a si mesmo como ser humano e destacar-se do que é aplicado como socialmente generalista, muito de sua filosofia poderá ser entendida. Como um todo, Hannah foi uma das vozes teóricas dos hippies e dos movimentos anti-atômicos.
    Em percepção fílmica, Von Trotta nos presenteia com mais uma obra delicada, dinâmica, moderna, e sensível sobre os horrores do ser humano em suas manifestações mais brilhantes e mais sombrias. O elenco é primoroso, e encabeçado pela atriz favorita da diretora, Bárbara Sukowa, que ilumina a tela com uma caracterização feminina, forte e concreta. Brilhante! Talvez, precisemos de um tempo para digerir a personagem, mas o filme é apaixonante em seu totalitarismo. Desculpem-me os trocadilhos, mas acho que ela iria gostar dessa ironia...
    jpaschoal
    jpaschoal

    4 seguidores 37 críticas Seguir usuário

    3,0
    Enviada em 31 de dezembro de 2013
    Razoável. Filme para quem conhece um pouco de filosofia e a história do nazismo e o Holocausto. Barbara Sukowa e os demais atores estão bem mas a narrativa é um pouco monótona e irritante, especialmente os 35 cigarros que Hanna fuma durante o filme....
    Willian M.
    Willian M.

    15 seguidores 46 críticas Seguir usuário

    4,0
    Enviada em 9 de abril de 2015
    Quando se trata em retratar algum filósofo no cinema, é sempre um drama. A complexidade do processo criativo de um filósofo é muito particular e confusa, e sendo que, se trata de ideias, é muito mais obscura que qualquer outra representação. Mas é por essa linha tênue que perambula a biografia da filósofa Hannah Arendt.

    Partimos que essa biografia não busca explicar quem foi e como viveu ou como conseguiu seu reconhecimento mundial. O filme é bem específico quanto ao corte temporal na vida da filósofa para o momento de criação sobre os artigos do julgamento de Adolf Eichmann.

    Artigo este que, se entendia a liderança de Adolf Eichmann nos campos de concentração e extermínio , mas que também se atingia a possibilidade de que, Adolf, poderia não ser antissemita. Essa primeira ideia se limita a uma situação, mas o filme vai além dos artigos publicados no The New Yorker. Ali começa a criação da obra prima de Hannah, que vai se finalizar no conceito: Banalidade do Mal. Um dos textos mais polêmicos do séc. XX, que parte de que o militar está cumprindo ordens e está agindo dentro da política do Estado Alemão.

    Mas, o interessante desse filme é que, essas ideias são jogadas de forma explícita como se fizessem parte de uma linha ou de uma corrente, tão pouco a diretora tenta explicar pontualmente essas ideias, deixando para quem assiste a missão de entender e tirar suas conclusões.

    E partindo daí, que a diretora, faz o uso da simplicidade quando retrata a filósofa e sua história. Desde sua preocupação com seus alunos e suas aulas na faculdade, até a forma com que lida com suas próprios pensamentos, a diretora não valoriza suas ideias, nem demonstra se são certas ou erradas, e sim singulares.

    É a simplicidade de Hannah Arendt que chama atenção nesse filme, seja na sua montagem, na sua produção ou no seu produto final. Acredito que é a simplicidade feminina mais pura, pois, foi feito por uma equipe feminina: Margarethe Von Trotta na direção, Pamela Katz como co-roteirista, Caroline Champetier na diereção de fotografia, Bettina Bohler como chefe de montagem e Betinna Brokemper na produção. Palmas para as mulheres.
    Larissa S.
    Larissa S.

    1 crítica Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 1 de setembro de 2013
    Um filme pra quem gosta de assuntos polêmicos, se você tá acostumado a assistir Vingadores, comédias românticas e filmes do Adam Sandler, você vai provavelmente dormir durante o filme. O filme é ótimo, muito interessante porque não é um filme sobre o Holocausto, é sobre a vida da mulher que viu os alemães nazistas da época de outro jeito, não só como assassinos.
    paulo antunes
    paulo antunes

    4 seguidores 17 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 16 de setembro de 2020
    A banalidade do mal, explorada a partir do julgamento de um dos carrascos dos campos de extermínio do sistema nazista, mas que mesmo diante de todas as atrocidades, insiste em sua inocência, afinal, segundo sua visão, ele apenas cumpria ordens e era de sua responsabilidade manter em ordem arquivos e documentos para o fluxo de "passageiros" para os trens da agonia, rumo aos crematórios da morte.
    Clariana D.
    Clariana D.

    19 seguidores 1 crítica Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 23 de novembro de 2013
    Um dos melhores filmes sobre a temática nazista que ja vi. Um olhar extremamente intrigante, desconfortável e necessário sobre a real capacidade dos seres humanos de questionar e refletir sobre sua condição, sobre o que nos cerca, subjuga, envolve e apodera…
    Baseado na história real, o filme de Von Trotta foca a cobertura do julgamento de Adolf Eichmann, membro da temida SS por Arendt, àquela altura, respeitada como pensadora desde a publicação de "As Origens do Totalitarismo", mas que, ao descrever Eichmann como um burocrata que apenas obedecia a ordens superiores, sem consciência da gravidade de seus atos, acaba por torna-la uma pária perante a sociedade.
    Barbara G.
    Barbara G.

    12 seguidores 1 crítica Seguir usuário

    4,0
    Enviada em 5 de maio de 2014
    Reflexivo. Dualista e necessário para "tentar entender e não perdoar " Hanna Arendt.
    Cleite G.
    Cleite G.

    11 seguidores 1 crítica Seguir usuário

    3,5
    Enviada em 9 de junho de 2014
    Sem grandes emoções e nenhuma ação, é um bom filme que conta um trecho da vida de Hanna Arendt. Destaca-se por mostrar uma mulher forte frente as críticas de suas publicações no New Yorker.
    Culturalmente, apresenta Hanna Arendt para quem não a conhecia - incluo-me nesta lista - e excita a curiosidade em querer conhecê-la ainda mais.
    Letícia A.
    Letícia A.

    1 seguidor 3 críticas Seguir usuário

    2,5
    Enviada em 10 de agosto de 2013
    Um filme que tinha tudo para ser brilhante como a protagonista e sua Tese mas que se perde na fumaça da cabeça da diretora.

    Um tema polêmico, um Filósofa brilhante, corajosa mas infelizmente a diretora Von Trotta não conseguiu nos dizer nada, principalmente como Hannah Arendt chegou a tão brilhante tese da "Banalidade do Mal". Ou o filme não era sobre isso? O cartaz dizia "Suas idéiais mudaram o mundo" e eu, pelo menos queria saber como. O que fiquei sabendo é que o filme - que tinha tudo para ser tão brilhante como a personagem principal - foi ruim.

    O tabaco foi a grande estrela do filme. Não precisava deste exagero. Kenneth Branagh, Roman Plansky sabem ser mais sutis. Um cinzeiro tranbordante já bastava. Nada contra que fuma muito como eu. Se pudesse eu mesma acenderia um cigarro ali dentro do cinema só para satisfazer meu desejo que ia aumentando cada vez mais que o filme prosseguia. Teria a indústria de tabaco patrocinado este filme? Porque parecia que Hannah Arendt só conseguia pensar fumando. Não teria a diretora Von Trotta outras formas mais sutis de demonstrar tal compulsão? Filmar como uma pessoa pensa?

    Apelo desesperado, marketeiro e sem sentido: A suástica atrás da personagem no cartaz é tão gritantemente comercial e apelativa que parece que a diretora foi do Nacional Socialismo. Uma bandeira de Israel não seria mais, no mínimo estética e coerente? Ou nada talvez... ou fumaça!

    As legendas não acompanham os poucos bons diálogos do filme A diretora não conhece nem nos deixa conhecer ou ao menos gostar de Hannah. O persomagem melhor retratado é o carrasco Eichmann porque está na melhor parte do filme - no documentário.
    Lilian G.
    Lilian G.

    1 seguidor 3 críticas Seguir usuário

    2,5
    Enviada em 31 de agosto de 2013
    parece bom... quero assistir... vou assistir e vou escrever algo sobre o filme no blog
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