História Real: Críticas

Um filme diferente de David Lynch, mas com sua cara, como a introspecção que é tão marcante em seus filmes como O Homem Elefante, Veludo azul e Cidade dos sonhos, aqui ele mostra ao telespectador a pureza de um sentimento que acaba se tornando, mas nem tão importante. Ultimo filme da carreira de Richard Farnsworth que se suicidou, entristecendo a todos, no elenco ainda temos a esplendorosa Sissy Spacek. História sem fim é agradável e sublime.

Lynch se descontrói, retrata o lado belo do ser humano e captura estonteantes paisagens rurais, fugindo do seu costumeiro apreço pelo bizarro em seus personagens e estilo visual. Mesmo sendo uma obra diferente em sua filmografia, percebe-se a maestria e irreverência do diretor em uma trama simples, porém emocionante e pouco óbvia.

Certo dia, eu, meu pai, minha mãe e meu irmão resolvemos ligar a televisão, isso, num domingo a tarde, mudando de canal nos deparamos com cenas lindas, de plantações, colheitadeiras, dentre outras coisas de interior, imagens que nos chamaram a atenção, sendo assim, permanecemos assistindo algo que 100 minutos depois nós quatro estávamos paralisados e emocionados com uma história cativante e ao mesmo tempo emocionante.
História real é a junção perfeita de uma história de amor, superação e determinação, um filme que fica pra sempre na memória.
Esse filme não comove apenas pela história de um senhor, spoiler: que atravessa 260 milhas de estrada de Iowa para Wisconsin com um aparador de grama, enfrentando todos os perigos pelo caminho movido pelo desejo de rever seu irmão que está enfermo
, e sim pelo fato de que tudo é uma história real, que ocorreu com Alvin Straight em 1994.
Simplesmente uma obra de arte de David Lynch.

...lindo filme, de sensibilidade enorme! Recomendadíssimo, é uma das obras primas de David Lynch.

História Real é um emocionante relato de redenção, vontade de viver intensamente até o último minuto e também de reencontro, principalmente consigo mesmo. Alvin Straight buscava acima de tudo acabar com a ansiedade e o tormento de viver sem realizar aquilo que mais desejava. Ao longo desta jornada e por onde passa, ele adquire experiências das quais jamais viveu até o momento presente. Ao fim de tudo, ninguém melhor que o prório Alvin para entender o que significou para si mesmo, uma vida pacata onde a monotonia é a chama que inflama o combustível da aventura.