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    Anna Karenina
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    4,0
    439 notas
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    35 Críticas do usuário

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    Sidnei C.
    Sidnei C.

    115 seguidores 101 críticas Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 5 de agosto de 2013
    O filme Anna Karenina é , acima de tudo, como se diz atualmente, conceitual. Sua proposta ousada e original de incorporar à direção de arte os elementos teatrais, e, mais precisamente, o próprio teatro como palco do desenrolar da história, é sua marca registrada. A Moscou do século XIX é apresentada como um grande teatro, por onde circulam a aristocracia e a burguesia. Estejam na platéia, no palco principal, nas coxias, nos camarins ou nos camarotes, todos estão apenas interpretando o seu papel. Se a metáfora parece bastante óbvia, ou seja, a elite vive representando, numa vida superficial e fútil de aparências e ostentação material, a proposta funciona muito bem, criando sequencias de grande impacto visual.
    Tudo que o diretor Joe Wright havia feito até hoje não poderia supor esta virada em sua proposta de direção, tão clássico e fiel foi às adaptações de Orgulho e Preconceito e Desejo e Reparação. O romance de Tolstói já teve inúmeras versões para o cinema, sendo a do diretor americano Clarence Brown, estrelando Greta Garbo, a mais famosa de todas. No entanto, acredito que nenhuma adaptação foi tão radicalmente cinematográfica como esta. Este é o grande paradoxo do filme. Ao mergulhar num ambiente totalmente teatral, o filme consegue criar cenas de um encantamento visual puramente cinematográfico. Acho que desde A Mulher do Tenente Francês, um roteirista não arriscava tanto, criando uma verdadeira "adaptação" de um romance literário. É claro que o diretor também mergulhou de cabeça na ideia, e sua paixão, tal qual a Karenina que retrata, transparece em cada sequencia, indo além apenas da proposta visual. Montagem, música, edição de som, direção de atores, tudo é perfeitamente orquestrado.
    Há cenas antológicas, como a da corrida de cavalos, e o "diálogo" usando cubos de letras entre Kitty e Levin. Não há como um cinéfilo não se render ao deleite visual que Anna Karenina proporciona. Parafraseando uma das falas de Anna, que diz ao seu amado se sentir como um mendigo faminto a quem finalmente deram o que comer, sou um cinéfilo que passa meses comendo sanduíche de mortadela servido pela indústria fast-food de Hollywood, que de repente foi convidado pelo maître Joe Wright a um banquete da mais sofisticada comida francesa, regado a vinho do Porto e champagne.
    Anna Karenina é uma heroína trágica, como Madame Bovary. No entanto, ela não conta com a simpatia de Tolstói, que não parece retratá-la como uma autêntica e libertária feminista, lutando pelo seu direito de ser feliz no amor. Para Tolstói, Karenina é fútil e egoísta em sua paixão como qualquer outro burguês, e sofre as consequencias de seus atos de puro individualismo. Em contraponto à sua paixão, Tolstói retrata o amor bucólico, puro e idealista de Levin - um típico proletário rural. Quando a ação deixa Moscou para mostrar Levin, também abandona o universo teatral, com cenas externas realistas e convencionais, numa adaptação visual à mensagem de Tolstói que ali reside a vida real e moralmente correta que o homem deve buscar, ao invés da afetação burguesa e mundana da Moscou cosmopolita.
    Anna Karenina marca a terceira parceria entre a atriz Keira Knightley e o diretor Joe Wright, que já fizeram juntos Orgulho e Preconceito e Desejo e Reparação. Ao que tudo indica, a parceria faz bem aos dois, que parecem render o máximo quando trabalham juntos. Mas o destaque nesse filme fica mesmo por conta dos coadjuvantes, todos excelentes, incluindo os praticamente desconhecidos Donhnall Gleeson (como Konstantin Levin) e Matthew MacFadyen (Stiva Oblosky).
    A sequencia final parece vislumbrar um final feliz para a família que Anna Karenina deixou para trás. No entanto, embora a ação tenha abandonado Moscou para mostrá-los reunidos no campo, o habitat natural de Konstantin Levin, a representação burguesa ainda está presente. Anya escapa dos olhos do pai e do irmão. Parece que ela herdou o anseio de liberdade da mãe. Mesmo retratando tão bem o universo feminino, nem Tolstói poderia prever que as grandes transformações da sociedade ocidental do século XX viriam pela luta por direitos e igualdade capitaneada pelas mulheres, muito mais que as revoluções do proletariado por justiça social.
    Juarez Vilaca
    Juarez Vilaca

    2.739 seguidores 393 críticas Seguir usuário

    4,0
    Enviada em 23 de abril de 2013
    A grande obra de Tolstói, clássico da literatura, já foi adaptada para o teatro, ópera e varias vezes para o cinema. Esse filme tenta ser um pouco diferente e faz uma montagem misturando teatro, musical e cinema. Ficou muito bom. Destaque para o figurino, excelente, trazendo para nós o que poderia ser a boa vida da alta sociedade ruça pré revolução de 17. Keira Knightley, como Anna Karenina está linda e brilhante. Jude Law também se destaca como Karenin. É um filme, romance/drama/trajédia de época, que sempre vale a pena assistir.
    Neto S.
    Neto S.

    27.300 seguidores 773 críticas Seguir usuário

    2,5
    Enviada em 28 de fevereiro de 2014
    Século XIX. Anna Karenina (Keira Knightley) é casada com Alexei Karenin (Jude Law), um rico funcionário do governo. Ao viajar para consolar a cunhada, que vive uma crise no casamento devido à infidelidade do marido, ela conhece o conde Vronsky (Aaron Johnson), que passa a cortejá-la. Apesar da atração que sente, Anna o repele e decide voltar para sua cidade. Entretanto, Vronsky a encontra na estação do trem, onde confessa seu amor. Anna resolve se separar de Karenin, só que o marido se recusa a lhe conceder o divórcio e ainda a impede de ver o filho deles. Esperava mais desse filme , nana karenina tem uma bela fotografia e boas atuações e uma história bem interessante mais o filme e bem chatinho mais dêem uma olhada nota 6.0
    André Luiz V.
    André Luiz V.

    1 crítica Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 9 de dezembro de 2013
    A história é clássica, porém a ambientação é originalíssima e espetacular!
    Thais Fraga Ferreira
    Thais Fraga Ferreira

    2 seguidores 14 críticas Seguir usuário

    3,0
    Enviada em 25 de março de 2013
    Confesso que fiquei um pouco "frustrada"... talvez por esperar muito do filme sabendo que foi dirigido pelo Joe Wright (de "Orgulho e Preconceito" e Desejo e Reparação") e interpretado pela Keira Knightley e Jude Law. Achei um pouco cansativo...
    Miguel Neto
    Miguel Neto

    67 seguidores 98 críticas Seguir usuário

    3,0
    Enviada em 28 de dezembro de 2013
    É uma maneira diferente que o diretor encontrou de fazer o filme, aparentemente ele transforma todos os personagens da época em personagens do teatro, ou sejam todos representam. Além desse entendimento, que não sei se corresponde à intenção do diretor deve ter muitas mensagens subliminares que provavelmente eu também não entendi. Gostei mais da versão anterior onde era um filme de verdade, não sou tão culto assim para traduzir essas mensagens, provavelmente esse filme será um cult para os que curtem mensagens mais profundas. Gostei do filme, entendi porque já conhecia um pouco a história da Russia na época e também já conhecia a estória de Tolstoi, se não fosse isso acho que teria boiado no filme. Gostei do filme mas não assistiria de novo.
    Eduardo P.
    Eduardo P.

    76 seguidores 98 críticas Seguir usuário

    3,0
    Enviada em 4 de março de 2013
    Poderia ser um grande filme, mas não é. Ele é bonito em seus aspectos artístico. Cenários criativos e lindos, figurinos chamativos e muito bonitos, fotografia bem trabalhada, trilha sonora interessante e direção de arte muito digna, o problema que a estética fica em primeiro plano. O romance é frio e automático e as atuações são medianas. Ou seja, ele empolga pela parte artística e direção estilizada, mas a história e os atores poderiam ter rendido mais.
    anônimo
    Um visitante
    1,5
    Enviada em 23 de agosto de 2013
    Um filme chatíssimo. Entediante. Não via a hora de acabar logo! O livro é infinitamente melhor.
    Kamila A.
    Kamila A.

    7.074 seguidores 780 críticas Seguir usuário

    3,0
    Enviada em 1 de abril de 2013
    Baseado numa das obras-primas da literatura estrangeira, bem como em um dos livros mais conhecidos do escritor russo Leo Tolstoy, “Anna Karenina” marca a volta do diretor inglês Joe Wright ao terreno em que ele se sente mais seguro: os dos filmes de época. Aqui, ele tenta reviver um de seus melhores momentos como diretor, no filme “Orgulho e Preconceito”, que, curiosamente, também é uma adaptação de um dos livros mais queridos e conhecidos da literatura estrangeira. Não à toa, algumas cenas de “Anna Karenina”, como as de danças nos bailes, soam muito parecidas com as vistas em “Orgulho e Preconceito”. Além disso, em dois dos papeis mais importantes do filme, temos as presenças de Keira Knightley e de Matthew MacFadyen, que interpretavam as personagens principais de “Orgulho e Preconceito”.

    Como todos sabem, “Anna Karenina” se passa na Rússia Czarista e tem uma trama com toques políticos, assim como sobre a análise cultural e econômica na vida rural naquela época, no país. Entretanto, a trama principal do livro/filme acompanha a relação extra-conjugal que envolve a personagem título (interpretada por Keira Knightley), a qual tem tudo o que uma mulher poderia aspirar ter, e o jovem e imaturo Conde Vronsky (Aaron Taylor-Johnson). Neste sentido, um dos elementos mais importantes na análise de “Anna Karenina” é perceber que a personagem principal segue, em relação à questão da infidelidade no matrimônio, todos os conselhos contrários que dá à sua cunhada Dolly (Kelly Macdonald), que era constantemente traída pelo irmão de Anna, Oblonsky (Matthew MacFadyen), no início do longa.

    Não é que a história idealizada por Leo Tolstoy seja machista ou siga dois pesos e duas medidas (em relação à traição do homem e à traição perpetrada pela mulher). A verdade é que a trama retrata o quanto era difícil para uma mulher, nos séculos XVIII e XIX, tomar as rédeas de sua vida e brigar por aquilo que ela achava ser a sua felicidade. Sem querer entrar no julgamento moral de uma escolha como a feita por Anna Karenina, o que o roteiro escrito por Tom Stoppard nos mostra é que, além do casamento ser um acordo quase político (especialmente quando não envolvia o sentimento do amor, o que era algo comum naquela época), querer seguir um caminho diferente do que é considerado o moralmente correto é encarar uma vida de prisão e de infelicidade, em que a pessoa não pode ser verdadeiramente aquilo que é e, pior ainda, vivenciar de forma aberta aquilo que ela gostaria de escancarar.

    Desta forma, talvez, um dos pontos altos do roteiro de “Anna Karenina” é a forma como destrincha a conduta do marido traído, Karenin (Jude Law). Ele pode parecer cruel, em alguns momentos, principalmente para aqueles que suspirarem com a história de amor vivida pela personagem título e por Vronsky. Porém, as suas decisões nada mais são do que o resultado de seus valores e da cultura na qual ele estava inserido. Da mesma forma que o casal ficou confinado a uma vida de prisão, Karenin também viveu prisioneiro do seu orgulho ferido, da sua decepção, da sua desonra pública – isso, sem em algum momento, denegrir o nome de sua esposa ou negar-lhe apoio. É uma conduta deveras admirável por parte de um homem que tinha todos os motivos para fazer justamente o contrário.

    Um filme indicado a quatro Oscars 2013 (dos quais venceu um), “Anna Karenina” encontra seu ponto alto na sua parte técnica, especialmente no trabalho de direção de arte, de figurinos e de trilha sonora – todos de colaboradores habituais do cinema de Joe Wright -, que nos colocam diretamente na Rússia Czarista. Este é o trabalho mais maduro e competente de Joe Wright como diretor e chama a atenção em “Anna Karenina” a forma quase teatral como Wright vai desvelando as situações e os cenários, como se tudo aquilo fosse uma grande peça encenada, como se todos aqueles personagens estivessem atuando em suas próprias vidas. Estes são os elementos mais inspirados de um filme que carece de um roteiro mais consistente e, mais ainda, de atuações que deem ênfase aos conflitos morais que esses personagens passam.
    Jaque R.
    Jaque R.

    19 seguidores 8 críticas Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 25 de junho de 2014
    Filme esplêndido! História, cenário e atores, tudo muito bem alinhados, e uma ficção prazerosa de assistir.
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