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    Augustine
    Média
    3,4
    19 notas
    Você assistiu Augustine ?

    4 Críticas do usuário

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    ymara R.
    ymara R.

    768 seguidores 262 críticas Seguir usuário

    2,0
    Enviada em 24 de dezembro de 2013
    So confirma o que sempre achei mesmo.. Franceses deveriam fazer vinho apenas.. cinema devem deixar pra quem faz bem.. e se preocupa em divertir. Informar sempre.. mas entretenimento é o foco principal.. e comparar com Dr House e Grey´s Anatomy foi no minimo hilário!!!
    Marcio A.
    Marcio A.

    149 seguidores 134 críticas Seguir usuário

    3,5
    Enviada em 1 de maio de 2014
    Interessante filme que deverá agradar e muito aos fãs da Psicologia e dos dramas psicológicos que só vão crescendo com o tempo. Como sempre o ator Vincent Lindon corresponde magistralmente sua personificação de Charcot; afinal toda a seriedade e sisudez do personagem é caracterizado pela brilhante participação deste grande ator, que parece ter inspirado sua parceira de Setting no filme: Stéphani Sokolinski, que personifica com bastante despudor e naturalidade a sua perfomance. A direção de Alice Winocour é bastante competente e insere de forma proposital tons meio que desfocados em alguns momentos. Todo o formalismo e repressão da época é muito bem caracterizado no epicentro da trama, e nos momentos mais tórridos é possível captar a busca incessante por tudo aquilo que é reprimido durante toda a travessia da relação dos dois. Talvez seja um dos melhores exemplares sobre a histeria relatados numa película. Muito interessante!
    Nelson J
    Nelson J

    44.865 seguidores 1.586 críticas Seguir usuário

    3,5
    Enviada em 6 de março de 2016
    Filme retrata a dificuldade de estudar cientificamente a histeria que era atribuída a mulher e que na origem da palavra, tem o sentido do útero se movimentar pelo corpo. Acreditava-se na idade média que seria possessão demoníaca. Charcot encontra em Augustine uma paciente ideal para estudo e busca de orçamento para seu projeto no Hospital Salpetriere. A atração médico e paciente acaba se sobrepondo as descobertas científicas, o que humaniza o filme, mas tira o foco objetivo.
    Fabio G.
    Fabio G.

    22 seguidores 11 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 24 de julho de 2013
    TÍTULO: A Paixão no Lado Sombrio da Mente

    Há uma cultura permanente no Brasil, de maneira popular e populista, que o cinema europeu estagnou-se, parou nos primórdios, é lento, pueril, chato. Talvez, seja interessante nos desdobrarmos para que assistamos as mais recentes produções em nomes de intensa novidade no cinema, não só europeu, mas mundial. Centraliza-se então, nessas características, o primeiro filme da diretora Alice Winocour cujo talento como roteirista já se fazia claro no filme Home, de Ursula Meier, intitulado Augustine, nome da protagonista. Diversos são os motivos para aplaudir o filme: a sólida direção, atuações impecáveis, uma fotografia essencial à tônica do filme, entre outros. Um desses elementos que mais se faz vivo pertinente à qualidade é o processo fílmico, em que todos os elementos juntos incitaram tal precisão.
    Em uma linha trajetória, o roteiro caminha de forma profunda em passos lentos, mas ágeis em direção a mente das personagens. A história da jovem que sofre com o mal conhecido, na época, como histeria, sua “possessão” doentia, a internação no sinistro hospital Pitié-Salpêtriere e a observação fria de seu pesquisador, o professor Jean-Martin Charcot, mistura-se caoticamente, com os conceitos da doença, que são altamente sexuais e provocam paralisias diversas no corpo de suas vítimas. A paralisia, na verdade, torna-se psicológica a Charcot, que, cada vez mais, vê-se envolvido em um jogo de seduções com a personagem-título. Assim, como tal comparação, o jogo nos diálogos do professor com a paciente torna-se excitante e sombrio.
    Toda essa atmosfera mentalmente dark a arrebatar a história é manifestada em uma direção de arte, do já experiente Arnaud de Moleron, impactante do hospital, que apresenta leves toques, positivos e negativos, dependendo do humor da personagem principal, mas tudo feito com grande maestria. Assim como a fotografia de Georges Lechaptois, que experimenta os ápices do cinzento para nos encaminhar nessa trajetória tortuosa pelas vontades mais intrigantes. Claro que, em conjunto a uma direção com uma decupagem firme e criativamente tradicional da jovem diretora, explorando os espaços de forma rígida e competente.
    Toda essa singularidade une-se ao viés muito interessante do filme. A história desses casos histéricos, considerados como possessões demoníacas na Idade Média, que até o meio do filme, é apresentado de forma muito explicativa, científica e racional, sem, entretanto, torná-la cansativa. Vale de grande objeto de estudo para os amantes das ciências biológicas e da sétima arte ao mesmo tempo.
    Como se trata de uma produção fílmica, a visão artística acaba se tornando mais forte com a crescente elevação das características de Augustine, que passa pela transformação de menina para mulher. Até mesmo biologicamente, apaixonando-se, perdidamente pelo homem que lhe trata de forma ríspida e a apresenta como experimento a diversas universidades, só que, ao mesmo tempo, com amor incondicional de salva-la. A visão inocente da moça transforma-se em paixão, desejo, culminando com uma prova de amor ao cientista, na cena clímax, que reflete no momento mais delicado de sua vida profissional.
    Charcot evita entregar-se pelo bom relacionamento, para a época, com sua esposa, Constance, vivida pela ótima Chiara Mastrioanni, que, por sinal, desde o início sabia qual seria o mais provável resultado da aproximação de seu marido e a paciente em questão. Entretanto, a atração movida pelo inconsciente de Augustine, desejando o tempo todo o cientista foi-se tornando, para ele, em nuvens carregadas em meio a uma tempestade inevitável.
    Tudo incitado com grande beleza e suavidade. Até a constante nudez não interfere, mas gradativamente contribui para o clima de excitação entre o casal. A belíssima metáfora sexual na cena da brincadeira entre Charcot, Augustine e a macaca do professor são transpassados também levemente. Os momentos agressivos ficam por conta das visitações ao super-ego da protagonista misturando sexo provocador, sangue, e desejo de morte. Faz-nos até questionar, sombriamente, no que poderá se tornar, em um futuro diegético, a jovem, e, em cenas, de mulheres, vítimas da mesma patologia, relatando, grotescamente, seus casos. Mesmo assim, nada é inverossímil.
    Não existem dúvidas nos elogios ao maravilhoso Vincent Lindon, e a extremamente talentosa Stéphanie Sokolinski, conhecida e creditada no filme apenas como Soko, que é grande responsável pela tensão provocada na produção. Não tome por rejeição achar que se trata de mais um filme parado do não atraente ao público brasileiro, do cinema francês. Augustine é ágil, sombrio, forte, delicado e bonito. Mesmo com um final talvez não tão desejado pelos simples espectadores, esse completa a rispidez e a claustrofobia temática. Chega até a provocar-nos certo sorriso por afastar-nos, quem sabe, de nossa própria obscuridade.
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