Lamarca: Críticas

Filme baseado na vida do famoso guerrilheiro Carlos Lamarca (Paulo Betti). Capitão do Exército Brasileiro, em 1969 deserta e entra na luta armada contra o regime militar ditatorial. Envia sua família para Cuba, cai na clandestinidade, comanda assaltos e o sequestro do embaixador suíço. Apaixona-se por “Clara” (Carla Camurati), uma militante política, e vive uma turbulenta história de amor. Em 1971, embrenha-se no sertão baiano com o projeto de implantar no país a guerrilha rural. O filme recebeu diversos prêmios em festivais nacionais e internacionais (não merecia tanto). Dirigido por Sérgio Resende e baseado no livro “Lamarca, o capitão da guerrilha”, de Emiliano José e Miranda Oldack. Um elenco carismático e reconhecido: Roberto Bomtempo, José de Abréu, Nelson Dantas, Debora Evelyn, Carlos Zara, Selton Mello, Nelson Xavier. O filme poderia ser mais realista, menos empostado. Os jargões e frases prontas vindas do roteiro e principalmente de Lamarca, são rebuscadas, fora da realidade, tirando a originalidade de uma cinebiografia.

Não sou nenhum estudioso de cinema, mas justamente por isso, achei grotesco como utilizaram sertanejos para determinadas falas onde notadamente o telespectador percebe que não são atores, soava falso, quase mambembe! O mesmo não se pode dizer de atores reais como Paulo Betti. A narrativa por longos minutos arrastada de fato mostra a perseguição do regime ditatorial da época. Não acho que deveria ter recebido tantas indicações a prêmios como na época em que foi lançado.