Críticas mais úteisCríticas mais recentesPor usuários que mais publicaram críticasPor usuários com mais seguidores
Filtrar por:
Tudo
Neco.DP
1 crítica
Seguir usuário
0,5
Enviada em 3 de fevereiro de 2024
Achei péssimo, elenco com ótimos atores mas com interpretações exageradas, diálogos sem sentido, repetições de falas de alguns personagens que irritam.
Cai nesse filme por acaso. Aquela coisa do YouTube onde você põe um filme, cochila e acorda em outro. Estava eu vendo o Sonhos do Kurosawa, fechei os olhos em meio a um desfile de figuras mágicas e típicas do Japão , e acordei com um tom épico, orgiastico é uma trilha meio free jazz tosqueira. Pensei , que choque! Sim eu havia caído no imaginário do Brasil, com suas figuras toscas, um cara berrando no fundo o que pareciam ser umas instruções, os atores cômicos e cinicos fazendo seus papos com copos de uísque na mão. A casa parecia aquelas casas de coronel dos anos 70. Enfim, a princípio eu pensei, cai num filme experimental de algum canal de estudante de cinema. Mas olhei melhor e vi o Antonio Pitanga e o Jeveaux Valadão. Aí atinei, isso é Glauber! Sim, ele agora quarenta anos depois pode parecer até um filme de estudante pela precariedade da técnica. Mas por trás disso está uma grande verdade. É ali que se encontra o básico entrelaçado ao eu profundo é complexo do Brasil. E no meio de um evangelho apócrifo onde mais uma vez Deus e o diabo se confundem, está exposto ali, de uma forma que você não gostaria de ver. Você não queria que fosse assim, mas é... o nosso Brasil em roda a sua idiossincrasia. Tudo aquilo está em nós. Tudo aquilo somos nós. Magistral...duro dever, e por isso mesmo brilhante.
Fora do período do Cinema novo ainda sim o filme traz alguns elementos do movimento, mas o que não torna um problema ao filme essas características tornam o filme mais complexo. Sua forma psicodélica enche os olhos e causa uma estranheza, mas o que se deixa passar após ser inserido no filme. O modernismo que está no longa é exuberante e com um discurso que pode ser colocado nós dias atuais é um filme que atravessa seu tempo. Acessibilidade que um filme a cores traz torna esse filme mais especial, mas que em contra ponto não é revolucionário como foram "Terra em Transe" e "Deus e o "Diabo na terra do sol", esses os quais não tem uso do cinema a cores. Ainda que isso não seja um fator que diminua o filme, a fotografia dos filmes citados são mais elegantes, claro que Gláuber tinha como objetivo trazer loucura a sua estrutura de filmar.
ópera prima glauberiana, lançado em janeiro de 1980 , em São Paulo, no Belas Artes, na sua menor sala da época, por ser um filme rodado originalmente em 70mm., muito da imagens saiam da tela em direção do teto e paredes vizinhas a desrespeito. Durante perto de 3 hs. de filme, fiquei estonteado ,hipnotizado, do início( com seus dez minutos de escuridão e sons estonteantes) ate o fim. Filme pra ser visto daqui 30 anos, pensei.
Caso você continue navegando no AdoroCinema, você aceita o uso de cookies. Este site usa cookies para assegurar a performance de nossos serviços.
Leia nossa política de privacidade