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    Skyline - A Invasão
    Críticas AdoroCinema
    1,5
    Ruim
    Skyline - A Invasão

    Efeitos especiais, defeitos comuns

    por Roberto Cunha

    O pessoal que se amarra num filme de ficção cientifica e, ainda por cima, daqueles que tratam de invasão do planeta Terra, pode gostar deste longa dos irmãos Strause (Alien vs. Predador 2). Com efeitos especiais de qualidade, tocados pela dupla que mandou ver nos recentes sucessos Avatar e Homem de Ferro 2, entre outros títulos, Skyline – A Invasão tem bom impacto visual, mas quando o assunto é roteiro, a solução não veio do céu.

    Embora tenha boas sequências de ação, o ruim é que elas são um tanto quanto previsíveis. Mas o pior mesmo são os diálogos, que de tão frágeis poderiam ter sido falados em língua extraterrestre porque não fariam a menor diferença para o resultado final que, apesar disso, não é ruim. De verdade. O que faltou mesmo foi mais harmonia e conflitos não clichês para dar aquele climão de suspense dos filmes do gênero. Por outro lado, as referências são até boas, mas por incrível que pareça acabaram enfraquecendo o contato do espectador com os alienígenas. E a razão é simples: ao ouvir sons e observar algumas partes dos corpos deles, será quase impossível para os iniciados não lembrarem de Predador.

    Enquanto de um lado sobraram recursos técnicos, infelizmente, do outro, faltou mais criatividade para dar vida a uma nova e singular criatura. E olha que são vários seres diferentes, mas o "diferente" fica por conta de um repetitivo facho de luz azul e o apetite por cérebros humanos. Pensou em zumbis? Pois é, parece que beberam na fonte eternizada por George Romero (A Noite dos Mortos-Vivos), mas não foram muito além. No elenco de rostos desconhecidos do grande público, a turma mais ligada em seriados de tv vai reconhecer, por exemplo, Eric Balfour (24 Horas), Scottie Thompson (Trauma) e Donald Faisson (Scrubs). Entre as curiosidades, a ausência de sangue jorrando em profusão, tão comum nos dias de hoje, pode ser até interessante. O provável motivo para isso é que o precioso líquido vermelho foi devidamente substituído por outro, só que preto, parecendo óleo de motor. Estranhão.

    O rock moderninho do 30 Seconds To Mars, do ator Jared Leto (O Senhor das Armas), faz parte da boa trilha sonora. Se bem que os mais exigentes vão notar um deslize musical no momento mais "solene" quando rola uma batalha entre naves espaciais e aeronaves terrestres, mas não compromete. Assim, realizado com orçamento baixo para os padrões hollywoodianos (US$ 10 milhões), a trama conta sobre um grupo de amigos que é acordado por barulhos e luzes que descem do céu, sugando as pessoas. Daí em diante, caro leitor, é aquela fórmula padrão: "X vão lutar pela vida e somente Y sobreviverão". Agora, cabe a você "invadir" o cinema mais perto e descobrir o resultado da conta. Aos desavisados, uma dica: já tem sequência prevista para 2012. Vai encarar?

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    Comentários

    • Santastico
      Filme muito bom eu recomendo
    • OshinoMEME
      Filme horrível mesmo, não recomendo.
    • Rom Ritz
      Olha... Assisti a esse filme porque descobri a continuação dele, Beyond Skyline, e soube que era continuação deste, e queria ver o primeiro antes, seguir a ordem... Bem, os dois são gloriosas porcarias. Mas fiquemos neste primeiro filme de 2010.Como quase todo filme de guerra humanos contra aliens, uma porcaria. Este, então, é porcaria trash, não espere nada, filme para matar tempo talvez. Insone, sem vontade de ler e sem nada a fazer? Assista isso - Ah! garanto que o sono chega! Parece sobra de superprodução (sobra de ceia de natal que vira sopão no dia seguinte) ou sobra que cai nas mãos de estudantes de cinema de primeiro ano que saltitantes gritam: vamos fazer um filme? (Foram aquelas crianças chatas cineastas mirins de Super 8 de 2011 que fizeram este filme?) Efeitos especiais medíocres para os dias de hoje, mas também para 2010. Talvez impressionasse nos anos 90 e olhe lá.Roteiro nas coxas, se é que se pode dizer que o filme tem história. A velha fuga onde um monte de gente morre e (de forma quase mágica) os protagonistas escapam de todas as frias. Ao menos não temos a patética vitória patriótica de forças armadas americanas, absurdo comum em filmes do tipo - como alienígenas capazes de atravessarem galáxias podem perder? Disso somos poupados. Todos os personagens são fracos, rasos, construídos com impaciência, para não perder tempo na criação das cenas de ação - igualmente fracas.Os ET's parecem monstros saídos de pântanos, cheios de lama, sujos - o designer deve ter sido um nerd fã de game de zumbis maltrapilhos ao estilo do desenho Scooby-Do nos anos 80. Difícil associar aqueles monstrengos toscos e selvagens com vida inteligente que atravessa galáxias: parecem animais selvagens, destroem por destruir, sem noção, pitbuls largados na Terra, coisa ridícula justificável em seriados infantis japoneses tipo Changeman ou Jaspion. Por que matam pessoas se querem os seus cérebros? Seres talvez adestrados pelos seres inteligentes que os controlam - que não aparecem e deixa tudo sem sentido. (Escrevo já tendo visto a continuação (igualmente ruim) onde tentam esclarecer algumas coisas, mas nesse primeiro filme nada fica claro, nem mesmo o porquê do cérebro do protagonista ser diferenciado dentro do alien, ou melhor: máquina dos aliens.)Por que os ETs-mutantes-de-gibis-zumbis coordenados por cérebros roubados (que viagem!) se valem de cérebros humanos atrasados? Tomaram pau de outros alienígenas e tiveram de se contentar em caçar cérebros humanos? Tentam explicar no segundo filme, neste ficou em aberto, e ficou patética essa coisa. E, afinal de contas, para quê precisam daquelas máquinas (que de início se pensa ser os próprios aliens) para as quais roubam cérebros? Elas tem utilidade como escravas no seu planeta? Aparentemente eles não tem interesse em roubar recursos naturais terrestres, a tara deles é por cérebros.Mas para que fazer sentido, não? Filme de terror B daqueles bem toscos para a madrugada na TV aberta, que deveria ter um nome tipo Os monstros comedores de cérebros, algo assim. Palhaçada com um agravante: não tem graça nenhuma.
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