Minha conta
    Deus da Carnificina
    Média
    3,8
    307 notas
    Você assistiu Deus da Carnificina ?

    22 Críticas do usuário

    5
    2 críticas
    4
    9 críticas
    3
    6 críticas
    2
    2 críticas
    1
    2 críticas
    0
    1 crítica
    Organizar por
    Críticas mais úteis Críticas mais recentes Por usuários que mais publicaram críticas Por usuários com mais seguidores
    Sílvia Cristina A.
    Sílvia Cristina A.

    103 seguidores 45 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 20 de fevereiro de 2013
    Polanski tem um senso de crueldade raro, encontrado em um grupo seleto de cineastas. Ele sabe colocar o dedo bem fundo nas mazelas humanas , fazendo jorrar o pus de nossas hipocrisias , perversões , loucuras e dicotomias de todas as naturezas. "Deus da carnificina" como qualquer comédia inteligente tem um subtexto muito triste e cáustico: faz parte do DNA humano massacrar uns aos outros . Somos maus e por isso precisamos de tantas regras de boa convivência ; para não pularmos na jugular de ninguém em nome das nossas ideias de paz. Sobre o estilo do filme , Polanski já provou em outras obras que domina muito bem a linguagem cinematográfica e se em "Deus da carnificina" optou por um estilo teatral é porque talvez este fosse o único jeito ou o mais eficiente para contar a história que ele se propôs a contar. Os personagens encerrados no apartamento proporcionam o clima claustrofóbico necessário ao desenrolar da discussão infrutífera , regada a insultos tão ácidos quanto o vômito da personagem de Kate Winslet. E por falar em teatro, o filme conta com quatro atores no mínimo excelentes que fazem o texto fluir em um crescente delicioso, entre a ironia sutil até a histeria patética. O filme começa intencionalmente e tensamente tranquilo ( me parece a parte mais angustiante de todo o filme) ; com uma raiva contida que nos remete a Buñuel e ao "Anjo exterminador". Os personagens não conseguem se retirar do apartamento nem se livrar das máscaras sociais. A mãe do agressor finge se importar com a atitude do filho e o pai nem finge pois ser cínico já é o seu papel social. O casal do agredido também se contém, mas desde a primeira cena é possível perceber a tensão que domina a personagem de Jodie Foster. A casa é cheia de detalhes que nos remetem ao mundo encantado da classe média. Os livros de arte de Penelope e o celular de Alan fazem uma espécie de contraponto icônico de duas realidades que convivem diariamente: de um lado , o apreço por uma cultura formalista e bem superficial. Do outro, o gosto descarado pelo ganhar dinheiro a qualquer custo. A primeira tem um véu de dignidade. A segunda é niilista mesmo. Porém, no final das contas , tudo se mostra sem saída , pelo menos num plano humano. O hamster abandonado pelo personagem de John C Reilly também me remeteu a Buñuel e às agressões que o ser humano inflige aos animais e a todos que são mais frágeis. Merece destaque as tulipas amarelas que a personagem de Jodie Foster compra para receber as "visitas"; um belo índice da artificialização das relações sociais e humanas que tenta nos redimir e nos definir por meio de pequenos rituais e ostentações. Os diálogos são um show à parte; ao lado dos atores são o ponto alto do filme, que nos surra com um jogo de palavras igualmente divertido e irritante. O que mais nos irrita no filme e na vida real é o mais divertido, como por exemplo, o celular de Alan que não para de tocar ; a conversa que vai de ponto algum a nenhum lugar ; a raiva contida de Penelope; o cinismo de Alan; a falsa delicadeza de Nancy e a falta de fibra de Michael que só consegue agredir à sua esposa. Ninguém é santo; ninguém merece aplausos. Até mesmo a culpabilidade integral do menino agressor é questionável. Embora nada justifique um ato de brutalidade , não se sabe ao certo o que gerou o seu gesto. É realmente uma barbárie em que ninguém está totalmente inocente , nem mesmo Penelope , que acredita sinceramente estar bem intencionada; outro elemento que merece destaque. Penelope se deixa levar por valores superficiais , mas acredita neles , não os simula, e está aí, talvez , o grande drama do filme: como podemos enganar a nós mesmos. Realista , cruel e extremamente inteligente!
    Tom B.
    Tom B.

    11 seguidores 23 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 13 de maio de 2013
    O filme é nitidamente barato. Não precisou usar nenhum artifício de superprodução para prender sua atenção o tempo inteiro. A impressão é de que você está num teatro assistindo a uma peça. O cenário é praticamente o mesmo do começo ao fim, a casa de um dos casais. Poucos atores, muito diálogo e nada de efeitos especiais. Um filme riquíssimo em conteúdo. A vontade era de que não terminasse nunca.
    Adriano C.
    Adriano C.

    14 seguidores 31 críticas Seguir usuário

    4,0
    Enviada em 27 de dezembro de 2014
    Sensacional...
    Pra quem não conhece o enredo da peça...(na qual o filme foi baseado) trata-se do seguinte: Dois garotos, colegas de escola, brigam e um agride o outro. Os pais de ambos...na tentativa de uma conciliação para resolver o problema se reúnem para discutir o assunto. É claro que a situação sai totalmente do controle. É interessante ver a forma como os personagens são desconstruídos. A educação e a pose de "conciliadores", gradativamente vai dando lugar à impaciência e à grossa sinceridade.
    Um duelo de interpretações magnífico e hilário, onde o talento de Kate Winslet, John C. Reilly, Jodie Foster e Christopher Waltz se sobressai.
    Kate Winslet...bêbada...está muito engraçada.
    Ótimo...
    Estevan Magno
    Estevan Magno

    4.948 seguidores 490 críticas Seguir usuário

    2,0
    Enviada em 27 de dezembro de 2013
    Uma peça de teatro adaptada ao cinema, obviamente o texto é excelente e o roteiro também, isso tudo sem falar do elenco de primeira escalado. A adaptação é boa, mas não temos o mesmo olhar que temos ao assistir a peça. Como cinema o filme é chato e muito cansativo, o filme se baseia em discussões entre dois casais que estão preocupados com as atitudes de seus filhos na escola. A discussão leva o filme inteiro e não tem fim; muitas ideias foram trabalhadas nas entrelinhas, como por exemplo: a tecnologia em nossas vidas, a edução vem de berço, entre outras. Ficou muito cansativo pois no teatro a atmosfera é outra, até mesmo para Drama este filme perde e muito. Muito fala e pouca "ação", não é preciso efeitos especiais para um bom filme, mas é preciso um bom começo e um bom clímax, pois se não, vai acabar como "O Deus da Carnificina".
    Fabio P.
    Fabio P.

    13 seguidores 8 críticas Seguir usuário

    3,5
    Enviada em 17 de julho de 2013
    Alguns dos meus amigos vem me perguntando o que estou assistindo nas Férias, bem, deixei um pouco as séries e me entreguei aos filmes. Um no qual gastei bons momentos, de riso e de reflexão foi O Deus
    da Carnificina. Não que o Roteiro seja surpreendente, ou que tenha uma originalidade genial, pelo contrario, no decorrer dos diálogos, já consegue prever as reações das personagens. Mas o que compensação então? Ótimas interpretações, diálogos engraçados e inteligentes, bons enquadramentos da cena e a reflexão das convenções que estabelecemos a NÓS mesmos. Compensa para aqueles que curtem cinema e teatro, já que neste filme estão bem unidos.
    Ricardo L.
    Ricardo L.

    55.696 seguidores 2.672 críticas Seguir usuário

    4,0
    Enviada em 29 de março de 2023
    Roman Polanski com um elenco que dispensa comentários entrega uma comédia deliciosa de vê com uma trilha muito boa e um roteiro redondo. Valeu a pena revisita-lo.
    Crismika
    Crismika

    985 seguidores 510 críticas Seguir usuário

    3,0
    Enviada em 18 de novembro de 2020
    Por se tratar do grande diretor Roman Polanski, que faz a adaptação de uma peça teatral para telona com grandes atores em cena, diálogos longos e cansativos aguardava mais do filme. Em alguns momentos o filme agrada como comédia, nada mais. Cansativo.
    danilo s
    danilo s

    998 seguidores 292 críticas Seguir usuário

    3,5
    Enviada em 16 de julho de 2015
    Um filme construído diferentemente de muitos que eu vi e a chance de ver o Waltz e a Foster em papeis nunca visto antes.
    Guilherme M.
    Guilherme M.

    86 seguidores 154 críticas Seguir usuário

    1,5
    Enviada em 6 de fevereiro de 2020
    O filme não se sustenta apenas nos diálogos, que de fato é a única coisa que acontece em todos os 80 min de filme, enfim um filme completamente descartável. Nota:3/10
    Marcelo Lopez
    Marcelo Lopez

    51 seguidores 56 críticas Seguir usuário

    4,0
    Enviada em 8 de julho de 2015
    Deus da Carnificina originariamente é uma peça de teatro escrita pela dramaturga francesa Yasmina Reza. Foi brilhantemente adaptada para os cinemas através da direção precisa de Roman Polanski. Sim, o mesmo diretor do clássico de terror "O Bebe de Rosemary". E podemos dizer que, assim como fez em O Bebe de Rosemary, novamente Polanski nos privilegiou em O Deus da Carnificina com uma obra densa, com nuances de terror psicológico onde a todo tempo ficamos a espera de uma tragédia. Um terror refinado, sem artifícios explícitos, que se vale de ocultismos acerca de questões sociológicas, mas que faz uso, muito bem, de momentos cômicos. A grandeza do filme pode passar desapercebida a quem assisti-lo sem prestar atenção em seus detalhes. Em uma hora e vinte minutos de filme temos uma objetividade rica, todos os diálogos, gestos, emoçoes estão no lugar certo. Os atores: Jodie Foster, Kate Winslet, Christoph Waltz, John C. Reilly, demonstram entrosamento fantástico. E após os créditos finais do filme ficamos com a lição de casa: Como saber qual o ponto exato que delimita nossa ira entre todas as regras pré estabelicidas de convivência em sociedade?
    Quer ver mais críticas?
    • As últimas críticas do AdoroCinema
    • Melhores filmes
    • Melhores filmes de acordo a imprensa
    Back to Top