Sem Direito a Resgate: Crítica AdoroCinema

Uma mulher casada com um milionário é sequestrada por um grupo de criminosos pouco profissionais. Eles pedem um resgate, mas descobrem que o marido já estava se separando dela e que agora estava ao lado da amante. O marido, por sinal, se recusa a pagar o resgate, deixando os bandidos numa situação inesperada. Ao mesmo tempo, um dos criminosos começa a se dar bem com a sequestrada, que também não demonstra muita animação em voltar para os braços do parceiro. A trama, por si só, é bem interessante e repleta de possibilidades. Infelizmente, o longa não atinge todo o potencial da história.

Dirigido por Daniel Schechter, em seu primeiro grande trabalho, o filme demonstra uma dificuldade enorme em definir seu tema. Ele não sabe se é comédia ou drama, mas também não consegue se assumir como comédia dramática. A narrativa vai andando e o espectador vai o tempo todo tentando entender o tom da produção. Temos cenas divertidinhas e outras bem mais sérias, que parecem fazer parte de um outro filme.

Jennifer Aniston interpreta Mickey Dawson, uma espécie de esposa-troféu que é sequestrada. A atriz que esteve cotada para o Oscar pelo trabalho em Cake - Uma Razão Para Viver tem uma atuação pouco especial, lembrando mais aquela Jennifer de filmes como Quero Ficar com Polly e Caçador de Recompensas. A atriz, inclusive, é muito prejudicada pelo péssimo trabalho de maquiagem e figurino. A exceção com relação ao figurino é a personagem de Isla Fisher, que passa bem o espírito do papel.

John Hawkes, Yasiin Bey (ou Mos Def) e Mark Boone Junior interpretam os sequestradores. Os três cumprem seus papéis, mas o terceiro se vê diante de um personagem com o qual o filme parece não saber o que fazer. Tim Robbins vive o marido de Aniston, enquanto que o comediante Will Forte (Ator,Roteirista) surge totalmente desperdiçado na pele de um amigo da família que é apaixonado por Mickey.

Sem Direito a Resgate é um filme sem muita personalidade. Consegue divertir em alguns momentos, mas não fica muito tempo na cabeça do espectador.