A filosofia sobre a alma, informação, conhecimento e cultura, um filme simples, curto, volátil que traz consigo um conceito que hoje é extremamente abordado e discutido, é que talvez daqui a 20, 30 anos, "Ghost In The Shell" possa ser visto como um retrato do prelúdio do pensamento entre a correlação de alma e máquina. Um roteiro extremamente complexo e de difícil compreensão, ao menos no começo, é preciso sentar frente a TV e não piscar um segundo, mesmo curto, temos um desenvolvimento razoável dos personagens, e desfechos que causam pura paixão ao telespectador e uma sensação de admiração a história e o clima do filme. Clima esse que é de pura responsabilidade da fotografia do longa, com uma paleta de cores extremamente escura , chuvosa, que cria um clima no melhor estilo "Blade Runner", é um futuro que embora seja Cyber Punk, ele ainda não está perdido ou depressivo, ele está ainda nesse processo de de desconstrução e perda de valores, não podemos deixar de citar o gore e a violência que é usada apenas quando necessária, e nisso talvez o filme deixe pra lá a chance de aliar o choque do enrredo com um choque no gráfismo, mas por outro lado, o conceito de aliar a nudez a invisibilidade é novo e muito interessante, e fica extremamente bonito em tela, o filme tem uma animação apenas "Ok", resistindo hoje em dia é impossível não perceber como o mesmo é Datado, ao menos em termos de animação. A busca por humanizar a máquina não é algo novo, mas é sempre interessante, e "Gosth In The Shell" não é diferente, um dos ícones da cultura pop oriental, ainda é um ótimo filme que traz reflexões Extremante pontuais de maneira pouco clichê, e com muito charme e elegância.