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    Amor à Distância
    Críticas AdoroCinema
    3,0
    Legal
    Amor à Distância

    DIVERSÃO SEM COMPROMISSO

    por Roberto Cunha

    De uns tempos para cá têm pintado uns filmes simpáticos espremidos entre grandes lançamentos e que acabam, muitas vezes, passando despercebidos. Foi assim, por exemplo, com a grata surpresa Ele Não Está Tão a Fim de Você, de 2009. Agora, Amor à Distância pega carona no estilo e pode provocar algum efeito nas pessoas por vários motivos.

    A história conta sobre duas pessoas (Drew Barrymore e Justin Long) que vivem uma crise profissional, moram em estados diferentes e curtiram - juntos - um romance de seis semanas com a premissa de “envolvimento zero”, mas acabaram apaixonadas e longe um do outro. Dispostos a manter o relacionamento, independente da distância que os separa e das opiniões dos outros, os dois fazem de tudo para se manterem conectados através de inúmeras ligações, mensagens de texto, conversas via webcams e até uma frustrada masturbação telefônica.

    Christina Applegate brilha como irmã protetora e paranóica por limpeza, o humorista Jason Sudeikis (do programa "Saturday Night Live") ainda não decolou no cinema e o desconhecido Charlie Day faz um papel muito parecido (tem até barba) com o de Zach Galifianakis no sucesso Se Beber, Não Case!, porém sem o mesmo desempenho. Com uma levada mais amorzinho do que propriamente engraçada, Amor à Distância se aproxima do espectador com uma trilha sonora pra lá de descolada e você vai ouvir The Cure, The Pretenders e também a oscarizada "Take My Breaht Away" (Top Gun) cantada pelo Berlin e ainda "The Time of My Life", aquela de Dirty Dancing, eternizada nas vozes de Bill Medley & Jennifer Warnes. 

    Recheado de referências para quem viveu os anos 80 e 90, elas vão desde um clássico jogo do Atari (Centopéia) até o rock alternativo do Jesus Jones, o farofa do Nelson e o bem comportado do Journey. De Hollywood, o texto cita Um Sonho de Liberdade, Tom Cruise, rouba uma ideia do seriado "Friends" (bronzeamento artificial) e ainda tira sarro do cineasta Michael Bay e sua cria Transformers. Entre as curiosidades, a participação da banda alternativa The Boxer Rebellion como trilha sonora e parte integrante da história. Das cenas de humor moderado, o destaque vai para o flagrante cômico de "furor sexual" na mesa de jantar. Assim, o filme sobre o romance do casal, que na vida real já experimentou várias idas e vindas do amor, diverte sem compromisso e deve conquistar o público.

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