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    Almas à Venda
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    3,2
    18 notas
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    Tiago Luiz Bubniak
    Tiago Luiz Bubniak

    14 seguidores 16 críticas Seguir usuário

    3,5
    Enviada em 31 de julho de 2012
    Simples assim... Será?

    Paul Giamatti interpreta ele mesmo em Almas à Venda, um passeio esquisito com altas doses de ironia e reflexão

    Se, por acaso, sua alma anda muito pesada a ponto de dificultar o transcorrer natural dos dias é só desfazer-se dela. Tão simples quanto prometer isso é o procedimento para tal: basta ingressar em uma máquina e providenciar o processo de extração. Ficam apenas as memórias, excluem-se as angústias. A ideia é apresentada logo no início de Almas à Venda, da diretora francesa radicada em Nova York Sophie Barthes.
    Paul Giamatti interpreta Paul Giamatti (a excentricidade do mundo nos apresentado por Sophie começa por aí, um mundo que remete àquele já mostrado em obras como Adaptação e Quero Ser John Malkovich, ambas dirigidas por Spike Jonze e roteirizadas por Charlie Kaufman). Paul ensaia Tio Vanya, do clássico homônimo de Anton Tchecov (1860-1904). A peça teatral está prestes a estrear e o artista encontra empecilhos para trabalhar todo o seu potencial. Interessante a sobreposição de camadas estruturada pelo filme: há o ator interpretando o próprio ator que, por sua vez, dá alma e corpo a outro personagem.
    Convém frisar: não é apenas a atuação artística do protagonista que está em jogo, mas a própria vida. O sofrimento dá lugar à esperança quando um anúncio de revista cai em suas mãos. Uma empresa afirma fazer justamente aquilo que abre este texto. Nas palavras do gerenciador do negócio: “tirar a alma do corpo ou tirar o corpo da alma”, como preferir o espectador. Ou o leitor.
    Mas a simplicidade aparente da solução para o fardo pesado logo dá lugar à complexidade das consequências. E do desenrolar da história. Afinal, não demoramos a ver que, além de pessoas querendo abandonar suas almas, há outras interessadas em disponibilizá-las para uso alheio e mais outras, ainda, dispostas a atuar como “mulas”. Sim, estamos falando de tráfico de almas. Assim como existe quem se submeta a carregar droga no estômago, há também aqueles que aceitam traficar a essência de outros seres humanos.
    E as consequências de andar perambulando (quase) sem alma por aí? Existem efeitos colaterais disso para o talento artístico, a atividade sexual, a vida em sociedade? O roteiro é bastante pontual em demonstrar situações para conceder respostas específicas a essas questões.
    Dentre as ironias apresentadas no decorrer do filme está o fato de ser possível ver aspecto, cor, textura de cada alma extraída. Especificamente a de Paul Giamatti materializa-se diante de nossos olhos sob a forma de... um grão-de-bico. “Como algo tão pequeno pode pesar tanto?”, refletem os personagens. E o que mencionar da cena em que o dono do negócio e o próprio Paul andam de quatro à procura do minúsculo grão-de-bico perdido no chão do escritório?
    O roteiro acaba seguindo um percurso ao qual, junto com excentricidade, reflexão, ironia, alegorias e metáforas, junta-se a chatice, com uma história arrastada e convidativa ao tédio. Mas, como as qualidades aqui elencadas (e esquisitice, no contexto, é uma delas) estão em vantagem, o passeio ao qual Sophie nos convida acaba sendo bastante válido.

    Tiago Luiz Bubniak
    anônimo
    Um visitante
    2,5
    Enviada em 3 de outubro de 2014
    É interessante como um tema bem inteligente,não teve muita apresso pelo o próprio estúdio.Almas a Venda,consegue passar uma imagem tão realista,que consegue aos poucos interessar.Com o decorrer,a história vai caindo o ritmo,por falta de um roteiro mais idealizado ali,do meio para o fim.Paul Giamatti ,é o grande responsável por manter a qualidade da trama que ele está envolvido.Muitas das vezes ele salva com suas atitudes.É regular,mas poderia ser melhor aproveitado.
    cinetenisverde
    cinetenisverde

    27.079 seguidores 1.122 críticas Seguir usuário

    2,0
    Enviada em 14 de janeiro de 2017
    Esse filme escrito e dirigido pela estreante Sophie Barthes tenta usar o conceito de alma mais ou menos como um órgão transplantado, mas muito mais flexível, já que é possível usar a alma de outras pessoas para potencializar áreas na vida em que se é um zero à esquerda. Aí é que entra Paul Giamatti que interpreta… Paul Giamatti! Ele está com problemas com uma nova peça e resolve trocar de alma por uma que seja compatível com o personagem que tenta interpretar.
    Cinetrix
    Cinetrix

    17 seguidores 55 críticas Seguir usuário

    3,0
    Enviada em 12 de setembro de 2013
    “Almas à venda” tem atmosfera bizarra que lembra os trabalhos de Charlie Kaufman e premissa que nos remete a “Quero ser John Malkovich”. O filme tem todos os ingredientes para figurar no topo do ‘cinema excêntrico’, mas a direção pouco ousada fez a produção não brilhar tanto nesse 'subgênero'.

    O ator Paul Giamatti, que interpreta ele mesmo, vive uma crise existencial que o faz ficar sem inspirações no trabalho. Para resolver esse problema, ele acaba indo a um ‘armazém de almas’, um laboratório particular que oferece eliminar angústias. Após extrair sua alma e alugar outra para ajudá-lo em uma peça teatral, Giamatti descobre que sua alma foi parar nas mãos de traficantes russos.

    Quando digo direção pouco ousada é no sentido de os realizadores optarem por um trabalho mais burocrático na transformação do roteiro em filme. De fato, “Almas à venda” tem uma ideia interessante, mas faltou carisma da diretora e roteirista estreante Sophie Barthes para que o produto final ficasse ainda mais atraente e excentricamente irresistível, como nas obras de Charlie Kaufman.

    Entretanto, “Almas à venda” não deixa de ser um filme corajoso, é bem filmado, tem uma bela fotografia e tem enredo sobre alma e psicologia humana inspirada em “Quero Ser John Malkovich” e “Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças”. Tudo isso tem pitadas de humor e de literatura russa representada pelo momento de intertextualidade da trama em que mostra a montagem teatral de Tio Vanya, de Anton Tchekhov.

    A participação de Paul Giamatti é marcante e aqui ele tem uma de suas melhores interpretações. Seu jeito desconfiado, sua presença instável e depressiva e seu talento ímpar em cena chegam a ser maior que o próprio filme, que merecia ser mais audacioso ou, em outras palavras, ter mais alma.
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