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    Capitão América: O Primeiro Vingador
    Críticas AdoroCinema
    4,5
    Ótimo
    Capitão América: O Primeiro Vingador

    SIGAM-ME OS BONS!

    por Roberto Cunha

    A melhor coisa que pode acontecer para quem gosta de cinema, mas nunca foi muito chegado nessa coisa de histórias em quadrinhos é se deparar com um filme que adapta as páginas coloridas para as telas de maneira que não deixe você “boiando” no meio da sala escura. Capitão América: O Primeiro Vingador é assim.

    Depois de uma sequência inicial que remete aos clássicos Alien, o 8º Passageiro (1979) e O Enigma do Outro Mundo (1982), o roteiro conta de maneira bem legal a história de Steve Rogers, um jovem franzino que queria lutar por seu país na segunda guerra mundial, mas o corpitcho esquálido não ajudava. Descoberto por um cientista alemão a serviço dos Estados Unidos, o jovem topou participar de um experimento, ganhou massa muscular, poderes e acabou virando um super soldado: o implacável Capitão América.

    Se dito dessa forma ainda está soando estranho para você, lembre-se que é um filme de aventura. Por outro lado, se pareceu pouco porque você é um fã incondicional e sabe muiiiito sobre o herói, saiba que o longa é de tirar o chapéu. E tem um detalhe: para quem viu, por exemplo, o recente Thor e gostou, este de agora é muito superior.

    Para os que se ligam nos efeitos especiais, além da impressionante magreza inicial do ator Chris Evans no papel de Rogers, são vários combates travados entre o herói, seu esquadrão de guerra (o Comando Selvagem) e os vilões a serviço do terrível Caveira Vermelha. Vai ter gente lembrando até de Guerra nas Estrelas por conta do visual de algumas roupas e tiroteios.

    Entre as curiosidades, a origem do uso do indefectível escudo pelo herói, evidenciada em dois momentos no início do filme (com uma tampa de lixo e com a porta de um táxi) e a presença de ninguém menos do que o gênio Howard Stark com seus inventos, ajudando o exército americano e o primeiro vingador. Reparou no sobrenome? Ele é o pai de Tony Stark, mais conhecido como Homem de Ferro. Ou seja, para iniciados, um monte de referências e para o espectador comum, diversão pura.

    No elenco, muitos rostos conhecidos (Hugo Weaving, Tommy Lee Jones, Stanley Tucci, Dominic Cooper) e entre pistolas, metralhadoras que cospem balas e incríveis armas com raios mortais (sim, fizeram essa interessante mistura), sobra ainda espaço para um texto bem humorado e sem exageros, que permeia as duas horas de ação – essa sim – exagerada e bem conduzida do começo ao fim. E é justamente nele que estabeleceram uma bela conexão com Os Vingadores, que estreará em 2012, reunindo vários super heróis da Marvel além dele, como Homem de Ferro, Thor, Hulk, entre outros. Como se vê, eles vieram para ficar. Então prepare-se e pense na máxima de Chapolin Colorado, herói de outro universo: "sigam-me os bons!"

    Assista o trailer, veja imagens e curiosidades em Capitão América: O Primeiro Vingador.

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    Comentários

    • Elaine Tex
      Muito ruim, clichê e caricato. Acredito que uma adaptação das HQ para os filmes deveria oferecer algo melhor, o que não ocorre no filme. Se é para fazer igual a HQ, então pra que o filme? A justificativa para uma roupa com excesso ridículo de patriotismo estadunidense e que chama a atenção durante batalhas foi patética. Então, ele veste uma roupa que encontramos em qualquer loja de fantasia para ser um ridículo garoto propaganda de guerra. E quando tem a opção de escolher algo melhor, escolhe justamente um melhoramento de uma, até então, FANTASIA? E aquele escudo atrás das costas parecendo um alvo! Completamente alienado desde o garoto franzino até o homem bombado que sai da experiência. A mente dele é moldada pelas propagandas de guerra da época da qual, claro, os EUA são os heróis salvando o mundo dos nazistas (nem parece que para tal vitória na Segunda Guerra tiveram apoio de aliados como a União Soviética, por exemplo); como se não fosse o bastante ignorar as outras Américas (Central e Sul), representar toda a América como sendo apenas EUA 🇺🇸.O capitão Estados Unidos nunca teve reflexão própria fora disso, vive numa bolha social da época. Tão utopicamente íntegro e puro que se mantém virgem, o único amor foi uma colega de trabalho da qual teve apenas flertes, nunca saíram. As batalhas das quais participa não tem graça alguma, ainda mais usando fantasia, são totalmente previsíveis e infantis. O filme justifica a roupa como, a princípio, uma fantasia para fazer propaganda alienada de guerra, e é assim que a vemos nas batalhas, um cara com uma fantasia de tecido melhorado, chamando a atenção, e lutando de forma nada estimulante. O filme só é bom para o real público-alvo dele: crianças de 6 a 12 anos. Aos adultos nostálgicos, com novo olhar sobre o gênero super heróis, fica a decepção pq não houve uma adaptação que agrade tbm aos antigos fans como ocorre em Homem de Ferro. Apenas um ícone patético e ultrapassado do patriotismo alienado dos EUA 🇺🇸. Perderam a chance de fazerem uma boa releitura e que se adapte a atualidade.
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