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    Anjos da Noite: A Rebelião
    Críticas AdoroCinema
    3,0
    Legal
    Anjos da Noite: A Rebelião

    O começo de tudo

    por Roberto Cunha

    Se você curte filmes de vampiros e lobisomens ou gosta de produções em clima gótico e medieval, Anjos da Noite - A Rebelião é um prato cheio. Se teve a oportunidade de ver os dois filmes anteriores, Anjos da Noite e Anjos da Noite - A Evolução, chegou a hora de conhecer um pouco mais sobre a origem das criaturas e suas lideranças. Por outro lado, também é uma boa para quem não viu nada ainda sobre a saga. Afinal de contas, pode ser interessante assistir ao começo de tudo no cinema e depois curtir uma sessão dupla no conforto de casa, bem acompanhado ou não. E aí já é com você.

    O filme de agora mostra o nascimento de Lucian, lobisomem (ou lycan, no filme) com poderes superiores sobre sua espécie, vivendo numa sociedade dominada por vampiros, onde humanos pagam tributos e lobisomens são escravos. A trama de ação, além de ser o início da trilogia, é também uma história de amor impossível no estilo shakespereano sustentada pela paixão entre o lobisomem Lucian (Michael Sheen) e a vampira Sonja (Rhona Mitra de Atirador). Ela é filha de Viktor (Bill Nighy de Operação Valquíria), o líder soberano dos vampiros e responsável pela sobrevivência de Lucian ao longo dos anos como escravo de seu castelo.

    O roteiro flerta ainda com outros clássicos da literatura ao revelar que é justamente Lucian quem vai liderar a rebelião (do título) para libertar seu povo da escravidão imposta por Viktor e seu séquito de vampiros. A criatura se volta contra o seu criador. Um ponto fraco do filme, talvez, é a facilidade com que Lucian se transforma num líder, proferindo frases feitas como: "Podemos ser escravos... ou podemos ser Lycans!!", seguido de gritos de apoio. Pode cumprir a função de dar início a saga. Mas diante de elementos clichês, porém interessantes, como o amor impossível e a relação pai/filho, envolvendo seres opostos, a sensação que dá é que a história poderia ter sido mais vigorosa. O visual dark com a textura azulada (e olhos bem azuis) é o mesmo dos filmes anteriores. Os cenários góticos (castelo e masmorras) são bem trabalhados. O figurino é bem elaborado e a trilha completa o clima.

    A produção tem algumas sequências a cavalo como pede um filme medieval e as armas usadas são condizentes com o período. As várias lutas travadas entre vampiros e lobisomens são bem realizadas. A linguagem flerta um pouco com os quadrinhos, mostrando esguichos de sangue em paredes ou em rostos para simbolizar a violência sem mostrá-la. Mas existem cenas mais evidentes também. Os efeitos especiais, como algumas transformações, continuam mantendo a linha dos anteriores, escondendo possíveis imperfeições (para os mais exigentes) atrás de uma edição rápida e da própria escuridão. Por sinal, eles são realizados no estúdio do diretor do filme Patrick Tatopoulos, que estreou no posto do criador e diretor dos anteriores, Len Wiseman (Duro de Matar 4). Para os fãs dos anteriores, vai a dica: o personagem Selene (Kate Beckinsale) aparece, fazendo a primeira cena do filme original.

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