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    O Cheiro do Ralo
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    3,7
    184 notas
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    21 Críticas do usuário

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    Fernando Schiavi
    Fernando Schiavi

    2.467 seguidores 389 críticas Seguir usuário

    4,0
    Enviada em 9 de fevereiro de 2012
    Um bom filme de Heitor Dhalia. Mostra bem várias questões da sociedade, retrata bem o medo de se relacionar e de compromisso do personagem Lourenço levando-o crer inclusive que pode comprar as pessoas para ter o que quer sem ter que se envolver emocionalmente. Mostra também o controle que várias pessoas tendem a achar que possuem sobre as outras pessoas se aproveitando também de seus desesperos pessoais, sem contar que as situações nunca sairão de suas mãos. Mexe também com a questão de estereótipos e que nem tudo o que pensamos condiz com os atos, e que a cabeça das pessoas é imprevisível. O egocentrismo e egoísmo do personagem Lourenço é interpretado divinamente com o sarcasmo e frieza necessários por Selton Mello, em mais uma grande atuação.

    Mais um bom filme do cinema nacional, para quem gosta de algo mais independente e reflexivo é um prato cheio! Parabéns para Selton, para as boas coadjuvantes Silvia Lourenço e Paula Braun, para a direção de Heitor Dhalia, que consegue realizar mais um filme intimista, reflexivo, melancólico, mas também realista e refletor de nossa sociedade cruel, capitalista e que está em colapso nervoso há muito tempo!
    Carlos Alberto M.
    Carlos Alberto M.

    3 seguidores 24 críticas Seguir usuário

    0,5
    Enviada em 3 de fevereiro de 2019
    É um filme depressivo que uma pessoa que talvez esteja pensando em suicidio e o veja talvez passe a pensar seriamente em levar adiante essa ideia, um filme bem baixo astral que eu não indicaria a ninguem pra ver.
    Rafael V
    Rafael V

    354 seguidores 210 críticas Seguir usuário

    0,5
    Enviada em 9 de fevereiro de 2012
    O Cheiro do Ralo:
    “O Cheiro do Ralo”, Brasil, 2007, dirigido por Heitor Dhalia (do também ótimo “Nina”), roteiro do próprio, co-escrito com Marçal Aquino; esses dois primeiros longas de Dhalia mergulham, de forma referencial, no universo literário do escritor russo Dostoiévski, as influências deste autor no filme em tela, se dão, principalmente, em relação ao romance “Crime e Castigo”; “O Cheiro do Ralo”, portanto, tem várias caracterísitcas dos livros de Dostoiévski, a saber: análise da loucura humana, no caso, a da personagem Lourenço (vivida brilhantemente por Selton Mello), que demonstra falta de humanidade e de sentimentos, totalmente insensível ao que as outras pessoas sentem e/ou pensam, é o caso, quando ele acaba com o noivado com Ludmila, afirmando que não gosta dela e nunca gostou e, vai mais além, diz que nunca gostou e não de ninguém; aí está evidenciada sua mesquinhez, não material, mas afetiva mesmo (tema típico do universo literário de Dostoiévski); Lourenço é um usurário, que compra objetos de pessoas, que estão precisando urgentemente de dinheiro, a ponto de venderem objetos, aos quais elas têm grande apreço sentimental, mas Lourenço paga uma “miséria” por eles, evidenciando aqui outro tipo de mesquinhez, a mesquinhez material; ele é solitário e extremamente insociável (temas típicos mais uma vez das obras do referido escritor russo), Lourenço vive essa vida ordinária até se apaixonar por uma “bunda” de forma literal, pois nem grava o nome da moça “dona” dela e, inclusive, confude esta com outra garota, aqui tem-se o tema da loucura típico das obras literárias de Dostoiévski, a atriz que vive aquela personagem é Paula Braun, que é a nova garçonete da lanchonete, na qual Lourenço come; os produtores do filme fizeram questão de escalarem para esse papel, uma atriz desconhecida do grande público, para não evidenciarem a personagem em si, mas só o objeto de paixão de Lourenço, a “bunda” daquela; Lourenço é extremamente possessivo, obsessivo, materialista e individualista; filme de baixo orçamento, que ganhou vários prêmios internacionais e nacionais; as personagens que vão vender seus pertences, no escritório de Lourenço, não têm nomes, são apenas creditados ao final do filme , pelos nomes dos objetos que foram vender a Lourenço; o filme também faz várias referências a outros escritores, filmes e obras literárias; exemplos: “Acossado”, de Godard, “Os Implacáveis”, de Peckinpah, com Steve McQueen; um livro de Raymond Chandler, ao qual Lourenço está lendo, etc.; cuidadosa e detalhista direção de arte e cenografia do filme; o título do filme faz referência ao fedor exalado pelo ralo do banheiro do escritório de Lourenço, que o incomoda obsessivamente, contudo, esse mau-cheiro é uma metáfora para a “podridão humana”, que é Lourenço; outra obsessão deste é um “olho”, que ele compra e diz ter sido de seu pai, mais um traço de loucura da personagem; todo esse mau-caratismo do protagonista foi manifestando-se nele, devido (e isso é uma suposição/interpretação bastante pessoal) à ausência do seu pai, ao qual ele nunca conheceu, mas a quem Lourenço nutre um grande respeito e amor, talvez a única pessoa a quem ele ame; o que motiva os seus distúrbios mentais, pessoais e de relacionamentos; Paulo César Pereio faz a voz ao telefone, do pai da ex-noiva de Lourenço, Ludmila; ótimo filme! Um dos melhores do cinema nacional nos últimos anos! Selton Mello dá sua melhor interpretação desde “Lavoura Arcaica”.
    SERGIO LUIZ DOS SANTOS PRIOR
    SERGIO LUIZ DOS SANTOS PRIOR

    1.480 seguidores 293 críticas Seguir usuário

    2,5
    Enviada em 9 de fevereiro de 2012
    Selton Mello deu a alma por este filme: incorporou o seu personagem, Lourenço; não cobrou cachê pelo seu trabalho; ainda foi co-produtor. De certa maneira, Selton funciona no cinema como uma espécie de Robin Hood, arrecadando dinheiro nos seus trabalhos em novela e na propaganda para gastá-lo - e muito bem - na 7a arte. O roteiro foi baseado no livro homônimo de Lourenço Mutarelli, um escritor e cartunista, tem como protagonista um sujeito indiferente àqueles que o cercam. Só para se ter uma idéia, Lourenço fala para sua noiva às vésperas de seu casamento: "Eu não gosto de você. Nunca gostei. Não gosto de ninguém". O nosso anti-herói trabalha num galpão onde aqueles que estão desesperados por dinheiro vão negociar seus objetos. Instrumentos musicais, relógios, caixinhas de música, além de todo tipo de quinquilharia é negociada naquele espaço. A frieza de Lourenço nas negociações é calculada. A única situação que o deixa constrangido é o cheiro que vem do ralo do banheiro, situado a alguns metros da mesa onde trabalha. Nenhum dos visitantes faz menção ao cheiro. É o próprio Lourenço que se auto-denuncia. Melhor sentir um odor desagradável vindo do banheiro do que de sua própria personalidade. Não pensem, entretanto, que estamos diante de um filme pesado, daqueles de Ingmar Bergman. Muito pelo contrário, é hilário. A melhor parte é quando Lourenço se apaixona por uma bunda (no caso a da atriz Paula Braun), garçonete do boteco situado próximo ao seu local de trabalho. Quando a moça "da bunda" descobre que o desejo de Lourenço é por um específico local de sua anatomia lhe dá um sabão, falando que isso é imoral, etc. Outra obsessão de Lourenço é um olho de vidro que ele imagina ter sido de seu pai. Tudo nele funciona como uma metonímia: a bunda representa a mulher da bunda; o olho representa o pai. Graças a Deus o filme não cai num psicologismo fácil de querer investigar seu modus vivendi como tendo raízes na sua infância infeliz. Temos diante de nós um anti-Macunaíma globalizado, um ser mesquinho, que apesar de tudo consegue não ser odiado pelo público que o assiste. Brilhante!
    Dante Diesel
    Dante Diesel

    6 seguidores 71 críticas Seguir usuário

    1,0
    Enviada em 28 de abril de 2020
    Porque filme brasileiro tem que ser tão sem nexo. Filme ridículo! Só valeu pela bunda da Paula Braun - nota 0,5 spoiler:
    Bruno Campos
    Bruno Campos

    568 seguidores 262 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 24 de fevereiro de 2018
    O maior trabalho da vida de Selton Mello, um dos melhores atores brasileiros (chego a considerar q este filme, especificamente, não seria possível com outro ator). Articular traços psicóticos e perversos num único personagem - tarefa praticamente impossível - foi o q o diretor Heitor Dhalia conseguiu realizar, com precisão impressionante, na parceria com Selton.
    Crismika
    Crismika

    986 seguidores 510 críticas Seguir usuário

    3,0
    Enviada em 12 de abril de 2019
    Não dá para levar esse filme a sério, portanto fica a diversão do personagem de Shelton Mello com muito humor negro fazendo um personagem que compra antiguidades mostrando as manias de pessoas esquisitas, Puro entretenimento.
    Ricardo L.
    Ricardo L.

    55.768 seguidores 2.676 críticas Seguir usuário

    4,0
    Enviada em 21 de outubro de 2019
    Sélton Melo mais uma vez mostrando o porque que é um dos atores que mais inovam no cinema nacional e aqui não é diferente, trás uma história cativante, cheio de loucuras e reviravoltas. O roteiro é o ponto alto, sendo muito bem escrito, apesar de alguns furos, não perde sua essência. Cheiro no ralo merece sempre ser revisado.
    Adriano Côrtes Santos
    Adriano Côrtes Santos

    662 seguidores 300 críticas Seguir usuário

    4,0
    Enviada em 4 de março de 2019
    Lourenço (Selton Mello) é o dono de uma loja que compra objetos usados e acaba desenvolvendo um jogo perverso com seus clientes. Ele troca a frieza da compra pelo prazer que sente em explorar as pessoas, assim como os objetos, estão à venda, de preferência por preços vis. Esse processo é ameaçado quando ele é obrigado a se relacionar, usando uma moeda que desconhece: o afeto e seu mundo interior entra em choque de forma definitiva com a realidade. Perturbado pelo fedor do ralo de sua loja, ele é confrontado com o universo e os personagens que julgava controlar. Isso o obriga a uma reavaliação de sua visão de mundo e o conduz a um trágico desfecho. De certo modo, sua coleção de tipos se volta contra ele. Interpretação contundente, irredutível e muito sarcástica de Selton Mello. Baseado em livro homônimo de Lourenço Mutarelli teve seu roteiro escrito por Marçal Aquino e o próprio Heitor Dhalia. Com Selton Mello, Sílvia Lourenço, Leonardo Medeiros, Flávio Bauraqui, Alice Braga, Milhem Cortaz, Dionísio Neto, entre outros. Melhor Filme Estrangeiro: Beverly Hills Film Festival — EUA.
    Richard P.
    Richard P.

    14 seguidores 2 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 8 de julho de 2013
    Genial , mostra a realidade de pessoas que se apegam a coisas e começam a crer que elas dependem daquilo e mudam toda sua vida a partir da tal.
    E Há quem diga que o cinema brasileiro não é inteligente..
    Ótimo filme!!!
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