O deslumbramento pelo material, a incessante vontade de consumir um "Produto Modelo" como representação de amizades, de popularidade. O desejo por aquilo que simboliza o padrão de excelência do adolescente americano, Carpenter sobretudo enxerga isso como um descenso na índole de cada um.
Christine é uma maldição, capaz de aliciar qualquer um, inclusive o mais simples e associal jovem. Christine é visto como o ponto de virada do jovem Arnie, que à medida que se associa àquele objeto, aumenta seu fascínio e se torna aquele que ele costumava combater o seu dia à dia. Sua moral agora não existe mais, ele não é mais um humano, é apenas um escravo de um molde do "Jovem Modelo" estabelecido pela sociedade.
Carpenter além de trabalhar essa espécie de Coming Of Age nocivo, trabalha o horror de forma muito ágil, Christine é tóxica, tem uma vivacidade construída pela decupagem precisa do longa e usa dos elementos do próprio carro para dar vida à esse objeto. É um filme que sintetiza muito bem a proposta mais básica do terror com esse ponto de vista sobre os desejos do jovem americano.