Como definir um clássico? O que dizer que melhor explique aquela que é a melhor animação da história do cinema, e que palavras usar para descrever tamanha beleza?
O Rei Leão é sem dúvida alguma a grande majestade de todas as animações, capaz de cativar crianças e adultos por gerações, e continuará perpetuado por muitas e muitas gerações.
O filme é um marco na história do cinema, e representa a aurora da Walt Diney, a Era de Ouro dos estúdios, onde foram produzidos os melhores filmes de sua história.
Só para se ter ideia, a Disney lançou seguidamente nessa época:
A Pequena Sereia (1989) / A Bela e a Fera (1991) / Aladdin (1992) / O Rei Leão (1994) / Pocahontas (1995) / O Corcunda de Notre Dame (1996) / Hércules (1997) / Mulan (1998) / Tarzan (1999).
Fazendo dos anos 90 a maior e mais brilhante fase das animações 2D, que infelizmente começaram a ser substituídas no ano 2000 com o lançamento de Dinossauro, em um novo formato de animação: o 3D.
Voltando ao filme, adaptação de Hamlet, de Willian Shakespeare, O Rei Leão conta com um visual magistral das savanas africanas, músicas cativantes, uma abertura magistral, ao som de Elton John, uma das melhores da história do cinema, diga-se de passagem, e embalados por The Circle of Life, conhecemos o cenário principal do filme: a Pedra do Rei, conhecemos sua Majestade, Mufasa, dublado de forma imponente por James Earl Jones (o mesmo de Darth Vader)., e seus leais súditos, reunidos para conhecer o novo herdeiro do trono, o recém-nascido Simba.
Temos já na abertura outra cena icônica da história do cinema, que é a do babuíno feiticeiro Rafik erguendo o jovem Simba e o apresentando aos seus súditos, que o reverenciam numa das mais emocionantes cenas já vistas na história da 7ª arte.
Após a brilhante abertura, somos apresentados ao grande algoz da trama, o maquiavélico irmão de Mufasa, chamado Scar, um sujeito traiçoeiro que planeja se livrar do irmão e do sobrinho para se tornar o Rei.
O filme acompanha o crescimento de Simba, seus aprendizados e perigos ao qual se envolve, e sua infância destruída por uma das mais chocantes tragédias da história do cinema (quem viu sabe do que estou falando).
O filme também nos apresenta de início personagens muito importantes, como o pássaro e fiel mordomo do Rei, Zazu, que em determinados momentos chega a ser um personagem irritante com suas infinitas regras, nada atrativas para Simba, e sua amiga Nala, que também será uma figura importantíssima no desenvolvimento da história, tal como Sarabi, a mãe de Simba.
Outros vilões também são abordados na trama, mas com um tom menos sombrio, do que Scar, e com uma pegada muito mais cômica, mas sem perder sua essência maligna, que são as Hienas: Shenzi, Banzai e Ed.
Como o filme tem uma tomada bem mais séria que o normal, o alívio cômico veio na forma de um suricato e um javali super carismáticos e hilários, e que acabaram roubando a cena, que são: Timão e Pumba. Que após resgatarem o jovem Simba da morte, passam a criar o jovem leão, e o ensinam o Hakuna Matata, que consiste em deixar o passado para trás, algo que Simba acaba fazendo, e lhe trará um sério confronto pessoal adiante.
A história se desenvolve em um ritmo extraordinário, e as músicas dão um tom mágico ao filme, mesmo a sombria "Be Prepared", interpretada por Scar e as Hienas as vésperas do golpe para tomar o reino de Mufasa, ou as divertidas "Hakuna Matata" e "I Just cant wai't to be king" e a romântica "Can You Fell the love tonight" .
O final é simplesmente extraordinário, e nos deixa com aquela magnífica certeza de que o filme valeu a pena.
Em resumo, Sua Majestade, o Rei Leão, é um clássico que merece ser visto pelos amantes da Sétima Arte, por muitas e muitas gerações.
VIDA LONGA AO REI...
Nota: 10